Análise do potencial interpretativo da Trilha do Chapadão, Parque Nacional do Catimbau, Buíque, Pernambuco

Autores

  • Josângela da Silva Jesus Universidade Federal de Pernambuco
  • Elâine Maria dos Santos Ribeiro Universidade Federal de Pernambuco
  • Elba Maria Nogueira Ferraz Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.6008/ESS1983-8344.2009.001.0005

Palavras-chave:

Ecoturismo

Resumo

A interpretação ambiental tem sido um grande aliada do ecoturismo em Unidades de Conservação, traduzindo para a linguagem dos visitantes as informações a respeito dos recursos recreacionais. Para tal, ela necessita ser: temática, organizada, significativa, diferenciada e provocante. Nesse sentido, buscou-se valorizar os recursos ambientais da Trilha do Chapadão, Parque Nacional do Catimbau, Buíque, Estado de Pernambuco, de forma a levar os visitantes a interagirem mais intimamente com a natureza, dando-lhe importância em relação à sua conservação. Assim, o trabalho teve como objetivo analisar o potencial interpretativo da trilha, afim de enriquecer as atividades desenvolvidas pelos condutores de turismo local. Para alcançar o objetivo foi realizada revisão bibliográfica, buscando relações com estudos de casos. A partir disso, realizou-se visitas in loco, quando foram levantados os pontos de potencial interpretativo. O Parque Nacional do Catimbau fica localizado na zona de transição entre o agreste e sertão pernambucano, a 285 km do Recife, capital do Estado. O Parque possui 09 trilhas oficiais, sendo uma de longo percurso. Dentre estas trilhas, foi selecionada a do Chapadão, uma vez que possui uma diversidade de recursos que permitem oferecer riqueza de informações aos visitantes. A trilha possui extensão de 3.244 metros e não possui nenhum tipo de sinalização. Notou-se que, em relação à vegetação, existem diferentes composições, sendo que num primeiro trecho é possível encontrar muitas espécies da caatinga, como facheiro, caxacubri, coroa-de-frade, quipá etc. Num outro trecho, a vegetação é mais semelhante a um Cerradão, com vegetação um pouco mais densa, mas ainda bastante seca. Além da exuberância da vegetação, a trilha é marcada por formações areníticas de grande beleza e por um painel de pinturas rupestres de tradição nordeste, chamado de “Homens sem Cabeça”. Os vários mirantes da trilha permitem visão privilegiada do Chapadão que dá nome à trilha, sendo que de um deles avista-se um dos maiores atrativos da trilha, a Boca do Leão, formação que se assemelha ao animal de boca aberta. Esse mirante permite ainda a contemplação da paisagem composta por parte do cânion e abaixo o Brejo de São José. Considerando todos esses diferentes atrativos, é possível afirmar que a trilha possui grande potencial interpretativo, que pode ser desenvolvido tanto através dos condutores locais como através de recursos como painéis, placas e folheteria. Desta forma, a experiência do visitante poderá ser maximizada ao mesmo tempo em que se justifica a importância da conservação da área.

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Biografia do Autor

Josângela da Silva Jesus, Universidade Federal de Pernambuco

Bacharel em Turismo (UFPE) e Graduanda em Tecnologia de Gestão Ambiental (CEFET-PE).

Elâine Maria dos Santos Ribeiro, Universidade Federal de Pernambuco

Tecnóloga em Gestão Ambiental (CEFET-PE) e Graduanda em Bacharelado em Ciências Biológicas/Ambientais.

Elba Maria Nogueira Ferraz, Centro Federal de Educação Tecnológica de Pernambuco

Doutora em Botânica, Professora Adjunta do CEFET-PE.

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Publicado

2009-05-01