Ambientalismo Complexo-Multissetorial no Brasil: emergência e declínio na década de 1990?
DOI:
https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2016.003.0014Palavras-chave:
Ambientalismo Multissetorial, ambientalismo multissetorial, Complexidade, complexidade, Meio Ambiente, ecologia política, Ecologia PolíticaResumo
Busca-se nesse ensaio teórico resgatar interpretações do conceito de ambientalismo complexo-multissetorial especialmente ao longo da década de 1990, por diversos autores, que utilizaram várias disciplinas, com diversos recursos de pesquisa, a fim de reconhecer a complexidade inerente ao fenômeno ao qual o conceito se refere. Ressalta-se como referência teórica a abordagem de complexidade de Edgar Morin, especialmente sua maior obra, em seis volumes (La Méthode). Trata-se de uma das mais ousadas abordagens epistemológicas elaboradas durante três décadas, entre o final do século XX e o início do século atual. Sustenta-se que a epistemologia da complexidade esteve desde o início na base do conceito de ambientalismo complexo-multissetorial. Este conceito surgiu como proposta original no Brasil no início da década de 1990 e permitiu a compreensão da complexidade do fenômeno ambientalista, que envolve muitos setores e classes sociais. O fenômeno ambientalista implica no surgimento de uma nova cultura, uma nova visão de mundo, uma nova forma de pensar a ciência. Conclui-se que, a partir de um enfoque predominantemente disciplinar, disjuntor-redutor, o fenômeno e o conceito emergiram e declinaram na década de 1990. Mas, sob o ponto de vista do pensamento complexo, tanto o fenômeno quanto o conceito são relevantes e continuam expandindo-se, lentamente, conforme avançam as pesquisas inter e transdisciplinares.
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