Percepções e crenças sobre fauna cinegética em uma região semiárida do Brasil

Autores

  • Jaciara Raquel Barbosa de Lima Universidade do Estado da Bahia
  • Carlos Alberto Batista dos Santos Universidade do Estado da Bahia
  • Emmanuel Duarte Almada Universidade do Estado de Minas Gerais
  • Eraldo Medeiros Costa Neto Universidade Estadual de Feira de Santana

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2017.003.0003

Palavras-chave:

Fauna cinegética, Conservação, Representação social.

Resumo

Este estudo investiga percepções e crenças relacionadas à fauna cinegética na comunidade Cruz, no município de Delmiro Gouveia, Estado de Alagoas. As informações foram obtidas por meio de entrevistas semiestruturadas e conversas informais realizadas com 17 moradores no período de maio a dezembro de 2016. Segundo a percepção dos entrevistados, as espécies cinegéticas mais abundantes são gambá (n=12), rolinha (n=10) e mocó (n=6). A respeito da fauna silvestre que se tem tornado rara na região, os entrevistados citaram tatu (n=10), tamanduá (n=4), seriema (n=4) e porco-do-mato (n=4). As representações da fauna cinegética na comunidade Cruz se caracterizam por mitos, crenças, saberes e tabus alimentares, que constituem práticas culturais e ecológicas relevantes, uma vez que as crenças associadas aos animais disciplinam a prática de caça e são importantes estratégias para uso sustentável dos recursos faunísticos.

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Biografia do Autor

Jaciara Raquel Barbosa de Lima, Universidade do Estado da Bahia

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado da Bahia- UNEB. Mestre em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental pela Universidade do estado da Bahia- UNEB. Especialização em Ensino de Química e Biologia pela Universidade Federal do Vale do São Francisco- UNIVASF. Especialização em Gestão Ambiental e Recursos Hídricos pela Faculdade São Luis de França. Atua no ensino de Biologia Celular, Anatomia Humana, Fisiologia, Histologia e disciplinas relacionada ao Meio Ambiente. Desenvolve trabalhos nas seguintes áreas: Conservação e Biodiversidade, Etnozoologia e Etnoecologia.

Carlos Alberto Batista dos Santos, Universidade do Estado da Bahia

Biólogo/Etnobiólogo, Doutor em Etnobiologia e Conservação da Natureza (UFRPE), Atua na área de Zoologia, Conservação da Biodiversidade, Etnozoologia e Etnoecologia. Professor Assistente da Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais. Coordenador do Mestrado em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental DTCS/UNEB. Lider do Grupo de Pesquisa em Etnobiologia e Conservação dos Recursos Naturais (UNEB), Membro do Núcleo de Estudos em Comunidades Tradicionais e Ações Sócio-Ambientais (NECTAS-UNEB), e do Grupo de Pesquisa em Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação (GPEME-UNEB). Coordenador do Centro de Formação e Pesquisa Indígena do Semiárido da Bahia. Editor da Revista Opará Etinicidades, Movimentos Sociais e Educação. Reside em Petrolina, Pernambuco. emails: cabsantos@uneb.br e cacobatista@yahoo.com.br. 

Emmanuel Duarte Almada, Universidade do Estado de Minas Gerais

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (2005), Mestrado em em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre, também pela UFMG (2008) e Doutorado em Ambiente e Sociedade pela Universidade Estadual de Campinas (2012). Tem experiência em várias no campo dos estudos socioambientais, atuando e pesquisando principalmente nos seguintes temas: Planejamento Socioambiental, Ecologia Humana, Ecologia Urbana, Etnoecologia, Ecologia Política, Saberes Ecológicos e Comunidades Tradicionais, Teoria Antropológica, Ecologia de Saberes. Desenvolve projetos de ensino, pesquisa e extensão em Agricultura Urbana e conflitos ambientais na periferia de Belo Horizonte. Professor e coordenador do Laboratório de Estudos Bioculturais, Universidade do Estado de Minas Gerais.

Eraldo Medeiros Costa Neto, Universidade Estadual de Feira de Santana

Licenciado em Biologia pela Universidade Federal de Alagoas (1994), mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal de Alagoas (1998) e doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (2003). Pós-doutorado na Universidade Nacional Autônoma do México, Instituto de Biologia (2005). Professor Pleno lotado no Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Feira de Santana, onde desde 1995 atua na disciplina Etnobiologia. Atualmente é Professor orientador no seguintes programas de pós-graduação Ecologia e Evolução da UEFS. Diretor da UEFS Editora desde 2010. Diretor da Editora da SBEE desde 2017. Tem experiência na área de Ecologia e Recursos Naturais, com ênfase em Ecologia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: etnoentomologia, etnozoologia, conhecimentos prévios, insetos comestíveis, uso e conservação de animais, educação ambiental, sistemas bioculturais, zooterapia e medicina tradicional. 

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Publicado

2017-05-17

Edição

v. 8 n. 3 (2017): Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais - Fev, Mar, Abr, Mai 2017

Seção

Fundamentos de Biodiversidade

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