Dispersão de sementes e mudas de mogno (Swietenia macrophylla) em floresta ombrófila aberta com palmeiras do sudeste do Pará, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2018.002.0001

Palavras-chave:

Anemocoria, Gestão, Árvore comercial, Amazônia

Resumo

Foi realizado um estudo de dispersão de sementes e mudas de mogno (Swietenia macrophylla King, Meliaceae) em floresta ombrófila aberta com palmeiras do sudeste do Pará. Para este estudo, foram colocados quatro transectos de 2x50m, cada um subdividido em 25 blocos de 2x2m, nas direções N, S, E, W de quatro matrizes de mogno. Descobrimos que: sementes dispersas de acordo com a direção dos ventos dominantes que favorecem maior densidade e distância de dispersão na direção W - N; as sementes intactas alcançaram maiores distâncias de dispersão que as abortadas e podem ser dispersadas para além da árvore matriz a 50 m de distância na direção oeste; a maior abundância de sementes e plântulas foi encontrada entre 10 e 20 m de distância das matrizes; a densidade de plântulas foi considerada baixa, no entanto, aumenta da direção leste para oeste das matrizes, e pode ser encontrada além da distância de 50m nas direções N e W; o tamanho das sementes de mogno é mais importante na determinação do peso que a largura, que é uma variável mais conservadora; o recrutamento e o crescimento de plântulas parecem estar associados a clareiras - onde foram observadas as maiores altitudes - locais bastante perturbados com maior incidência de luz e outras sazonalidades ambientais. As informações fornecidas aqui podem contribuir para aprimorar as ações de manejo para o uso das espécies incluídas no Anexo II da CITES.

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Biografia do Autor

Diego Guimarães de Sousa, Universidade Estadual de Goiás

Engenheiro Agrônomo, pela Universidade Federal do Pará (2007), Especialista em Gestão e Manejo Ambiental em Sistemas Florestais, pela Universidade Federal de Lavras (2011), mestre e doutorando em Recursos Naturais do Cerrado pela Universidade Estadual de Goiás (UEG). É Analista Ambiental e Agente Ambiental Federal do IBAMA, lotado na Divisão Técnica da Superintendência do Estado de Goiás. Trabalhou na Gerência Executiva do IBAMA em Marabá, Pará, durante os anos de 2009 a 2013, onde coordenou o Programa de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do PREVFOGO. Tem experiência em Agronomia, com ênfase em ecologia florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: ecologia e manejo de espécies florestais madeireiras/não-madeireiras, ecologia do fogo e agroecologia voltada para a agricultura familiar. Foi ativista ambiental e sócio-fundador do Grupo de Proteção Florestal de Brejo Grande do Araguaia e Palestina do Pará, Pará, o qual presidiu por quatro anos.

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Publicado

2019-05-21