Dinâmica populacional comparativa de espécies de caranguejo-violinista (crustacea, ocypodidae) em duas áreas de manguezal da costa nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2022.003.0004Palavras-chave:
Caranguejos violinistas, Estrutura populacional, Estuários, PernambucoResumo
Este trabalho foi realizado com o objetivo de comparar as diferentes populações de caranguejos violinistas de dois manguezais com diferentes graus de impactos antrópicos, no litoral sul de Pernambuco. Foram coletados 7.874 exemplares de caranguejos no rio preservado, Ariquindá (3.705) e no rio impactado, Mamucabas (4.169). Elas pertencem à 7 espécies: Minuca burgersi (Holthuis, 1967), M. rapax (Smith, 1870), M. victoriana (von Hagen, 1987), Leptuca cumulanta (Crane, 1943), L. leptodactyla (Rathbun, in Rankin, 1898), L. thayeri (Rathbun, 1900) e Uca maracoani (Latreille, 1803) (apenas no Rio Ariquindá). A maioria das espécies foi registrada em todos os meses do estudo. Leptuca leptodactyla e L. thayeri foram dominantes em ambos os manguezais. Leptuca leptodactyla apresentou machos maiores que fêmeas, mas em L. thayeri, fêmeas foram maiores que os machos. Em M. burgersi e L. cumulanta, machos e fêmeas tiveram o mesmo tamanho. A unimodalidade na distribuição de tamanho de M. burgersi, L. cumulanta, L. leptodactyla, M. rapax e L. thayeri demonstra a estabilidade destas populações. A proporção sexual foi desviada para machos na maioria das espécies, uma vez que machos ficam mais tempo na superfície, se tornando mais suscetíveis à amostragem. Esses caranguejos são espécies oportunistas e podem manter populações estáveis mesmo em manguezais impactados, como o do Rio Mamucabas. Entretanto, um manguezal saudável como o do Rio Ariquindá promove maior diversidade de espécies e caranguejos maiores, mas com populações menos abudantes que o Mamucabas.
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