O processo de institucionalização do projeto pedagógico dos cursos de graduação no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-684X.2022.002.0001

Palavras-chave:

Projeto pedagógico de curso, Teoria institucional, Processo de institucionalização

Resumo

Os cursos de graduação nas Instituições de Ensino Superior no país são cada vez mais procurados por estudantes e o controle da qualidade dos mesmos tem sido uma constante no campo. O Projeto Pedagógico de Curso surgiu então como uma ferramenta utilizada para manutenção da qualidade desses cursos utilizada pelos gestores. Entretanto, a aderência a práticas novas em ambientes organizacionais não é uma tarefa fácil. Diante do aumento gradativo de estudantes e de muitas notas baixas das Instituições de Ensino Superior pelo país, carece ainda estudos buscando entender essas distorções. Para preencher essa lacuna, este trabalho tem como objetivo analisar o processo de institucionalização do PPC junto aos professores e coordenadores dos cursos de graduação pelo país, utilizando o modelo proposto por Tolbert e Zucker (1999). Após uma pesquisa com 464 professores e coordenadores de cursos de graduação no país, o presente trabalho pôde verificar uma baixa aderência ao segundo estágio do modelo citado, a objetificação, entretanto com uma alta aderência a práticas previstas no PPC, levantando questões como uma possível prática cerimonial e sobre a real eficácia da ferramenta. Os resultados evidenciam que a aderência ao PPC se deu principalmente naquelas tarefas já institucionalizadas, deixando obscuro o cumprimento para aquelas onde uma mudança de prática seria necessária.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tiago Martins Ramos da Silva, Universidade do Grande Rio

Possui graduação em Matemática - Licenciatura na UNIABEU Centro Universitário (2006).Concluiu o curso de especialização em Direito Previdenciário pela AVM (2013/2014), Gestão Hospitalar pelo Hospital Sírio Libanês/Fiocruz (2017), Mestrado Acadêmico e Doutorado em Administração pela Universidade do Grande Rio. Atua como servidor público federal desde o ano de 2006. Exerceu o cargo de técnico do seguro social de 2006 a 2013 pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, onde exerceu cargos como o de Chefe de Benefícios e Gerente de Agência da Previdência Social. Em 2013 passou a exercer o cargo de Analista de Gestão em Saúde - Perfil de Gestão e Desenvolvimento Institucional pela Fundação Oswaldo Cruz. Atualmente exerce o cargo de Gestor do Serviço de Administração de Materiais do Instituto Fernandes Figueira - Fiocruz. 

Rúbia Walquíria de Carvalho, Instituto Nacional de Câncer

Doutoranda em Saúde Coletiva (UFRJ), Mestra em Administração (Unigranrio), possui graduação em Administração (FAI), Especialização em Gestão de Negócios (UCAM) e Especialização em Finanças e Gestão Corporativa (UCAM), Especialização Gestão Pública em Saúde (UFF). Tem experiência na área de Administração e Finanças, elaboração e execução de projetos, gestão e fiscalização de contratos, com ênfase em Administração Pública; e na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Planejamento e Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde e políticas públicas. Atualmente é Gestora Pública do Instituto Nacional de Câncer (INCA), atuando principalmente nos seguintes temas: gestão hospitalar, epidemiologia, gestão de contratos, redesenho de processos, gerência de projetos, câncer e saúde pública. Atuação docente, presencial e à distância, no ensino e pesquisa para a multiplicação dos conhecimentos relativos aos fluxos e processos da gestão hospitalar, administração geral e pública, nas instituições: UFRRJ, UFSJ, FIOCRUZ, UTRAMIG, UNIMONTES, UFRB, CEFET e INCA.

Publicado

2023-01-08