Limnoperna fortunei: impactos e medidas de controle no abastecimento de água no sertão alagoano

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.004.0010

Palabras clave:

Mexilhão-dourado, Bioincrustações, Sistemas de abastecimento de água, Classificação das incrustações, Métodos de controle

Resumen

O mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei, Dunker, 1857) é uma espécie invasora originária da China que possui a impressionante habilidade de aderir aos mais diversos substratos artificiais construídos pelo homem formando macroaglomerados capazes de obstruir sistemas de passagem, resfriamento, filtragem e captação de água bruta. Por seu sucesso em colonizar estruturas artificiais vem desde da década de 90 causando impactos sem precedentes no Brasil em setores que desenvolvem atividades econômicas relacionadas ao uso da água. Nos sistemas de captação e adução de água bruta da Companhia de Saneamento de Alagoas - CASAL, no Sertão do Estado, vem causando obstruções e paradas desde sua chegada a região do baixo São Francisco tendo seu primeiro registro nas tubulações dos sistemas de abastecimento público de Barragem Leste no município de Delmiro Gouveia e Xingó no município de Piranhas no ano de 2016. Durante o monitoramento da infestação nos mananciais de captação de água bruta foi possível observar aglomerados presos a substratos submersos, consolidados ou não, com densidade de 291 mil indivíduos/m2 distribuídos em tamanhos médios entre 11 a 20 mm de comprimento. As macroincrustações trouxeram a necessidade de novos serviços e manutenções de equipamentos e tubulações que gerou impactos financeiros a companhia em torno de 260 mil reais/ano, em valores do mercado local à época. Este trabalho relata as experiências obtidas nas ações de controle e monitoramento do mexilhão-dourado nas instalações da CASAL.

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Biografía del autor/a

Ana Maria Edivia Silva dos Santos, Companhia de Saneamento de Alagoas

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal de Alagoas (2009) e título de Mestre em Tecnologias Ambientais pelo IFAL ? Campus Marechal Deodoro/AL (2021). Concluinte de pós-graduação Latu Senso em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade de Tecnologia ? FAT e de Petróleo, Gás e Biocombustíveis pelo CESMAC, atuou nestas áreas em Instituições e empresas como: GRUPO IGUÁ Saneamento, Troia Produtos de Limpeza, SOLAR BR - Coca-Cola, IMA/AL. A partir de 2016 começou a atuar como supervisora de tratamento de água na Companhia de Saneamento de Alagoas ? CASAL no Alto Sertão do Estado de Alagoas e atualmente está como Supervisora de Qualidade do Produto pela Regional Metropolitana de Maceió nesta mesma empresa. Tem experiência na área de Ciências Ambientais, com ênfase em tecnologias ambientais, atuando principalmente no seguinte tema: manual de controle às macroincrustações. 

Ronny Francisco Marques de Souza, Instituto Federal de Alagoas

Possui graduação em Licenciatura Plena em Química pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2007), Mestrado em Química (2010) e Doutorado em Química (2014) pela Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência em Síntese Orgânica com ênfase em Eletrossíntese Orgânica, visando a formação de ligações C-C. Tem interesse no desenvolvimento de novos materiais, gestão de resíduos, economia circular e bioinvasão no baixo São Francisco. Atualmente é professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico e membro docente do Mestrado em Tecnologias Ambientais do Instituto Federal de Alagoas atuando na linha de tecnologias e inovações ambientais com as disciplinas Química Verde e Desenvolvimento de Materiais Compósitos de Interesse Ambiental.

Publicado

2022-07-02