Aspectos socioeconômicos e ambientais da produção de farinha de mandioca na comunidade quilombola Amazônica do Cuxiú, Bonito/PA

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2021.001.0006

Palabras clave:

Farinha de Mandioca, Comunidades Tradicionais, Quilombos, Desenvolvimento Sustentável

Resumen

Este trabalho teve como principal motivação, conhecer os aspectos sociais, ambientais e econômicos, inerentes à produção da farinha de mandioca na Comunidade Quilombola do Cuxiú, Bonito-PA, Amazônia. Na tentativa de alcançar esse objetivo geral sob a visão holística da sustentabilidade, definiram-se cinco objetivos específicos: a) Verificar entraves e potencialidades na produção de farinha na comunidade quilombola; b) Acompanhar a dinâmica social do beneficiamento da mandioca, dentro do cotidiano quilombola; c) Identificar a forma de descarte de resíduos provenientes do beneficiamento da mandioca; e) Identificar aspectos econômicos da produção de farinha de mandioca. As ferramentas utilizadas para a coleta de dados fora aplicação de formulários semiestruturados, entrevistas abertas e observações com registros audiovisuais. Através dos resultados obtidos, baseado na percepção dos comunitários foi analisada a importância da produção farinha como fator de reprodução social dos comunitários, bem como uma avaliação parcial dos aspectos ambientais referentes a atividade, pontuando possíveis impactos ambientais e ainda conhecer a forma de comercialização da farinha de mandioca pelos comunitários. A atividade de farinha historicamente acompanhou o processo de implantação e desenvolvimento da comunidade, garantindo a subsistência no campo e ressaltando a solidariedade e as relações de mutualidade entre o povo quilombola. Fatores como a disponibilidade de emprego no campo para os comunitários e o baixo nível de evasão, caracterizam a comunidade como socialmente sustentável. Enquanto isso, a simbiose entre a comunidade e os recursos naturais demonstra o interesse das famílias em manter o ecossistema local preservado e a necessidade de aprimorar as formas de produção na lavoura, sobretudo para melhorar o beneficiamento da farinha de mandioca. Portanto, a sustentabilidade econômica precisa ser aperfeiçoada através de novos nichos de mercado para escoar a produção da farinha de mandioca e melhorias na infraestrutura das casas de farinha para aumentar a obtenção de renda e a qualidade da farinha, produto tão importante para o desenvolvimento sustentável regional das comunidades tradicionais.

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Biografía del autor/a

Fernanda Gisele Santos de Quadros, Universidade Federal Rural da Amazônia

Possui Graduação em Engenharia Ambiental e Energias Renováveis pela Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA. Formação Técnica em Agronegócio no Eixo Tecnológico de Recursos Naturais pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR.

Igor de Souza Gomide, Universidade Federal Rural da Amazônia

Engenheiro Ambiental formado em 2009 pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Possui Mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Pará (UFPA), obtido em 2012, na linha de Pesquisa de Recursos Hídricos. Atualmente é Professor Efetivo da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA - Campus Capanema/PA), Subcoordenador do Curso de Graduação em Engenharia Ambiental e Energias Renováveis (nota 5 no MEC) e membro do Grupo de Pesquisa em Água, Energia e Sustentabilidade da Amazônia (GAES), sendo aluno de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Recursos Naturais da Amazônia (PRODERNA) pela UFPA, na linha de pesquisa Meio Ambiente e Energia. A tese é em Desenvolvimento de Metodologia para Implantação de Parques Hidrocinéticos.

Publicado

2020-10-25

Número

Sección

Uso Sustentável da Biodiversidade

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