Avaliação econômica da implantação de ilhas flutuantes artificiais para o tratamento de efluentes de tilapicultura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.003.0025

Palavras-chave:

Economia, Biorremediação, Indicadores econômicos, Meio ambiente, Sustentabilidade

Resumo

O tratamento de efluentes da aquicultura visa atender às exigências das novas legislações e às pressões de órgãos ambientais e da própria sociedade. Portanto, estudos que abordem a conservação do meio ambiente e a viabilidade econômica são fundamentais para o sucesso da atividade, uma vez que são itens indispensáveis para a sustentabilidade da aquicultura. O presente estudo avaliou a viabilidade econômica da implantação do sistema de ilhas flutuantes artificiais (IFAs) para o tratamento de efluentes de piscicultura por meio da aplicação de diferentes indicadores econômicos. O experimento foi realizado em dois sistemas (com e sem IFAs, em triplicatas) ao longo de um ciclo de produção semi-intensivo de tilápias do Nilo. Os valores médios do custo de produção e os seguintes indicadores econômicos foram calculados referente à condução do ciclo produtivo por hectare de espelho d’água: receita líquida financeira, índice de lucratividade, taxa interna de retorno e valor presente líquido. A despesa com ração foi o principal parâmetro que afetou os custos totais de produção em ambos os sistemas. O estudo mostrou que a rentabilidade econômica foi positiva para ambos os sistemas de produção. No sistema com IFAs, a implantação das estruturas representou 3,86% dos custos de produção resultando em baixo custo de investimento e manutenção, indicando rentabilidade da aplicação das IFAs ao sistema produtivo com ganhos econômicos atrativos e retorno do capital investido, atendendo as necessidades do pequeno e médio produtor rural.

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Biografia do Autor

João Alexandre Saviolo Osti, Universidade de Guarulhos

Possui graduação em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário Fundação Santo André, licenciatura (2006) e bacharelado (2007), mestrado em Aquicultura e Pesca pelo Instituto de Pesca (2009), Doutorado em Aquicultura pelo Centro de Aquicultura da UNESP (2013), Pós-doutorado em Ecologia pelo Instituto de Biociências da UNESP, campus de Rio Claro (2016) e Pós-doutorado pelo Centro de Pós-Graduação e Pesquisa, Mestrado em Análise Geoambiental da Universidade UNG. Atualmente é professor Doutor na Universidade UNG e está credenciado no Programa de Mestrado em Análise Geoambiental da Universidade de Guarulhos e colaborador no Programas de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Brasil. Tem experiência na área de ecologia de ecossistemas aquáticos, atuando principalmente nos seguintes temas: como a ecologia de algas e cianobactérias perifiticas, o manejo ambientalmente sustentável na aquicultura, ecologia e dinâmica de viveiros de piscicultura, ecologia do fitoplâncton e na avaliação e tratamento de efluentes aquícolas.

Roosevelt José Nascimento, Universidade Brasil

Possui Especialização em Educação Matemática: Faculdade São Luiz (2005). Bacharelado em Ciências Econômicas: Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS (1990) e Licenciatura Plena em Matemática: Universidade Bandeirante de São Paulo (2003). Atualmente é Professor na Faculdade de Mauá Uniesp SA e no Governo do Estado de São Paulo. Possui experiência na área econômico-financeira e abordagem matemática.

Munique de Almeida Bispo Moraes, Universidade de São Paulo

Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Nove de Julho (2011). Mestre em Aquicultura e Pesca pelo Instituto de Pesca do Estado de São Paulo (2014). Doutora em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo com período sanduíche na Universidade de Copenhagen (2020). Tem experiência nas áreas de Limnologia, Microbiologia e Biologia Molecular, atuando principalmente nos seguintes temas: qualidade da água, monitoramento de recursos hídricos, comunidade fitoplanctônica, produção primária do fitoplâncton, pigmentos fitoplanctônicos, cianobactérias e cianotoxinas. 

Adriana Sacioto Marcantonio, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios

Possui graduação em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1995), mestrado em Genética e Melhoramento Animal pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000) e doutorado em Aquicultura pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005). Atualmente é Pesquisador Cientifico VI da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios. Tem experiência na área de Aquicultura atuando principalmente nos seguintes temas: ranicultura, ecotoxicologia e educação ambiental. Faço parte do Projeto Interinstitucional "Ranicultura Digital". Participo da Câmara Técnica de Educação Ambiental e Mobilização Social (CT-EAMS) do Comitê de Bacias Hidrográficas do rio Paraíba do Sul (CBH-PS), da Plenária do Comitê de Bacias Hidrográficas da Serra da Mantiqueira (CBH-SM), da Câmara Técnica de Turismo e Educação Ambiental (CT-TEAM) do Comitê de Bacias Hidrográficas da Serra da Mantiqueira (CBH-SM), das Câmaras Técnicas de Educação Ambiental (CT-EA), Saúde Ambiental (CT-SAM) e Rural (CT-Rural) dos Comitês PCJ. Participo também do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Pindamonhangaba e do Conselho Gestor do Parque Municipal do Trabiju - Pindamonhangaba, SP. Já atuou com extensão rural junto aos programas "Volta ao Campo" e "SAI - Sistema Agroindustrial Integrado" do SEBRAE-SP.

Sergio Henrique Canello Schalch, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Fundação de Ensino Octávio Bastos (1996), mestrado em Aqüicultura em Águas Continentais pelo Centro de Aqüicultura da Unesp (2002) e doutorado em Aqüicultura pelo Centro de Aqüicultura da Unesp (2006). Atualmente é pesquisador científico da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios. Tem experiência Aquicultura, com ênfase em Patologia de Organismos Aquáticos, atuando principalmente nos seguintes temas: parasitos, peixes, enfermidades, piscicultura, tilápia e boas práticas de manejo. 

Cacilda Thais Janson Mercante, Instituto de Pesca

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1988), Mestrado em Ciencias Biologicas (Biologia Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1993) e Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (2000). É Pesquisador Científico VI do Instituto de Pesca da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. Tem experiência na área de Ecologia de Ecossistemas Aquáticos, com ênfase em Qualidade da água em ambientes aquaculturais e em reservatórios, atuando principalmente nos seguintes temas: eutrofização, limnologia, manejo hídrico, avaliação de impacto ambiental de efluentes de aquicultura. Coordenadora do Grupo Intersecretarial para implantação e demarcação de Parques Aquícolas no Estado de São Paulo. Membro da Comissão Permanente de Regime Integral (CPRTI) da Área de Biologia Animal vinculada a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. Coordenadora de Projetos Fapesp

Publicado

2022-07-02

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente