Fatores ambientais determinantes das comunidades arbóreas dos cerrados do Meio Norte, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2021.003.0001

Palavras-chave:

Savana Setentrional Brasileira, Gradiente Ecotonal, Biodiversidade do Cerrado

Resumo

O objetivo foi abordar um mosaico de vegetação de savana (áreas marginais-MS e disjuntas-DS) no Cerrado Setentrional Brasileiro para investigar o papel desempenhado por fatores ambientais como determinantes da organização comunitária em escala espacial, a fim de compreender os padrões divergentes ao longo de uma gradiente ambiental. Analisamos preditores espaciais, edáficos e climáticos em 21 comunidades arbóreas do Cerrado, compreendendo 235 espécies, 154 gêneros e 52 famílias. Os resultados sugerem uma dependência espacial significativa entre as assembleias, apesar de funcionarem como sistemas ecológicos independentes. Eles também confirmaram que embora os efeitos das concentrações dos atributos edáficos não fossem homogêneos, evidenciaram que fatores climáticos e espaciais foram os responsáveis ​​pela maior explicação dos dados. As análises de ordenação indicaram um gradiente ambiental com alta rotatividade de espécies e um mosaico de floras individuais ao longo do gradiente espacial. Oito espécies contribuíram com pelo menos 70% do faturamento entre os subgrupos. Os drivers mais influentes foram precipitação, amplitude térmica, elevação, espacialização latitudinal-longitudinal das áreas e teor de alumínio.

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Biografia do Autor

Joxleide Mendes da Costa Pires Coutinho, Universidade Federal do Piauí

Graduada em Ciências Biológicas (Licenciatura Plena) pela Universidade Federal do Piauí (UFPI/2001); Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Linha de Pesquisa Biodiversidade e Utilização dos Recursos Naturais) em 2005 nesta mesma IFES e Doutora em Biodiversidade e Evolução (Evolução e Dinâmica da Diversidade Biológica) pelo Instituto Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG-PA/2020), integrante do grupo de pesquisa em Ecologia, Manejo e Conservação Vegetal na Amazônia. É Professora Adjunta (Área: Botânica e Ecologia Vegetal) da Universidade Federal do Piauí no Campus Professora Cinobelina Elvas (CPCE) em Bom Jesus/PI, lotada no Departamento de Ciências Biológicas e atualmente pesquisa sobre a dinâmica das savanas da região Meio Norte (PI, MA, PA e AP). É pesquisadora associada ao Programa de Biodiversidade do Trópico Ecotonal do Nordeste (BIOTEN), bem como à Associação deste Programa (ABIOTEN). Perante o Campus CPCE, faz parte do Colegiado Docente e coordena o Grupo de Estudo da Flora do Alto Médio Gurguéia (GPFlora), no âmbito de levantamentos primários em florística, fitossociologia, fenologia e fitogeografia desde 2008. Foi bolsista e posteriormente participou como pesquisadora efetiva do Sítio 10 do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PIE/PELD-Sítio 10) do CNPQ entre 2001 e 2011. Coordenou o Laboratório de Botânica (LaBot-CPCE) e foi membro fundador da Coleção Vegetal (Herbário Setorial Vale do Gurgueia-HVG) entre 04/2012 e 02/2016. Tem experiência nas áreas de Botânica, Ecologia da Vegetação, Fitogeografia e Conservação da Natureza, com ênfase no estudo da estruturação, dinâmica e funcionamento da vegetação, conservação biológica do Cerrado, Caatinga e ecótonos, padrões de distribuição de espécies, heterogeneidade espacial e diversidade, principalmente nas seguintes frentes: biodiversidade, flora melitófila, extrativismo, sustentabilidade e educação ambiental. Mãe de dois filhos, um com 10, o outro com 6 anos.

Mário Augusto Gonçalves Jardim, Museu Paraense Emilio Goeldi

Possui Graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1985), Mestrado em Ciências Florestais pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo (1991) e Doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (2000). Pesquisador Titular III do Museu Paraense Emílio Goeldi/Coordenação de Botânica; Docente do curso de Mestrado e Doutorado em Ciências Ambientais da Universidade Federal do Pará/Museu Paraense Emilio Goeldi/Embrapa-Amazônia Oriental e Coordenador (2017-2019) e Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Evolução do Museu Paraense Emilio Goeldi. Atua como Ad hoc dos periódicos: Ambiente e água, Magistra, Revista Arvore, Revista Brasileira de Botânica, Revista de Ciências Agrárias, Acta Botanica Venezuelica, Revista Biotemas, Revista Catinga, Neotropical Biology and Conservation, Oecologia Australis, Rodriguésia, Acta Botanica Brasilica, Annales Botanici Fennici, Revista Brasileira de Arborização urbana e Pesquisa Florestal Brasileira. Membro do Conselho Editorial da Revista Liberato (Novo Hamburgo). Tem experiência na área de Botânica e Ecologia, com ênfase em Botânica Aplicada e Ecologia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: Manejo de Euterpe oleracea, Floresta de várzea, Fenologia e Biologia da Reprodução, Ecologia de ecossistemas amazônicos e Fitossociologia. Atua como membro do comitê da área de Ciências Ambientais da CAPES.

Antonio Alberto Jorge Farias Castro, Universidade Federal do Piauí

Antonio Alberto Jorge Farias CASTRO graduou-se em Ciências Biológicas pela UFC (1978). Concluiu o Mestrado (1987) e o Doutorado (1994), ambos em Biologia Vegetal pela UNICAMP. Atualmente é Professor TITULAR da UFPI. Ocupante da Cadeira Nº 47 da Academia de Ciências do Piauí (ACIPI). Ocupante da Cadeira Nº 65 da Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes (AILCA). Ministra as Disciplinas de Taxonomia das Fanerógamas (60 horas), Botânica do Cerrado (60 horas), Flora Regional (60 horas), Biologia da Fragmentação (60 horas), Biogeografia e Conservação de Ecossistemas (45 horas) e Morfologia e Sistemática Vegetal (Agronomia) (90 horas). Na pós-graduação, ministrou a Disciplina de Fitossociologia (45 horas). Possui uma produção bibliográfica de mais de 300 trabalhos, dos quais se destacam cerca de 60 artigos em periódicos especializados. Dentre os trabalhos em Anais de eventos, 14 são completos e 16 são resumos expandidos. Dos 37 capítulos de livros, 4 são internacionais. Proferiu cerca de 30 palestras. Cinco livros publicados. Organizou 3 livros. Atua como Editor do periódico "Publicações Avulsas em Conservação de Ecossistemas" com ISSN e DOI, com a produção de pareceres técnico-científicos, moções, consultoria, elaboração de projetos de pesquisa, de relatórios técnicos e produção de material didático-instrucional (cerca de 40). Participou de 4 eventos no exterior (visita técnica) [Lincoln (Nebraska), Caracas (Venezuela), Durhan (Carolina do Norte) e Coimbra (Portugal)] e vários no Brasil. Ministrou 3 palestras no exterior, uma em Lincoln (Partners of the Americas, Estados Unidos), uma em Caracas (CIET, Venezuela) e outra em Coimbra (UC, Portugal) e várias outras no Brasil, todas, focadas na Biodiversidade dos Cerrados do Nordeste e Ecótonos Associados. Orientou mais de 20 dissertações de mestrado e co-orientou 6. Orientou cerca de 8 trabalhos de iniciação científica e 4 trabalhos de conclusão de curso nas áreas de Botânica, Ecologia e Recursos Florestais (Conservação da Natureza). Co-orientou 3 teses de doutorado (2 na UNICAMP e 1 no RENORBIO_PI). Co-orienta um doutoramento no Museu Goeldi. Recebeu 2 homenagens. Entre 1998 e 2001 coordenou 2 projetos de pesquisa no âmbito do Programa WAVES/CNPq e do Programa PNEPG/CNPq. Foi bolsista de Produtividade em Pesquisa (2C) no período de 2000 a 2002. Coordenou o Sítio 10 do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD) do CNPq com vigência de 2001 a 2011-12. Coordena como Pesquisador Líder o Grupo de Pesquisa Biodiversidade do Trópico Ecotonal do Nordeste (BioTEN), registrado no Diretório dos Grupos de Pesquisa do Brasil e certificado pela UFPI desde 2005. Atua na área de Botânica (Ecologia Vegetal), com ênfase em Biodiversidade de Tipo e de Ecossistemas de Cerrados Marginais do Nordeste e Ecótonos Associados. Tem atuado atualmente em estudos de Biodiversidade de Tipo e de Ecossistemas de Florestas Estacionais Semideciduais do Estado do Piauí. Foi idealizador/gestor do Núcleo de Referência em Ciências Ambientais do Trópico Ecotonal do Nordeste (TROPEN) em 1996 e até 2004. Implantou o Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PGCA) (Curso de Especialização em Ciências Ambientais para Multiplicadores e Tomadores de Decisão em Meio Ambiente) (2000 a 2005) e o Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PPGDMA) (2002 até 2004), participando neste último como Professor Permanente na Linha de Pesquisa em Biodiversidade e Utilização Sustentável dos Recursos Naturais de 2002 a 2017. No Departamento de Biologia (DBIO/CCN/UFPI) coordena o Laboratório de Biodiversidade do Trópico Ecotonal do Nordeste (LabioTEN) desde 2005. No terceiro Setor atua junto à Associação Biodiversidade do Trópico Ecotonal do Nordeste (AbioTEN), no momento, com o cargo de Diretor Presidente.

Salustiano Vilar da Costa Neto, Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (1996), mestrado em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1999) e Doutor em Ciências Agrárias pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2014). Atualmente é Pesquisador II do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Taxonomia Vegetal e Ecologia de Comunidades, atuando principalmente nos seguintes temas: amazônia, savanas, restinga, manguezais, fitossociologia e floristica.

Arleu Barbosa Viana Junior, Museu Paraense Emilio Goeldi

Graduação em Ciências Biológicas Licenciatura Plena pela Universidade Tiradentes-Sergipe (2009). Mestre (Universidade Federal de Sergipe) e Doutor (Universidade Federal de Minas Gerais) em Ecologia e Conservação. Atualmente bolsista pós-doutor do Museu Paraense Emílio Goeldi associado ao projeto "Como as interações ecológicas são influenciadas pelas atividades mineradoras e seus esforços de restauração ambiental pós exploração no município de Paragominas, área degradada da floresta Amazônica brasileira". Desenvolvo pesquisa com processos e mecanismos ecológicos associados a gradientes ambientais. A linha de pesquisa tem área de atuação em ecologia de comunidades e síntese de evidências (Evidence Synthesis Methodology). As referidas áreas de atuação tem ênfase em entomologia com enfoque em distribuição espacial, bioindicação, hidrocarbonetos cuticulares, interações ecológicas, revisões sistemáticas, meta-análises e análise de dados ecológicos.

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Publicado

2021-08-26

Edição

Seção

Conservação da Biodiversidade