Crescimento e fenologia reprodutiva de Araucaria angustifolia no entorno de um reservatório hidrelétrico no Paraná

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.007.0002

Palabras clave:

Incremento mensal, Fenofases, Variáveis meteorológicas, Lagos artificiais

Resumen

O objetivo do estudo foi analisar se o crescimento e a fenologia reprodutiva de Araucaria angustifolia diferem em função da variação nas características ambientais em diferentes distâncias da margem de um reservatório de hidrelétrica no Sul do Brasil. Foram selecionadas duas áreas, uma próxima ao reservatório (“proximal”) e a outra a uma distância de 8 km da margem (“distal”), respectivamente nos municípios de Bituruna e Pinhão, PR. Realizou-se o monitoramento mensal da fenologia reprodutiva e do incremento em circunferência por meio de cintas dendrométricas, bem como a determinação da idade e medição da espessura da casca de 12 indivíduos arbóreos em cada área, além da coleta de dados de variáveis meteorológicas. Foram analisadas as fenofases de androstróbilos imaturos, androstróbilos maduros, estróbilos senescentes, ginostróbilos imaturos e maturação/queda da pinha.  O incremento em circunferência foi representado por boxplots, calculados o incremento corrente anual e incremento acumulado, e relacionados com variáveis meteorológicas, idade e espessura da casca por meio da correlação de Spearman. Analisou-se o índice de atividade das fenofases por meio de estatísticas circulares e a correlação de Spearman destas com o incremento e variáveis meteorológicas. O crescimento diferiu significativamente nas áreas, sendo maior na área proximal. As fenofases reprodutivas masculinas e femininas não diferiram entre as áreas, indicando que o período de ocorrência e atividade de indivíduos manifestando as fenofases foi similar entre os ambientes. O incremento mensal foi correlacionado positivamente com a precipitação, temperatura média e mínima nas áreas, enquanto as fenofases foram mais influenciadas pelas variáveis radiação solar média e pelas temperaturas média, mínima e máxima. Na área proximal, foi observada correlação positiva do incremento médio em circunferência com a espessura da casca e idade. Maiores correlações com a temperatura na área proximal foram associadas a influência da altitude e das mudanças ambientais associadas a formação do reservatório. Conclui-se que, em escala local, os indivíduos apresentaram taxas de incremento distintas, porém comportamento fenológico similar, sendo influenciados pelas variáveis ambientais.

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Biografía del autor/a

Edilaine Duarte, Universidade Federal do Paraná

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2015) e mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2017). Atualmente é Doutoranda em Engenharia Florestal na Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Conservação da Natureza e Recuperação de áreas degradadas.

Amanda Koche Marcon, Universidade Federal do Paraná

Possui doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (2019), mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2013) e graduação em Engenharia Florestal pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2011). Possui experiência como pesquisadora de pós-doutorado na Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Conservação da Natureza e Ecologia Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: Impactos de modificações ambientais na vegetação, Dendrocronologia e dendroclimatologia, Ecologia de Paisagens, Fitogeografia, Fitossociologia, Descrição e Análise da Vegetação.

Christopher Thomas Blum, Universidade Federal do Paraná

Engenheiro Florestal, Especialista em Gestão e Engenharia Ambiental, Mestre e Doutor em Engenharia Florestal, área de concentração "Conservação da Natureza", pela UFPR. Professor Associado do Departamento de Ciências Florestais, atua no Curso de Graduação em Engenharia Florestal da UFPR, ministrando as disciplinas Dendrologia, Dendrologia II, Conservação da Natureza, Conservação de Espécies Ameaçadas, Ecologia e Manejo de Fauna. É também professor do Programa de Pós Graduação em Engenharia Florestal da UFPR (strictu sensu) e curador do Herbário Escola de Florestas Curitiba - EFC. Pesquisador da flora nativa, com experiência em dendrologia, biodiversidade, fitogeografia, ecologia e conservação da flora, com enfoque nas espécies raras e ameaçadas. Experiência como consultor em planos de manejo de áreas protegidas, mapeamentos de vegetação, diagnósticos sobre espécies exóticas invasoras e estudos de impacto ambiental.

Pedro Higuchi, Universidade do Estado de Santa Catarina

É professor Associado VIII da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e integrante do corpo docente permanente do programa de pós-graduação em Engenharia Florestal da UDESC. Possui graduação em Engenharia Florestal e mestrado em Ciências Florestais pela Universidade Federal de Viçosa, doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Lavras, com período sanduíche na Universidade de Oxford, Reino Unido. Atua na área de Ecologia Florestal, com ênfase em dinâmica de comunidades e populações arbóreas, modelagem da distribuição de espécies, diversidade funcional, estrutura filogenética e impacto de mudanças climáticas sobre a vegetação arbórea. 

Tomaz Longhi Santos, Universidade Federal do Paraná

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (2010), mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (2013) e doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (2017) com período de treinamento no Instituto Argentino de Nivologia e Glaciologia - IANIGLA, Mendoza, AR. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Paraná - UFPR e coordena o Laboratório de Apicultura e Meliponicultura - LAM e o Laboratório de Natureza, Sociedade e Desenvolvimento - LNSD. É também professor do quadro permanente e vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento - PPGMADE - UFPR. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Ecologia Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: Dendrocronologia e Dendroecologia, Conservação da Natureza; na área de Apicultura, com ênfase nos seguintes temas: Pasto Apícola, Manejo de colônias, Capacidade de Suporte do Pasto Apícola; e também na área de Ciências do Ambiente, com ênfase em: Natureza, Sociedade e Desenvolvimento.

Kyvia Pontes Teixeira das Chagas, Universidade Federal do Paraná

Engenheira Florestal e Mestra em Ciências Florestais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Atualmente doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Membra do Laboratório de Dendrologia e Conservação da Flora - UFPR e do Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais (NPFT) - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Possui experiência na área florestal, com ênfase em Genética de populações, Fenologia e Recuperação de Áreas Degradas.

Franklin Galvão, Universidade Federal do Paraná

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (1974), mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1979) e doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1986). Foi professor nos cursos de graduação em Engenharia Florestal na Universidade Federal de Santa Maria e na Universidade Federal do Paraná. Atualmente é professor Sênior vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Ecologia e Conservação de Ecossistemas Vegetais, atuando principalmente nas áreas de Ecologia Florestal e Fitossociologia. Publicou mais de 145 artigos em periódicos científicos nacionais e internacionais, 1 livro e 9 capítulos de livros. Orientou e coorientou 42 dissertações, 40 teses, além de ter supervisionado 3 pós-doutorandos. Tem auxiliado órgãos nacionais, estaduais e municipais na elaboração de legislação específica.É membro do Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná.

Publicado

2023-01-08

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