Abóbora, cravo-da-índia e canela: composição bioquímica e desenvolvimento de produtos artesanais para agricultura familiar

Resumo

O objetivo com este trabalho foi desenvolver e avaliar as características bioquímicas de doces artesanais de abóbora saborizados com cravo-da-índia e canela, como alternativa tecnológica para o agricultor familiar. Foram realizadas a caracterização biométrica e de rendimento de 10 frutos de abóbora selecionados aleatoriamente, foram avaliados a altura, diâmetro médio, espessura da polpa, espessura da casca, número de sementes, massa da polpa, massa da casca e massa das sementes. Para obtenção dos doces artesanais, foram elaboradas quatro formulações: Sem saborizantes (T1); com adição de cravo-da-índia 50 g 500 g-1 (T2); com adição de canela 50 g 500 g-1 (T3); e com adição de cravo-da-índia 25 g 500 g-1 e canela 25 g 500 g-1 (T4), Caracterização bioquímica sendo: análises de pH, sólidos solúveis totais -SST, acidez total titulável - ATT, umidade, cinzas, teor de proteínas totais, lipídeos, carboidratos e o valor energético total. Os maiores valores médios obtidos entre os tratamentos para os atributos foram: pH – 4,47 (T4); SST – 71,67ºBrix (T3); ATT – 0,89 g 100 g-1 (T2); umidade 31,64 g 100 g-1 (T2); cinzas – 1,88 g 100 g-1 (T4); proteínas – 0,88 g 100 g-1 (T2); lipídeos – 1,12 g 100 g-1 (T2); carboidratos – 63,03 g 100 g-1 (T4); e valor energético total – 297,77 kcal 100 g-1 (T4). Dentre os resultados obtidos os valores médios encontrados nas análises bioquímica de doces de abóbora, estão dentro dos intervalos observados na literatura, exceto os lipídeos, onde suas médias foram superiores às encontradas na literatura. Logo, a agregação de valor nos produtos cultivados gera vantagens tanto para consumidores quanto para os produtores familiares, com o intuito de oferecer melhor qualidade nos produtos finais e gerar receitas mais lucrativas ao longo da cadeia.