Triagem e identificação de proteínas usando uma ferramenta de bioinformática: UniProt

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2236-9600.2023.002.0001

Palavras-chave:

Câncer oral, UniProt, Bancos de dados, Proteínas, Amostras biológicas

Resumo

O Câncer Oral (CO), prevalente em nações de IDH médio ou baixo, é diagnosticado por exame histopatológico após biópsia. Plasma e saliva surgem como amostras promissoras para candidatos a biomarcadores, e, nesse contexto, repositórios biológicos digitais, como o Universal Protein Resource (UniProt), com vasto acervo de proteínas, assumem importância ao auxiliar na identificação proteínas tornando-se uma ferramenta digital importante no rastreamento de proteínas. Avaliar a viabilidade e utilidade do UniProt e de bancos de dados relacionados na identificação de proteínas e genes associados ao CO em amostras de plasma, saliva e mucosa oral. Inicialmente, foram empregados, no UniProt, palavras-chave para identificar proteínas no plasma (“plasma”), saliva (“saliva” e “salivary”) e mucosa oral (“oral cavity”, “oral mucosa”, “mouth mucosa” e “buccal mucosa”) e proteínas do CO (“oral câncer”, “mouth câncer”, “oral tumor” e “buccal câncer”). Na sequência, foi realizado o pareamento das palavras-chave de cada amostra com as de CO no Excel para identificar as melhores combinações de termos e para identificar proteínas específicos do CO em cada tipo de amostra. As proteínas identificadas foram validadas usando Open Targets e The Human Protein Atlas. Bases como PUBMED e Scopus foram consultados conforme necessário. Em seguida, pareamos proteínas de cada amostra para detectar expressão específica em cada tecido. Utilizou-se o teste de Shapiro-Wilk (W < 0,767, p < 0,05) para análise estatística. 6.226 proteínas foram identificadas no plasma, 653 na saliva e 561 na mucosa oral. Os cruzamentos resultaram em 55 proteínas no plasma (“plasma” AND “buccal câncer”), 14 na saliva (“salivary” AND “oral cancer”) e 190 na mucosa (“buccal mucosa” AND “buccal câncer”). Resultados semelhantes foram obtidos com os mesmos termos aplicados no UniProt. Algumas proteínas foram confirmadas na literatura em amostras de pacientes com CO: 04 no plasma, 04 na saliva e 32 na mucosa oral. Os achados não demonstraram diferenças significativas na distribuição da expressão das proteínas entre as amostras. A mucosa oral apresentou a maior quantidade de proteínas diferencialmente expressas, e não foram identificadas proteínas comuns às três amostras. Pela metodologia utilizada, o UniProt mostrou-se uma ferramenta útil para a identificação e triagem de proteínas de CO, onde identificou-se na mucosa oral maligna uma maior expressão diferencial de proteínas e com maior número de referências na literatura, indicando um campo promissor para futuras pesquisas. As proteínas identificadas têm potencial como biomarcadores do CO, sendo necessários estudos de validação in vitro e in vivo.

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Biografia do Autor

Álvaro Arthur do Nascimento Soares, Universidade Federal de Alagoas

Graduando do curso de farmácia na Universidade Federal de Alagoas. Ensino médio realizado na Escola Estadual Moreira e Silva (2016-2018). Aluno de Iniciação Científica e bolsista peça UFAL no Laboratório de Diagnósticos de Doenças Complexas e Terapia Celular (LADITEC) sob orientação do professor Carlos Arthur Cardoso Almeida, e participante da Liga Acadêmica Interdisciplinar em Saúde do Homem no CESMAC. Atuei como monitor de genético molecular e bioquímica clínica. Possuo interesse na área da proteômica e genômica. 

Franklyn Emanuell Gomes dos Santos, Universidade Federal de Alagoas

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Alagoas (2008)., Especialização em Vigilância á Saúde e atualmente é Pós-Graduando em Ciências Farmacêuticas pelo Instituto de Ciências Farmacêuticas - ICF/UFAL. Atuou como professor monitor de Ciências e Biologia na rede pública de ensino e é professor de Ciências e Biologia para alunos da educação básica. É membro do Grupo de Pesquisa em Hematologia, Genética e Patologia Molecular do Laboratório de Doenças Complexas e Terapia Celular - LADITEC/ICF e atua em projetos de biologia molecular e genética do mesmo laboratório. É esposo de Ianna e pai de Artur e Iuri em tempo integral.

Amandio Aristides Rihan Geraldes, Universidade Federal de Alagoas

Graduado em Educação Física pela Universidade Castelo Branco-RJ (UCB-RJ), Mestre em Ciência da Motricidade Humana pela UCB-RJ e doutor em Ciência do Desporto pela Faculdade de Desportos da Universidade do Porto (FADE-UPT) - considerado reconhecido pela Universidade de São Paulo (USP) como Doutor em Educação Física - Área: Biodinâmica do Movimento Humano - . Professor do Curso de Educação Física do Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas (CEDU/UFAL), responsável pelas disciplinas: Testes, Medidas e Avaliação em Educação Física e Desporto e Metodologia da Pesquisa em Educação Física. É coordenador do Laboratório de Aptidão Física, Desempenho e Saúde (LAFIDES/CEFB/CEDU), líder e pesquisador do Núcleo de Extensão e Pesquisa em Atividades Físicas, Desempenho e Saúde (NEPAFIDES/CEFB/CEDU/UFAL), participando de estudos e orientação de trabalhos de pesquisa relacionados à medidas e avaliação em educação física e desporto, fisiologia do exercício, treinamento neuromuscular e alterações morfológicas decorrentes de dietas e treinamento físico, especialmente, no que diz respeito às relações entre as variáveis da aptidão física e funcional, saúde e qualidade de vida da população idosa. Professor e colaborador do Programa de Mestrado em Nutrição da Faculdade de Nutrição da UFAL no período compreendido entre 2009 a 2012. 

Josiel Santos do Nascimento, Universidade Federal de Alagoas

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal de Alagoas (2017), e Mestrado pela Universidade Federal de Alagoas (2019). Atualmente faz doutorado pelo programa Multicêntrico em Bioquímica e Biologia Molecular, pela Universalidade Federal de Alagoas. Atuando principalmente nos seguintes temas: lipase, Rhynchophorum palmarum, Tribolium castaneum e Leucaena leuchocephila. 

Pollyanna Almeida dos Santos Abu Hana, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas

Possui graduação em Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006), graduação em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas - Anhanguera Educacional - Valinhos (2011), mestrado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2010) e doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (2014). Atualmente é técnico de laboratório da Universidade de Brasília. Tem experiência na área de genética humana, malformações congênitas e doenças raras.

Carlos Arthur Cardoso Almeida, Universidade Federal de Alagoas

Professor Associado do Instituto de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Alagoas - UFAL. Graduado em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal do Maranhão, Mestrado em Genética Humana e Médica pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho. Treinamento em Biologia Molecular na Universidade da Columbia Britânica - UBC, Canadá. Doutorado em Hematologia e Hemoterapia pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP. Pós-doutorado no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center ? MSKCC, New York/USA. Particular interesse nos seguintes temas: marcadores moleculares no diagnóstico de doenças complexas e terapia celular. Genômica, transcriptoma e proteômica de doenças complexas. 

Publicado

2023-08-09