O uso de indicadores na identificação e gestão dos impactos culturais do turismo

Autores

  • Cristina de Marco Santiago Instituto Florestal do Estado de São Paulo
  • Douglas de Souza Pimentel Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Giselle Cruzado Melendez Asociacion Para La Conservación Del Patrimonio de Cutivireni

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2015.001.0004

Palavras-chave:

Indicadores Socioespaciais, Comunidade Tradicional, Unidade de Conservação

Resumo

As pesquisas sobre os impactos do turismo nas unidades de conservação focam frequentemente nos impactos ao meio biofísico e a satisfação dos visitantes. Raramente são analisadas as implicações sobre as comunidades locais. Este trabalho realizou o estudo comparativo entre duas comunidades tradicionais litorâneas: o bairro Sertão da Fazenda e a vila de Picinguaba, ambas situadas no Parque Estadual Serra do Mar, São Paulo – Brasil, com o intuito de analisar as peculiaridades dos impactos culturais da atividade turística. A metodologia proposta foi baseada no desenvolvimento de indicadores, definidos e avaliados tendo-se como parâmetro as características socioespaciais das comunidades estudadas. Adotou-se como referencial teórico-metodológico, o espaço geográfico, considerando que esse exprime a relação sociedade-natureza inerente a cada cultura. Na primeira comunidade identificou-se que as práticas tradicionais se mantêm mais conservadas. Na segunda, o turismo, a consequente urbanização e fixação de segunda residência trouxeram alterações sócio-espaciais significativas. O trabalho teve ainda por objetivo avaliar a política interna do referido Parque em relação à inserção dos aspectos culturais no “Subprograma Visitação e Turismo Sustentável”, buscando identificar a compatibilidade e perspectiva de aplicabilidade da presente metodologia. A pesquisa demonstrou que o uso de indicadores para a identificação dos impactos culturais do turismo é viável e sua aplicação, enquanto um instrumento de gestão, está relacionada a um processo participativo e de responsabilidade compartilhada, entre o Estado e população local, para implantação e monitoramento da atividade turística.

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Biografia do Autor

Cristina de Marco Santiago, Instituto Florestal do Estado de São Paulo

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Mato Grosso (1986) e doutorado em Geografia pela Universidade de São Paulo (2010). Sua experiência profissional está relacionada ao planejamento e gestão de áreas naturais legalmente protegidas e de importância histórico-cultural. Atualmente é pesquisadora científica do Instituto Florestal de São Paulo e se dedica ao estudo do manejo de áreas silvestres, com ênfase para as temáticas: planejamento territorial, comunidades tradicionais e políticas públicas de conservação da natureza.

Douglas de Souza Pimentel, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Possui Graduação em Licenciatura (1992) e Biologia Marinha (1994) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Mestrado em Ecologia pelo PPGE da mesma Universidade (1996), quando trabalhou com Ecologia Microbiana. Obteve o título de Doutor no Departamento de Ciências Florestais da ESALQ - Universidade de São Paulo, na área de Conservação de Ecossistemas (2008). Atuou como professor concursado na Escola Estadual de Ensino Supletivo Cuba e posteriormente em duas matriculas no Colégio Pedro II. Em 1997 ingressou na Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde leciona disciplinas na área de Ecologia e Conservação para o curso de Graduação em Ciências Biológicas, para o curso de Especialização em Educação Básica, bem como para o Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências, Ambiente e Sociedade. Atualmente também é Professor Adjunto do Instituto de Geociências da Universidade Federal Fluminense, ministrando Ecologia para turmas dos cursos de Geografia e de Engenharia, além de compor a equipe do Programa de Pós Graduação em Biologia Marinha, do Instituto de Biologia. Tem experiência em Gestão, Manejo e Uso Público em Unidades de Conservação.

Giselle Cruzado Melendez, Asociacion Para La Conservación Del Patrimonio de Cutivireni

Possui graduação em CIENCIAS FORESTALES pela Univesidad Nacional Agraria La Molina(2000). Atualmente é servicios profesionais da Asociacion Para La Conservación Del Patrimonio de Cutivireni. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Conservação da Natureza.

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Publicado

2015-04-09