Uma proposta de delimitação da zona de amortecimento do Parque Nacional do Itatiaia, Rio de Janeiro, Brasil

Autores

  • Associação Educacional Dom Bosco (AEDB)
  • Universidade Federal do Rio de Janeiro e Centro Universitário da Cidade, Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.6008/ESS1983-8344.2011.002.0001

Palavras-chave:

Unidades de Conservação, Zona de Amortecimento, Sensoriamento Remoto

Resumo

A busca pela conservação da biodiversidade e proteção dos recursos naturais faz parte da história do Brasil e vem sendo construída em diferentes momentos e de diferentes maneiras. Atualmente, uma das maneiras de amenizar os riscos potenciais causados pelas atividades humanas que ameaçam a conservação da biodiversidade em nosso planeta, tem sido a criação das áreas protegidas. Porém, a integridade dessas áreas e a sua efetividade em cumprir as funções têm sido colocadas em risco pelas atividades econômicas e pelo uso inadequado dos recursos naturais. Há, atualmente, um consenso global de que estas unidades de conservação não podem ser operadas como ilhas, devendo ser estabelecidas estratégias de manejo em escalas maiores, com a criação de zonas de amortecimento. Tais zonas devem funcionar como filtros, impedindo que atividades antrópicas externas coloquem em risco os ecossistemas naturais dentro das áreas protegidas. Diante deste cenário, a cartografia e sensoriamento remoto podem representear atualmente uma ferramenta de significativa importância em termos de gestão da biodiversidade, e conservação de áreas protegidas, pois eles podem fomentar, sobretudo, estratégias de conservação, manejo ambiental, planejamento territorial e monitoramento, integrando de forma especializada, informações de natureza complexa e multidisciplinar. Fazendo uso destas ferramentas de sensoriamento remoto, o presente estudo tem como objetivo a apresentação de uma proposta para a delimitação da Zona de Amortecimento do Parque Nacional do Itatiaia (PNI), Unidade de Conservação localizada na região Sudeste do Brasil, em áreas do estado do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além do patrimônio biótico e geomorfológico, o PNI tem grande relevância por ser o primeiro parque a ter sido criado no Brasil. Na realização do presente trabalho utilizou-se uma abordagem integrada, utilizando ferramentas de interpretação visual de produtos de sensoriamento remoto, considerando os seguintes aspectos: a legislação incidente, aspectos políticos/sociais da região abrangida pela zona de amortecimento (raio de 10 km) e aspectos de uso da terra. Além dos objetivos descritos anteriormente, este trabalho poderá fornecer ainda subsídio para as futuras ações de planejamento e gestão, de médio e longo prazo.

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Biografia do Autor

, Associação Educacional Dom Bosco (AEDB)

Bióloga, especialista em Gestão Sustentável do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos pela Associação Educacional Dom Bosco (AEDB).

, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Centro Universitário da Cidade, Rio de Janeiro

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1983), especialização em Tecnologia da Informação pela Universidade Fededral do Rio de Janeiro (1998), mestrado em Engenharia Nuclear e Planejamento Energético pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987), doutorado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual de Campinas (1995), pós-doutorado em Economia em Transporte e Meio Ambiente pela Universidade da Califórnia em Davis (2001). É pesquisador, professor universitário e consultor com atuação nas áreas de políticas públicas, petróleo, gás natural, energia, economia, finanças, comércio exterior, planejamento ambiental, transporte sustentável, ética, bioética, gestão de negócios e inovação tecnológica.

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Publicado

2012-03-18

Edição

Seção

Conservação da Biodiversidade