A materialidade nos relatórios de sustentabilidade: revisão da literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2237-9290.2021.003.0014

Palavras-chave:

Análise de Materialidade, Relatórios de Sustentabilidade, Iniciativa global de Informação.

Resumo

Nos últimos anos, tem havido uma crescente divulgação de relatórios de sustentabilidade por parte das mais diversas organizações. Como há grande heterogeneidade nos stakeholders dessas instituições, torna-se um desafio para as empresas determinarem quais informações devem ser divulgadas nesses relatórios, ou seja, aquelas que são chamadas “materiais”. Este artigo objetiva explorar como o tema “materialidade” vem sendo abordado na literatura científica, principalmente no que concerne ao desenvolvimento de modelos que auxiliem em sua análise. Para isso, foi realizada uma revisão de literatura, nacional e internacional, selecionando-se ao todo 43 estudos, sendo apenas 2 realizados no Brasil. Desses 43, somente 4 propõem modelos que podem ser utilizados para a auxiliar na análise da materialidade. A despeito do crescente interesse pelo assunto “materialidade”, foi observado que esse tema ainda não é muito tratado em fontes de língua portuguesa. O modelo de reporte da Global Reporting Initiative foi citado em 40 dos 43 estudos presentes na revisão, o que mostre ser esse o padrão mais reconhecido para a elaboração de relatórios de sustentabilidade, o que é amplamente apontado por diversos autores. Para pesquisas futuras, sugere-se a proposição de modelos que auxiliem na análise da materialidade, inclusive de relatórios já publicados, especialmente nas novas normas da GRI, os GRI Standards. Sugere-se ainda a utilização de métodos de apoio multicritério à decisão para o desenvolvimento de modelos quantitativos.

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Biografia do Autor

Igor Laguna Vieira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduado em Engenharia de Produção Civil pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - CEFET-MG (2013) e Física pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (2008). Mestre (2017) e doutorando em Engenharia Ambiental pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Atualmente é Analista em Ciência & Tecnologia da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, atuando no Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear - CDTN. É chefe do Núcleo de Administração do Plano Médico Regional (NUPLAM - CNEN/MG) e membro das seguintes comissões/conselhos: Comissão Interna de Saúde do Servidor Público (CISSP), Comissão Interna de Plano de Carreira (CIPC), Comissão de Avaliação de Desempenho (CAD) e Conselho Consultivo Regional do PLAM-CNEN/MG (CCR-MG). É ainda Chefe Substituto do Serviço de Engenharia e Manutenção do CDTN (SEENG). Além disso, já atuou na Equipe de Planejamento de diversas contratações públicas e como membro das seguintes comissões na CNEN/RJ: Comissão da Rede Rio de Sustentabilidade e Comissão da Coleta Seletiva Solidária. Foi também Chefe Substituto de Divisão de Modernização, Infraestrutura e Logística (DIMIL - CNEN/RJ).

Elmo Rodrigues da Silva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduado em Engenharia Civil pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em 1979, Mestre em Engenharia Ambiental pela Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne, em 1983, e DSc. pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, em 1998. Em 1986, foi aprovado em concurso público para o cargo de professor auxiliar da Faculdade de Engenharia da UERJ. Em 2008, foi promovido a Professor Adjunto nível 7 e, em 2012, a Professor associado. É professor/pesquisador da Faculdade de Engenharia, Departamento de Engenharia Sanitária e do Meio Ambiente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e nos Cursos de Pós-graduação em Engenharia Ambiental (Mestrado Profissional - PEAMB e Doutorado - DEAMB) e no Doutorado Multidisciplinar em Meio Ambiente (PPGMA). Desde 2006 é pesquisador Procientista, com bolsa de produtividade. Foi bolsista de produtividade do CNPq de 2009 a 2012. Coordena ou participa como colaborador de projetos de pesquisa e de extensão com apoio de órgãos de fomento à pesquisa. É consultor ad hoc de órgãos de apoio a pesquisa como CNPQ e Funasa. É parecerista ad hoc de Periódicos como: Cadernos de Saúde Pública; Revista Ambiente & Água - An interdisciplinary journal of applied science; Revista de Gestão Costeira Integrada; Revista Interagir, entre outros. No campo acadêmico concluiu 110 orientações e co-orientações, incluindo projeto final de curso, iniciação científica, estágio interno complementar, extensão, especialização, mestrado e doutorado. Publicou artigos em coletâneas, periódicos, congressos nacionais e internacionais. A experiência técnico-profissional se concentra na área de Engenharia Sanitária e Ambiental, com ênfase em gestão, atuando principalmente nos temas: gestão de resíduos, gestão ambiental, gestão de recursos hídricos e educação ambiental. Do término da graduação, em 1979, atuou no ramo da construção civil de edifícios e instalações industriais até 1983. Após 1984, com a contratação pela Uerj, passou a atuar nas atividades de ensino e extensão universitária. Em 1993, coordenou os Estudos para Recuperação Ambiental da Bacia do Rio Jequiá - Ilha do Governador - RJ, em parceria entre a Uerj e a Prefeitura do Rio de Janeiro. De 1996 a 1998 foi consultor do Projeto de Cooperação Brasil/França, na Agência Técnica Piloto da Bacia do Paraíba do Sul. De 2002 a 2004 participou do Conselho Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, representando o Fórum de Reitores/UERJ. No setor administrativo da Uerj, atuou como: coordenador geral e coordenador adjunto do Curso de Especialização em Engenharia Sanitária e Ambiental, coordenador-adjunto do Mestrado Profissional em Engenharia Ambiental e do Doutorado Multidisciplinar de Meio Ambiente. De 2004 a 2007, assessorou a Prefeitura dos Campi na organização da coleta seletiva e no gerenciamento de resíduos perigosos oriundos de laboratórios de ensino e pesquisa do Campus Maracanã. De 2009 a 2014 foi coordenador acadêmico do Programa Coleta Seletiva Solidária, realizado em parceira (Uerj/Sea/Inea/Seeduc) voltado para a capacitação em gestão de resíduos junto às prefeituras, escolas públicas e cooperativas de catadores de materiais recicláveis com abrangência em todo o território do Estado do Rio de Janeiro. Em conjunto com outros pesquisadores da Uerj, de 2013 a 2016 prestou assessoria ao Grupo de Atuação Especializada no Meio Ambiente (GAEMA) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro quanto aos problemas ambientais decorrentes do Coprocessamento de Resíduos Sólidos pelas cimenteiras localizadas no município de Cantagalo. 

Luiz Carlos de Martini Junior, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

De Martini é doutor em Ciências Ambientais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e especialização em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Diretor da Ambiente De Martini. Tem experiência na área de Engenharia Ambiental e Engenharia Química, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão ambiental, auditoria ambiental, sistemas de gestão e desenvolvimento sustentável.

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Publicado

2021-10-29

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente