Estudo de acoplamento entre jatos com duração de três dias na América do Sul

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.002.0023

Palavras-chave:

Tempo Severo, Jato de Baixos Níveis, Corrente de jato

Resumo

Entende-se por acoplamento entre jatos quando o Jato de Altos Níveis (JAN) se sobrepõe ao Jato de Baixos Níveis (JBN). A literatura mostra que tais acoplamentos tendem a gerar ou intensificar instabilidades em superfície. Desta forma, o objetivo desse estudo foi analisar a configuração sinótica e o acoplamento entre os jatos associados a tempestades durante o período de 28 a 30 de outubro de 2019, quando ocorreram instabilidades que atingiram o sul do Brasil, causando precipitação intensa e diversos estragos. O trabalho realizou-se por meio da análise de campos meteorológicos usando dados de reanálise do modelo ERA5 e imagens do satélite GOES-16. Foi verificado acoplamento entre os jatos nos três dias de estudo. Foram observados movimentos verticais ascendentes em 500 hPa na mesma área de ocorrência do escoamento difluente em altos níveis, bem como um intenso escoamento de norte em 850 hPa, um grande aporte de umidade proveniente da atuação da Baixa do Noroeste Argentino, e a presença de um sistema frontal entre o Uruguai e o RS, exceto no primeiro dia. A leste (corrente abaixo) da área onde ocorreu o acoplamento houve desenvolvimento de tempestades. O acoplamento foi observado antes e durante o período de atuação dos sistemas convectivos de mesoescala, e a dissipação desse ocorreu simultaneamente com a tempestade. Contudo no dia 30, o pico de acoplamento não ocorreu junto a fase mais intensa do sistema, ocorreu antes.

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Biografia do Autor

Emily Claudia Pereira Ramos, Universidade Federal de Pelotas

 

Graduanda em Meteorologia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e bolsista do Programa de Educação Tutorial - PET Meteorologia.

Luiz Gabriel Cassol Machado, Universidade Federal de Pelotas

Bacharel em Meteorologia pela Universidade Federal de Pelotas (2016 a 2019) e ex-bolsista do Programa de Educação Tutorial - PET Meteorologia. Atualmente Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Meteorologia (PPGMET) pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Áreas de maior interesse: Modelagem Numérica (WRF), Meteorologia Sinótica, Mesoescala e Sensoriamento Remoto. Um dos idealizadores do Projeto de Monitoramento Meteorológico Metade Sul do RS. E-mail para contato: gabrielcassol09@gmail.com

André Becker Nunes, Universidade Federal de Pelotas

Graduação em Meteorologia pela Universidade Federal de Pelotas (2000), mestrado em Meteorologia pela Universidade Federal de Pelotas (2002) na área de física da camada limite planetária e doutorado em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2008) na área de modelagem em micrometeorologia. Participação no Grupo de Mudanças Climáticas do CCST-INPE entre 2008 e 2009. Professor de ensino superior da Faculdade de Meteorologia da Universidade Federal de Pelotas desde dezembro de 2009, atuando na Graduação e Pós-Graduação em Meteorologia. Orientações de mestrado e iniciação científica principalmente nas áreas de climatologia, mudanças climáticas, meteorologia sinótica, agrometeorologia e micrometeorologia. Co-orientações no Programa de Pós-Graduação em Agronomia (UFPel) e no Programa de Pós-Graduação em Sensoriamento Remoto (UFRGS). Colaborador e professor do Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos da UFPel. Chefe do Departamento de Meteorologia da UFPel (2010-2012, 2012-2014). Tutor do Grupo PET-Meteorologia. Professor Associado do Departamento de Meteorologia da UFPel. 

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Publicado

2021-02-17

Edição

Seção

Meteorologia, Climatologia e Mudanças Climáticas