Distribuição e abundância da meiofauna da Reserva Biológica do Atol das Rocas, Atlântico sul, no nordeste brasileiro

Autores

  • Adriana Maria Cunha Silva Universidade do Estado da Bahia
  • Natan Silva Pereira Universidade do Estado da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2016.003.0003

Palavras-chave:

Meiobentônicos, ecologia de comunidades, Ecologia de Comunidades, sedimentologia, Sedimentologia

Resumo

A meiofuna caracteriza-se por um grupo de organismos de organizações corporais e complexidades estruturais que permitiram sua integração ao ambiente intersticial. A variabilidade temporal da meiofauna ocorre em pequenas, médias e longas escalas e esse estudo objetivou a descrição da meiofauna do Atol das Rocas, ao longo de um ano de amostragens, correspondendo ao período seco e chuvoso, em quatro piscinas internas do Atol, localizadas a sotavento e a barlavento. Foram realizadas duas expedições ao atol, em dezembro de 2011 (período de estiagem) e em maio de 2012 (período chuvoso), ambas com duração de 30 dias. Em cada piscina foram coletadas, através de mergulho livre, quatro amostras de meiofauna, formando um quadrado imaginário de aproximadamente 1m², e uma amostra de sedimento. As amostras de meiofauna foram coletadas utilizando um testemunho de PVC de 10 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro e formol salino a 4% como fixador. A meiofauna do Atol das Rocas esteve presente com 13 táxons, que seguindo a ordem evolutiva dos grupos, são eles: Cnidária, Nematoda, Polychaeta, Oligochaeta, Tardigrada, Ostracoda, Náuplios, Copepoda, Tanaidacea, Acari, Aplacophora, Bivalve e Larvas de várias espécies. Os grupos Copepoda e Nematoda, representaram 41,72% e 30,67%, respectivamente, do total de organismos encontrados. No que se refere à frequência de ocorrência, os organismos foram classificados em grupos, com distribuição constante dominante: Copepoda, Nematoda, Oligochaeta, Ostracoda e Polychatea; com distribuição constante abundante: Larvas; com distribuição ocasional comum: Bivalve, Tanaidacea, e Tardigrada; e com distribuição ocasional raro: Aplacophora, Cnidaria e Náuplios. Ao analisar os dados utilizando o teste de média Tukey ao nível de 5% de probabilidade, observou-se que a interação dos fatores época e local de coleta, não foram significativos estatisticamente para a variável analisada densidade de meiofauna coletada. Porém, quando foram analisados os fatores separadamente, observou-se que para o fator local de coleta os dados foram estatisticamente significativos, onde o local Piscina Tartaruga, apresentou a maior densidade.

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Biografia do Autor

Adriana Maria Cunha Silva, Universidade do Estado da Bahia

Professora Titular da Universidade do Estado Bahia. Possui graduação em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1994), mestrado em Biologia Animal pela Universidade Federal de Pernambuco (1997) e doutorado em Geociências pela Universidade Federal de Pernambuco (2005). Pós-Doutorado Sênior na Universidade Federal de Pernambuco (2015). Entre 2006 e 2010 foi Diretora do Museu de Ciência e Tecnologia da UNEB atuando na área de popularização do ensino de ciências. É professora fundadora do curso de Engenharia de Pesca da UNEB e desde 1999 atua na área de Geociências, com ênfase em Geologia Sedimentar e Ambiental, Meiofauna e Bioclastos. Professora do Programa de Mestrado em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental da UNEB. Atualmente é Presidente da Associação dos Engenheiros de Pesca do Estado da Bahia. Conselheira Comitê Permanente de Gestão e do Uso Sustentável dos Recursos Pesqueiros das Bacias Hidrográficas do Nordeste - CPG do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Natan Silva Pereira, Universidade do Estado da Bahia

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Mestrado e doutorado em Geociências pela UFPE com estágio de doutorado Sanduíche na University of Copenhagen. Atua principalmente na área de aplicação de isótopos estáveis em estudos de paleoecologia e paleoclimatologia utilizando corais do grupo Escleractínio como arquivo paleoclimático. Atuando em pesquisas de Quimioestratigrafia como ferramenta na resolução de problemas estratigráficos e compreensão de grandes eventos da história da evolução da Terra. Tem experiência em análises de isótopos estáveis tradicionais (C e O) e não tradicionais (Cr). Recentemente realizou treinamento pela Michigan State University com enfoque na utilização de isótopos estáveis em estudos ecológicos e biogeoquímicos.

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Publicado

2016-11-30