Análise plurianual da qualidade das águas de bacia tributária do Pantanal brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.002.0019Palavras-chave:
Gestão ambiental, Estatística multivariada, Análise de componentes principais, Análise fatorialResumo
Os dados dos programas de monitoramento, têm sido pouco utilizados para subsidiar a tomada de decisões dos gestores das bacias hidrográficas. Diversas ferramentas podem ser adotadas, mas é fundamental que a primeira etapa seja através de análise descriminante. Esta análise, permite ao gestor distinguir, dentro de um conjunto de variáveis, quais são as que podem ser eleitas como indicadoras de processos de impacto (singularidades) daquelas que são provavelmente um atributo variável a longo prazo no sistema (intrínseco). O objetivo deste estudo é identificar e avaliar a estrutura intrínseca e as singularidades do corpo hídrico, com base nas variáveis físicas, químicas e biológicas de qualidade das águas, da Bacia do Rio Vermelho/MT, usando dados de monitoramento de longa duração (2006 a 2017), tendo como foco estabelecer um critério técnico para priorização de ações de conservação na bacia. A metodologia consiste no emprego de métodos estatísticos multivariados, da análise fatorial (AF) e da análise de componentes principais (ACP). Os resultados indicaram que os métodos estatísticos são eficientes para ranquear os parâmetros, de modo que os parâmetros: cor, demanda química de oxigênio, nitrogênio total, coliformes totais, cloreto, resíduo não filtrável, Escherichia coli, fosforo total, turbidez, resíduo total possuem maior peso na variância e são as variáveis características das alterações do corpo hídrico enquanto que: temperatura do ar, temperatura da água; nitrogênio amoniacal; nitrogênio nitrito, pH; oxigênio dissolvido, DBO , ortofosfato, vazão média; e nitrato, podem ser caracterizadas pela baixa variância como as variáveis intrínsecas do rio, que são de ordem natural do corpo hídrico. As potencialidades e limitações da metodologia e dos dados são discutidas. Considerando a complexidade de usos múltiplos da bacia, que incluem áreas de produção agrícola, unidades de conservação, PCHs, áreas urbanas e terras indígenas, frente ao cenário de tendência de perda da qualidade das águas, recomenda-se que a Bacia do Rio Vermelho seja incluída como prioridade nas estratégias de manejo e conservação.
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