Sustentabilidade municipal: análise de desenvolvimento socioeconômico de municípios mineradores do Estado de Minas Gerais

Autores

  • Lauro Ferreira Guimarães Neto Centro Universitário Unihorizontes
  • Gustavo Rodrigues Cunha Centro Universitário Unihorizontes

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-684X.2018.002.0008

Palavras-chave:

IDHM, IDTE, IMRS, PIB-M, Royalties

Resumo

O presente estudo teve por objetivo identificar o grau de dependência econômica dos municípios do Estado de Minas Gerais em relação a empresas mineradoras instaladas em seus territórios. Buscou-se analisar o relacionamento entre o nível de desenvolvimento municipal e os royalties recebidos pela exploração mineral nos municípios. O presente estudo descritivo e explicativo utilizou dados disponíveis nos sites do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM), Fundação João Pinheiro – FJP (Índice Mineiro de Responsabilidade Social - IMRS, Índice de Desenvolvimento Tributário e econômico - IDTE e Índice de Qualidade Geral de Educação), Tesouro Nacional (Arrecadação e Royalties) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Produto Interno Bruto Municipal - PIB-M e População). Foram analisados 619 municípios, selecionados por serem aqueles que receberam royalties efetivamente de mineradoras. Os métodos utilizados foram análise de cluster, análise de correlação e análise de regressão. Observou-se que existe um viés entre o nível de dependência entre os royalties e o índice de desenvolvimento dos municípios analisados. Entretanto, o estudo ressalta que municípios muito dependentes de royalties nem sempre apresentam os melhores resultados socioeconômicos entre os demais municípios mineiros. Sobre a sustentabilidade econômica, foram detectados municípios em que as receitas e as despesas não possuem uma relação de equilíbrio de longo prazo, constatando que os royalties não estão sendo aplicados em projetos que estimulem a diversificação econômica dos municípios. Observou-se dessa forma que, à medida que a arrecadação total aumenta o IDHM, o PIB-M e o IDTE do município também aumentam. Já para o IMRS e o Índice de Qualidade Geral de Educação, verificou-se que os royalties não são capazes de explicar sua variação.

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Biografia do Autor

Lauro Ferreira Guimarães Neto, Centro Universitário Unihorizontes

Possui graduação em História - Licenciatura Ou Bacharelado pela Universidade Federal de Ouro Preto(1999), especialização em Informática Educativa pela Universidade Federal de Lavras(2003) e mestrado em Administração pelo Centro Universitário Unihorizontes(2018). Atualmente é Analista de TI da Universidade Federal de Ouro Preto. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Metodologia e Técnicas da Computação. Atuando principalmente nos seguintes temas:Arrecadação, IDHM, IDTE, IMRS, PIB-M e Royalties.

Gustavo Rodrigues Cunha, Centro Universitário Unihorizontes

Doutor em Business Administration (UNIVERSITÀ DI BOLOGNA, 2011), mestre em Administração (UFMG, 2002) e bacharel em Ciências Contábeis (UFMG, 1997). Professor e Pesquisador do Mestrado do Centro Universitário Unihorizontes, das disciplinas Finanças Comportamentais e Governança e Sustentabilidade Corporativa. Professor na Graduação das disciplinas: Gestão de Custos, Mercado de Capitais, Administração Financeira e Ciências Atuariais. Membro dos Núcleos de Pesquisa NUCONT e NUPEC (FNH). Coordenador dos Projetos " Comportamento do Investidor sob as Perspectivas das Finanças Modernas, Sociologia e Finanças Comportamentais" e "Fatores sociais e Ilusões Cognitivas no Contexto de Decisões de Investimento Coletivas" financiados pela Fapemig. Pesquisador dos Projetos "Neurociência e Marketing na Construção de Políticas Públicas: um estudo sobre a captação de doadores de sangue" e "Estratégias Organizacionais na Contemporaneidades integrando metodologias para o entendimento das relações de consumo e produção e suas vertentes sociais, organizacionais e individuais". Temas de interesses em pesquisa: ilusões cognitivas em decisões financeiras; criação de valor baseada em governança, sustentabilidade e responsabilidade social corporativa; governança de tecnologia de informação; composição do conselho de administração e performance empresarial; e comunicação interna e desempenho organizacional.

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Publicado

2018-09-24