Intoxicação por agrotóxicos em Minas Gerais: um estudo sobre a baixa escolaridade e a desproteção do trabalhador rural
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.003.0006Palavras-chave:
Agroquímicos, Segurança do trabalho, Saúde ocupacional, Saúde da população ruralResumo
Neste estudo foram levantados e analisados dados de notificações de intoxicação exógena por agrotóxicos no estado de Minas Gerais, entre os anos de 2011 e 2020. Nesse período, o pico de notificações ocorreu no ano de 2013 (2.195). Houve crescimento no número de notificações relacionadas à exposição no trabalho no estado entre 2011 (284) e 2013 (516), com declínio em 2014 (376), pequena variação entre 2015 (330) e 2019 (369), e queda em 2020 (272). Considerando-se a classificação por agente tóxico das intoxicações, predominam no período as intoxicações por raticidas (47,51%), seguidas por agrotóxicos de uso agrícola (30,82%), produtos de uso veterinário (10,55%), agrotóxicos domésticos (9,28%) e agrotóxicos de saúde pública (1,84%). A análise dos casos de intoxicação demonstrou maior vulnerabilidade dos trabalhadores de menor escolaridade. Identificou-se por meio da revisão de literatura fatores de risco à intoxicação por agrotóxicos, como a ausência e uso inadequado de equipamentos de proteção individual (EPI) nas atividades produtivas, o armazenamento irregular de produtos e equipamentos e a realização de procedimentos de higienização inadequados e insuficientes. Os resultados apontam para uma série de limitações dos setores público e privado em iniciativas voltadas à prevenção de acidentes e redução de riscos associados ao uso de agrotóxicos.
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