Fitossociologia do estrato arbóreo em floresta nativa e em áreas do programa de recuperação de áreas degradadas sob influência da mineração, Paragominas, Pará, Brasil

Autores

  • Roberta Macedo Cerqueira Universidade Federal do Pará
  • Mário Augusto Gonçalves Jardim Museu Paraense Emílio Goeldi https://orcid.org/0000-0003-1575-1248
  • Lélio Luís Mota Silva Júnior Museu Paraense Emílio Goeldi
  • Lia Pena Paixão Universidade Federal do Pará
  • Marlucia Bonifacio Martins Museu Paraense Emílio Goeldi

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2021.003.0002

Palavras-chave:

Lecythidaceae, Croton, Cecropia, Restauração

Resumo

O bioma amazônico sofre intensamente com o processo de desmatamento de suas áreas vegetais naturais desde o século XX, com incentivos do próprio governo para ocupação e utilização de suas terras. Programas de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), implantados por grandes empresas que alteram e degradam a paisagem para sua implantação e operação, têm favorecido a restauração da vegetação e seus processos e os serviços ecológicos. Esta pesquisa teve como objetivo analisar a composição florística e estrutural em áreas de Floresta Nativa (FN) e em áreas de PRAD na mineração HYDRO, município de Paragominas, Pará. Objetivou-se também identificar as espécies mais representativas nos dois ambientes e relacionar os parâmetros fitossociológicos com os atributos morfológicos e ecológicos. Foram utilizadas 18 parcelas de 40 x 250 m (9 no PRAD e 9 na FN) e todos os indivíduos com CAP≥30 cm foram amostrados. Para comparação entre a riqueza e abundância das duas áreas foi realizada a análise de Bray Curtis e a análise de classificação divisiva TWINSPAN. Foi amostrado um total de 60 famílias, 166 gêneros e 302 espécies. Os gêneros mais ricos foram Pouteria e Inga. No PRAD, Croton matourensis e Cecropia distachya obtiveram o maior IVI e na FN foram Lecythis idatimon, Eschweilera coriacea e Rinorea guianense. A análise de Bray-Curtis e o agrupamento por média de grupos evidenciou a separação florística (riqueza) e estrutural (abundância) dos dois ambientes analisados, com uma dissimilaridade em torno de 95%. Na primeira divisão de grupos da Twinspan ocorreu a separação de todas as parcelas amostradas na área de floresta nativa (FN) e as parcelas amostradas em áreas do PRAD (PR). Recomenda-se estudos para entender de que maneira as características de vida das espécies proporcionam melhor aptidão para ocuparem e se estabelecerem em determinadas áreas.

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Biografia do Autor

Roberta Macedo Cerqueira, Universidade Federal do Pará

Graduação (Bacharelado) em Ecologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP - Rio Claro), Mestrado e Doutorado em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP - Campinas) voltados à estudos ecológicos. Pós-doutorado (PNPD/Capes) pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Estadual do Pará (PPGCA/UEPA). Experiência na área de Ecologia Vegetal, com ênfase em Padrões de Diversidade Biológica. Experiência profissional na área Florística, Fitossociologia e Dinâmica Florestal. Professora Adjunta I e Curadora do Herbário HF Profa. Normélia Vasconcelos do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará.

Mário Augusto Gonçalves Jardim, Museu Paraense Emílio Goeldi

Possui Graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1985), Mestrado em Ciências Florestais pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo (1991) e Doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (2000). Pesquisador Titular III do Museu Paraense Emílio Goeldi/Coordenação de Botânica; Docente do curso de Mestrado e Doutorado em Ciências Ambientais da Universidade Federal do Pará/Museu Paraense Emilio Goeldi/Embrapa-Amazônia Oriental e Coordenador (2017-2019) e Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Evolução do Museu Paraense Emilio Goeldi. Atua como Ad hoc dos periódicos: Ambiente e água, Magistra, Revista Arvore, Revista Brasileira de Botânica, Revista de Ciências Agrárias, Acta Botanica Venezuelica, Revista Biotemas, Revista Catinga, Neotropical Biology and Conservation, Oecologia Australis, Rodriguésia, Acta Botanica Brasilica, Annales Botanici Fennici, Revista Brasileira de Arborização urbana e Pesquisa Florestal Brasileira. Membro do Conselho Editorial da Revista Liberato (Novo Hamburgo). Tem experiência na área de Botânica e Ecologia, com ênfase em Botânica Aplicada e Ecologia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: Manejo de Euterpe oleracea, Floresta de várzea, Fenologia e Biologia da Reprodução, Ecologia de ecossistemas amazônicos e Fitossociologia. Atua como membro do comitê da área de Ciências Ambientais da CAPES.

Lélio Luís Mota Silva Júnior, Museu Paraense Emílio Goeldi

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade da Amazônia(2019). Atualmente é Biólogo do Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa do Pará. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Botânica Aplicada.

Lia Pena Paixão, Universidade Federal do Pará

Aluna de graduação em licenciatura do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará (UFPA). Atualmente atuando na área de pesquisa de Fenologia Vegetal, florística e fitossociologia de áreas degradadas e florestas nativas. 

Marlucia Bonifacio Martins, Museu Paraense Emílio Goeldi

Possui graduação em Ciências Biológicas Bacharelado Em Ecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979), Mestrado em Biologia (Ecologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1985) e doutorado em Ecologia pela Universidade Estadual de Campinas (1996).Pós doutorado em Ecologia e Evolução Leeds Univerty -UK(1999).professor convidado da Universidade Federal do Maranhão, programa de pós graduação em Biodiversidade (2009-2013). Professor visitante na Université Marie Curie-Paris VI (2008).Coordenadora do PPBio Amazonia orienta/MCTI (2005-2014) Palestrante TED-X ver-o peso 2013.Coordenadora de Pesquisa e pós graduação do Museu Paraense Emílio Goeldi (2014-2015) Diretor substituto do Museu Paraense Emílio Goeldi (2014). membro do conselho da REBIO GURUPI (2014-2017).representante do MPEG no conselho do mosaico do Gurupi desde 2017) Representante do Museu Emilio Goeldi na aliança para restauração da amazonia (2017-2021) Stalkholder IPBES desde 2018 .Pesquisador titular - Museu Paraense Emílio Goeldi. Professor orientador do programa de Zoologia MPEG/ UFPA de 2000 a 2016 .Professor orientador do Programa de Biodiversidade e Evolução-PPGBE desde 2017. Professor orientador do programa de Ciência Ambientais (UFPA/MPEG/EMBRAPA desde 2010l). Coodenador do PPBGE de 2020-22. Coordenadora do capítulo 2 ?Situación, tendencias y dinámica de la Diversidad Biológica y de las funciones ambientales y servicios ecosistémicos/ambientalesna avaliação da Biodiversidade panamazonica-OTCA (2021-2022),Experiência na área de Ecologia, Biodiversidade e Biologia da Conservação.

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Publicado

2021-08-26

Edição

Seção

Conservação da Biodiversidade