Os cientistas ambientais brasileiros cumprem o contrato social metafórico da ciência?

Autores

  • Alexandre de Gusmao Pedrini Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2016.002.0013

Palavras-chave:

Divulgação-Científica, Popularização da Ciência, Contrato Social, Ficologia, Ambiente

Resumo

A missão dos cientistas pelo Contrato Social Metafórico da Ciência (CSMC) firmado com o governo federal é produzir e difundir informações de modo que a sociedade que os sustenta viva adequadamente. Essa difusão é feita aos seus pares pela disseminação científica e a sociedade leiga pela divulgação científica. O que é disseminado precisa ser traduzido para a sociedade leiga. Foi selecionada a especialidade científica ambiental da ficologia para estudo de caso. Hipotetizou-se que os cientistas-ficólogos brasileiros não vêm realizando a divulgação científica adequadamente para a sociedade leiga. A amostragem objetivou identificar a produtos de divulgação científica (DC) pelos ficólogos no país de janeiro/1999 a outubro/2015. Como os produtos de DC mais conhecidos são artigos de DC foram buscados os que fossem sobre ficologia nas revistas Ciencia Hoje (CH) e Ciencia Hoje das Crianças (CHC) no mesmo período. Foram identificados dezesseis produtos, sendo dez relatados por ficólogos (30% de artigos escritos; 20% de Ciclo de Debates; 20% de Oficinas de Simulação da vida laboratorial; 10% de vídeos científicos; 10% de livros; 10% de comentários em blog internacional) e seis artigos escritos na CH/CHC. A produção de DC por produtos escritos de artigos de ficólogos representaram 0,004% na revista CH e 0,0056% na CHC. Então, 1,6% foram os produtos que cientistas-ficólogos contribuíram em quinze anos sobre DC relativo a algas em um universo de 1.000 ficólogos, sugerindo uma contribuição incipiente. A hipótese pode ser comprovada. Os cientistas ambientais (representados pelos ficólogos) só cumprem parcialmente o CSMC, não comunicando-se com a sociedade pela divulgação científica.

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Biografia do Autor

Alexandre de Gusmao Pedrini, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Possui graduação em Ciencias Biologicas (1974) pela Universidade Santa Ursula, mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1980/1999). Atualmente é professor associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Credenciado no Mestrado em Formação Científica para Professores de Biologia do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ e professor do Mestrado ProfBio em Rede Nacional pela UERJ.Tem experiência na área de Botânica (com ênfase em Taxonomia da Flora Bentônica Marinha e Estuarina) e Educação Ambiental (Mudanças Climáticas, Políticas Públicas,Redes, Metodologia e Ecoturismo). Pertence a vários coletivos, dentre os quais: Sociedade Brasileira de Ficologia (SBFic), Rede Brasileira de Educação Ambiental, Rede de Educação Ambiental Costeira e Marinha. Pertence a ReBentos e ao grupo de pesquisa (CNPq) de Alfabetismo Científico da Fiocruz. Possui 10 livros, sendo 9 deles coletâneas (editoras EDUERJ,Vozes, Technical Books, RiMa). Participa do corpo de pareceristas e/ou editores de revistas científicas como: International Journal of Innovation and Sustainable Development, Botanica Marina (Alemanha), Revista de Estudios y Experiencias en Educación (REXE), Territorium (Portugal), Educação e Pesquisa (USP), Pan-American Journal of Aquatic Sciences, Natural Resources, Acta Botanica Brasilica,Revista Direito da Cidade, Educação Temática Digital; Revista de Biologia Neotropical, Revista de Educação Pública, Pesquisa em Educação Ambiental, Revista Brasileira de Ecoturismo, Revista de Gestão Costeira Integrada, Revista Brasileira de Educação Ambiental, Ambiente e Educação, Ciência e Educação, Revista Brasileira de Biociências, OLAM-Ciência e Tecnologia, Revista Ensino, Saúde e Ambiente, Caderno Virtual de Turismo, Educação em Revista e Interagir (UERJ) . Foi membro do júri dos Prêmios das Olimpíadas de Meio Ambiente e Saúde da Fiocruz/RJ, Fecomércio/SP, de Sustentabilidade,do Instituto Mais Projetos (SP) e Ahylton B.Joly da SBFic. Pesquisador de Produtividade B do CNPq de 1979-1981. Avaliador ad hoc de programas de Iniciação Científica, projetos de pesquisa e eventos científicos.Prêmios:a) Um dos 20 biólogos de destaque pelo Conselho Regional de Biologia-02; b) Prêmio Fernando Sgarbi da UERJ. Coordenador do GT (Sociedade, Meio Ambiente e Educação) da ANPPAS, 2014/2015. Facilitador da REARJ e REBEA. Avaliador de Programas de Extensão da UNIRIO e IFRJ. Membro de conselhos de sociedades científicas.Chefe do Departamento de Biologia Vegetal do IBRAG/UERJ de 2014/2017.

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Publicado

2016-06-25