Efeito de 5 semanas da suplementação de beta-alanina em nadadores

Resumo

A literatura científica evidencia que o dipeptídeo carnosina parece agir neutralizando íons hidrogênio resultantes da dissociação do ácido lático, o que pode postergar o aparecimento de fadiga após intervenção com β–alanina (βA). Para isso, foi traçado um estudo onde os participantes do estudo foram divididos após randomização em dois grupos: grupo placebo (GPLA, n = 4) e grupo β–alanina (GBA, n = 5) onde receberam de forma duplo-cega cápsulas com βA ou placebo (1, 6 g/dia na primeira semana e 3,2 g/dia nas quatro semanas seguintes) associadas a testes de natação (3 tiros em 100 metros livres a 95 % da FC_MÁX). Os resultados encontrados mostraram uma redução da média do tempo final de prova do GBA (69,62 s vs. 69,51 s) quando comparada ao GPLA (77,56 s vs. 77,89 s), entretanto sem diferenças significativas (p > 0,05). Houve apenas uma alteração no pico de lactato do GPLA comparado ao GBA nos testes 2 e 3 (p < 0,05). Não encontramos diferenças significativas após intervenção de 5 semanas sobre a composição corporal e marcadores de função hepática e renal em ambos os grupos. Houve apenas uma alteração no pico de lactato do GPLA comparado ao GBA nos testes 2 e 3 (p < 0,05). Conclui-se que a dosagem de βA utilizada nesse estudo não alterou o rendimento atlético (tempo final de prova) e composição corporal dos nadadores, entretanto, reforçou que a dosagem utilizada não promoveu alterações significativas nas funções hepáticas e renais por um tempo curto de intervenção.