Biorremediação: usos e aplicações para degradação de diclofenaco
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.003.0011Palavras-chave:
Resíduos farmacêuticos, Poluente aquático, RemediaçãoResumo
O diclofenaco destaca-se por ser um poluente emergente de preocupação global. O fato de este fármaco ser facilmente adquirido sem receitas e descartado incorretamente somados à ineficiência das estações de tratamento de águas residuais para removê-lo colaboram para que sua presença seja identificada em concentrações crescentes, principalmente nos corpos hídricos. Este fato representa um risco para a biota e consequentemente para os ecossistemas, uma vez que o diclofenaco é comprovadamente tóxico para alguns organismos aquáticos e terrestres. É evidente a necessidade do desenvolvimento de técnicas eficientes para sua remoção. Nesse sentido, surgem as técnicas de biorremediação, que se destacam pela sua eficiência, baixo custo e sustentabilidade. Nossa pesquisa foi motivada pela carência de revisões voltadas para o conhecimento de técnicas recentes voltadas para a biorremediação do diclofenaco. A metodologia desenvolveu-se através da busca de artigos na plataforma “Science Direct” utilizando-se as palavras-chave “bioremediation of diclofenac” Foram discutidas pesquisas que utilizaram biorremediação através de microalgas, bactérias, enzimas, fungos e outras técnicas de biorremediação que não se enquadraram nas anteriores. As espécies de microalgas que se destacaram foram Scenedesmus obliqus e Picocystis sp., com remoções de 99% e 73% respectivamente. Em relação à biorremediação fúngica, as espécies Trametes versicolor, Ganoderma lucidum, Irpex lacteus e Penicilium oxalicum também removeram o composto de forma muito eficiente (acima de 96%). Em biorremediação bacteriana, os melhores percentuais de remoção foram alcançados quando ocorreu a combinação de espécies. Pesquisas que aplicaram a enzima lacase em iniciativas de biorremediação enzimática obtiveram excelentes percentuais de remoção (de 94 a 100%). Todas as pesquisas que testaram a toxicidade antes e após o tratamento com biorremediação, independente da técnica adotada, apresentaram redução da toxicidade do efluente no pós tratamento. Logo, a aplicação de técnicas de biorremediação mostra-se como promissoras e eficientes também para a redução da toxicidade em relação ao composto original.
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