Avaliação dos aspectos de qualidade do pau-branco (Cordia oncocalyx allemão) e outras madeiras da caatinga

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.003.0018

Palavras-chave:

Moveleiros, Conservação da flora, Aceitação sensorial, CATA, Análise de Correspondência

Resumo

Objetivou-se avaliar os aspectos de qualidade sensorial de madeiras endêmicas da Caatinga, a fim de compreender como as pessoas se relacionam com elas e entender as características sensoriais desejadas pelos consumidores e que possam auxiliar na valorização das espécies. Madeiras utilizadas em movelarias e serrarias de Aruaru, Morada Nova–CE (‘pau-branco claro’, ‘pau-branco rajado’, ‘cumaru’, ‘pereiro’, ‘pau-d’arco’ e ‘pitiá’) foram avaliadas, por 53 indivíduos, quanto a aceitação sensorial (cor, aparência global, textura visual e textura tátil) e perfil descritivo pelo método CATA (Check-all-that-apply). Os dados da aceitação foram submetidos à ANOVA, Teste de Tukey e ACP e, os do CATA, à análise multivariada de Correspondência. As madeiras foram bem aceitas (médias hedônicas entre 6 e 8). ‘Pereiro’ apresentou aceitação na faixa de "gostei" e "gostei muito" para todos os atributos avaliados, enquanto que ‘pau-branco rajado’ e o ‘pau-d’arco’, apresentou médias na região “gostei pouco”. As texturas visual e tátil contribuíram para a redução da aceitação das madeiras de ‘pau-branco claro’ e ‘cumaru’. A ‘Pau d'arco apresentou correlação positiva para a qualidade de madeiras, contudo a ACP mostra um segmento de consumidores que indicam baixa aceitação para sua textura tátil. Foi evidenciado que ‘Pereiro’, ‘Pau-branco rajado’ e ‘Pitiá’ apresentam alta correlação positiva nas características de qualidade esperadas pelos consumidores. Nesse sentido, devem ser implementadas políticas públicas de preservação dessas espécies. Essas informações, podem também servir como norteadores na elaboração de planos de manejo para os seus usos sustentáveis, ampliando o diálogo sobre a conservação da flora nordestina.

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Biografia do Autor

Enio Giuliano Girão, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Doutorando em Desenvolvimento e Meio Ambiente (UFC), Mestre em Engenharia Agrícola (2006) e Engenheiro Agrônomo (1993) pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Bacharel em Direito (UNICHRISTUS, 2008) e especialista em Direito Público (IESF, 2011). Pesquisador na Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza). Possui experiência na área de uso e conservação de recursos naturais no Semiárido, atuando principalmente nos temas: Agricultura Familiar; Inovação Social. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0600-5094

Ídila Maria da Silva Araújo, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Possui graduação em Tecnologia de Alimentos (CENTEC UD Cariri, 2006) e Ciências Biológica/Bacharelado (URCA, 2008), Mestrado em Bioprospecção Molecular (URCA, 2009), é Doutora em Ciências Biológicas pela UFPE (2014) com Pós-Doutoramento em pela Universidade La Plata. Atualmente é Empregada Pública da Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE), atuando no Laboratório de Análise de Alimentos, nas áreas de Análise Sensorial, Físico-química, Instrumental e Olfatometria de Alimentos. Tem experiências na área de físico-química (Bromatologia) e análise sensorial de Alimentos; e Bioquímica, com ênfase em Química de Proteínas, atuando nas áreas de purificação, caracterização e avaliações de atividades biológicas de lectinas.

Deborah dos Santos Garruti, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Doutora em Ciência de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (2000), Mestre em Tecnologia de Alimentos pela Unicamp (1989) e Engenheira de Alimentos pela Unicamp (1984). Pesquisadora da Embrapa desde 1990, atualmente lotada na Embrapa Agroindústria Tropical e docente permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências Naturais da Universidade Estadual do Ceará. Atua na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com ênfase em Análise Sensorial e Análise de compostos voláteis por cromatografia gasosa e Olfatometria. Sua pesquisa é direcionada principalmente para os seguintes temas: efeito do processamento, armazenamento e do tratamento pós-colheita na composição de voláteis e na qualidade sensorial dos alimentos, e identificação de marcadores químicos do aroma e sabor em genótipos de frutos de programas de melhoramento genético. Tem atuado ativamente em colegiados editoriais como o Comitê Local de Publicação (Embrapa) e o Conselho Editorial da revista Brasilian Journal of Food Technology.

Renier Felinto Julião da Rocha, Instituto Federal do Ceará

Professor efetivo do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - Campus Crateús (Área: Engenharia de Alimentos/Ciência de Alimentos). Doutorando em Ciência de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp (2021-2024). Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos (2016) e Graduado em Engenharia de Alimentos (2013) pela Universidade Federal do Ceará. Atualmente, no doutorado desenvolve pesquisas relacionada com a química do flavour e suas relações com as percepções sensoriais e a atividade biológica. Desenvolveu sua pesquisa de mestrado, na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) - Agroindústria Tropical, utilizando estatística multivariada como ferramenta na avaliação e seleção de genótipos de mamoeiro. Têm interesse em Ciência Sensorial; Estatística Multivariada; Química do Flavour e Aroma; Análise Instrumental dos Alimentos; Cromatografia-EM e CG-Olfatometria.

Vládia Pinto Vidal de Oliveira, Universidade Federal do Ceará

Professora Titular do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e pesquisadora do CNPq na área de Geografia Física. Doutorado em Engenharia Agronômica no Programa Agricultura e Meio Ambiente em Zonas Áridas da Universidade de Almería-Espanha (UAL), convalidado à Geografia Física (UFC). Geóloga (UNIFOR); Mestrado em Agronomia (UFC); Cursos de Pós-graduação em Gerenciamento Costeiro (Labomar/UFC) e Internacionais com bolsa da ONU (CRICYT/Argentina e UNEP /Rússia na temática de Desertificação; Professora de Pós-Graduação(Mestrado e Doutorado) em Geografia e Programa em Desenvolvimento e Meio Ambiente ? PRODEMA. Coordenou projetos Internacionais: Ecologia de Paisagens no Programa WAVES/CNPq/BMBF; Programa ALFA (Ecologia de Zonas Áridas-ECOZONAR) e Hidroponia no semiárido; Projeto de Cooperação Internacional Pró-África (Cabo Verde). Integrou INNOVATE (Project, Brasil-Alemanha, 2012-2016 /BMBF- Alemanha e MCT-Brasil). Coordenou o Programa de Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente ? PRODEMA-UFC (2004-2008 e 2015). Foi a 1ªCoordenadora Geral do Doutorado em Desenvolvimento e Meio Ambiente em Rede (UFC/UFPI/UFRN/UFPB/UFPE/UFS/UESC (2009-2013); Editora Chefe na Revista eletrônica REDE - PRODEMA. Coordena o Programa de Mobilidade Internacional CAPES/AULP-UFC/UNICV desde 2014; Lider dos Grupos de Pesquisa do CNPq em Ecodinâmica e Recuperação Ambiental em Áreas Submetidas à Desertificação em Regiões Semiáridas e Observatório de Estudos Ambientais. Faço parte da Comissão das Nações Unidas ?Expert- para Combate à Desertificação. Consultora Ad hoc da Revista Ambiente & Água e Ambiente e Sociedade. Lidera atuando com experiências nas áreas: geociências e agronômica, com ênfase em estudos integrados (geoecologia, zoneamento geoambiental; zoneamento econômico e ecológico); solos na dinâmica de paisagens; análise de produtos de sensoriamento remoto, indicadores de degradação/desertificação e planejamento ambiental.

Karla Lavínia Barros Carneiro, Universidade Federal do Ceará

Graduação em andamento em Engenharia de Alimentos. Tem experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com ênfase em Ciência e Tecnologia de Alimentos.

Publicado

2022-07-02

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente