Caracterização morfoagronômica e culinária de etnovariedades de mandioca em diferentes épocas de colheita

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.009.0004

Palavras-chave:

Manihot esculenta, Raízes tuberosas, Variabilidade fenotípica

Resumo

A espécie Manihot esculenta Crantz é a única espécie do gênero Manihot cultivada para comercialização, apresentando relevante importância na dieta alimentar. Conhecida popularmente como mandioca, macaxeira ou aipim, a planta é altamente cultivada pela sua ampla adaptação às diferentes condições edafoclimáticas e potencial produtivo. A definição da melhor época de colheita e a caracterização morfoagronômica e qualidade culinária são importantes para a diferenciação e seleção de etnovariedades de mandioca. Neste sentido, objetivou-se neste estudo realizar a caracterização morfoagronômica e culinária de três etnovariedades de mandioca (Amarela, Mandioca de ano e Cacau Pinheiro) em quatro épocas de colheita (8, 10, 12 e 14 meses pós-plantio), nas condições edafoclimáticas do município de Alta Floresta, Mato Grosso, Brasil. A caracterização foi realizada utilizando quinze descritores qualitativos e quantitativos descritos para a espécie. Os resultados demonstram que os descritores morfoagronômicos foram eficientes na caracterização das etnovariedades evidenciando variabilidade entre o material avaliado. A etnovariedade Amarela apresentou superioridade para produção de parte aérea, enquanto que a Cacau pinheiro e Mandioca de ano foram superiores quanto à produção de raízes tuberosas aos 10 e 12 meses, respectivamente. Houve variação fenotípica quanto às características ‘cor do córtex da raiz’ e ‘cor da polpa’, no qual a etnovariedade Amarela foi a única a apresentar cor da polpa amarela, critério desejado pelos consumidores. O tempo de cozimento para as três etnovariedades avaliadas nas quatro épocas de colheita foi considerado ruim (>30 minutos), assim como o padrão de massa cozida. Quanto à deterioração, o material avaliado apresentou boa conservação das raízes. A época de colheita influenciou as características morfoagronômicas e qualidade culinária das três etnovariedades de mandioca avaliadas nas condições edafoclimáticas do município de Alta Floresta, Mato Grosso. De modo geral, indicamos a etnovariedade Amarela para fins culinários e a Mandioca de ano e Cacau pinheiro para fins produtivos.

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Biografia do Autor

Larissa Lemes dos Santos, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduanda em Licenciatura Plena e Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Mato Grosso no Campus de Alta Floresta.

Eliane Cristina Moreno de Pedri, Universidade do Estado de Mato Grosso

Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2009) e mestre em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2018). Atualmente é doutoranda da Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (PPG-Bionorte), Universidade do Estado de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado e desenvolve trabalhos no Laboratório de Genética Vegetal e Biologia Molecular (GenBioMol) da UNEMAT, Campus de Alta Floresta, MT. 

Auana Vicente Tiago, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas, pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2013/1). Mestre em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2016/1). Doutora em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - Rede BIONORTE, Universidade do Estado de Mato Grosso (2020/1). Atualmente Pesquisadora na Embrapa Agrossilvipastoril no Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional (PDCTR) - FAPEMAT/CNPq (2022-2025).

Vinicius Delgado da Rocha, Universidade Federal de Viçosa

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Mestrado em Genética e Melhoramento pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Atualmente é Doutorando em Genética e Melhoramento pela UFV. Durante a graduação foi bolsista de Iniciação Científica do CNPq e do PROBIC/UNEMAT (2013-2018) e desenvolveu trabalhos no Laboratório de Genética Vegetal e Biologia Molecular da UNEMAT/ Campus de Alta Floresta, MT, realizando estudos de diversidade genética, biologia reprodutiva, citotoxicidade e alelopatia de plantas. Durante o mestrado adquiriu experiência na área de Evolução Molecular especificamente em Filogeografia e Filogenia. Tem interesse na área de Genética, Biologia Molecular e Evolução.

Edmilson Leonardo Ferreira, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduando em Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso. Atua na área de Biologia Geral e Genética com ênfase em Genética Vegetal. Atualmente é bolsista de iniciação cientifica no Laboratório de Genética Vegetal e Biologia Molecular, onde desenvolve pesquisas sobre aspectos reprodutivos e diversidade genética de Croton urucurana. Recebeu os prêmios de melhor trabalho na área de botânica na XII Semana da Biologia da UNEMAT e melhor trabalho na área de genética vegetal no I Simpósio Mato-grossense de Genética e Melhoramento de Plantas. 

Giseudo Aparecido de Paiva, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2020). Mestrando em Genética e melhoramento de plantas pela Universidade do Estado do Mato Grosso.

Ana Paula Roveda, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduada no curso de Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT (2020/5). Mestranda no Programa de Pós Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas - PGMP, pela Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT.

Ana Aparecida Bandini Rossi, Universidade do Estado de Mato Grosso

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (1996), mestrado em Botânica pela Universidade Federal de Viçosa (2003) e doutorado em Genética e Melhoramento pela Universidade Federal de Viçosa (2007). Atualmente é professora adjunta da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Tem experiência na área de Biologia Geral, com ênfase em Genética Vegetal, Biologia Molecular e Biologia da Conservação, atuando principalmente nos seguintes temas: Aspectos Reprodutivos e Diversidade Genética em espécies Vegetais Nativas e Cultivadas e conservação dos Recursos Naturais. Participa como orientadora dos Programas de Pós Graduação: Mestrado em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos, Genética e Melhoramento de Plantas e do Doutorado Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal, da Rede Bionorte.

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Publicado

2021-10-20

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