Apitoxina: coleta, composição química, propriedades biológicas e atividades terapêuticas

Autores

  • Camila Gomes Dantas Universidade Tiradentes
  • Tássia Luiza Gonçalves Magalhães Nunes Universidade Tiradentes
  • Tâmara Luiza Gonçalves Magalhães Nunes Universidade Tiradentes
  • Margarete Zanardo Gomes Universidade Tiradentes
  • Kátia Peres Gramacho Universidade Tiradentes

DOI:

https://doi.org/10.6008/ESS2179-6858.2013.002.0009

Palavras-chave:

Apis mellifera, Veneno de Abelha, Compostos Bioativos, Farmacologia, Saúde

Resumo

A apitoxina é o veneno produzido pelas abelhas do gênero Apis, com objetivo de proteger a colônia contra a extensa variedade de predadores, que vão desde outros artrópodes a vertebrados, e consiste numa mistura complexa de enzimas, peptídeos e aminoácidos, além de pequenas quantidades de carboidratos e lipídios. Tanto a apitoxina, quanto seus compostos bioativos, apresentam diversificada eficácia biológica in vitro e in vivo contra uma variedade de doenças. A terapia com apitoxina tem sido utilizada na Medicina tradicional chinesa, bem como na antiga Grécia e Egito, há milhares de anos, para o tratamento da artrite, reumatismo e outras doenças autoimunes, bem como contra neoplasias, doenças de pele, dor e infecções e mais recentemente contra alguns tipos de câncer. Sua composição desperta o interesse da comunidade científica desde o século XIX, e na década de 80 já estimava-se a importância deste possível agente terapêutico na medicina ocidental. Hoje, vem sendo utilizado em uma ampla gama de fármacos, e a sua utilização do veneno de abelha no cenário atual, tem se configurado como uma proposta diferenciada de produto a ser extraído da apicultura e com grande visibilidade no mercado. Na Europa e em alguns mercados globais já existem fórmulas farmacêuticas registradas com o veneno da abelha bruto. A composição química da apitoxina, os métodos de coleta, as propriedades biológicas e suas possíveis aplicações terapêuticas estão bem documentadas nesta revisão.

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Biografia do Autor

Camila Gomes Dantas, Universidade Tiradentes

Doutoranda em Biotecnologia Industrial pela Universidade Tiradentes (Unit), Mestre em Saúde e Ambiente (Unit - 2013) e graduada em Fisioterapia pela Universidade Católica do Salvador (2010). Tem interesse na área de fisiologia, com destaque para neurofisiologia e neuropsicofarmacologia, e na área de biotecnologia, atuando especialmente nos temas: neurodegeneração experimental, dopamina, produtos naturais, caracterização e síntese de nanopartículas, com o objetivo de desenvolver recursos naturais na melhoria da saúde e na qualidade de vida de seres humanos.

Tássia Luiza Gonçalves Magalhães Nunes, Universidade Tiradentes

Graduanda em Biomedicina pela Universidade Tiradentes, aluna bolsista de iniciação científica pelo CNPQ, estagiária do Laboratório de Morfologia e Biologia Estrutural (LMBE) do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP). Área de estudo Neurociência com ênfase em doença de Parkinson, Lesão medular e Lesão nervosa periférica.

Tâmara Luiza Gonçalves Magalhães Nunes, Universidade Tiradentes

Graduanda em Biomedicina pela Universidade Tiradentes e aluna de iniciação científica do Laboratório de Morfologia e Biologia Estrutural (LMBE) pelo Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) da Universidade Tiradentes (UNIT). Área de estudo Neurociência com ênfase em doença de Parkinson e Lesão Medular.

Margarete Zanardo Gomes, Universidade Tiradentes

Possui mestrado (2002) e doutorado (2006) em Fisiologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutorado pela Université Pierre et Marie Curie, Unidade 697 do INSERM, Hôpital de la Salpétrière, França. Atualmente é pesquisadora do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (Aracaju/SE) e professora permanente dos programas de pós-graduação em Saúde e Ambiente da Universidade Tiradentes e Biotecnologia da RENORBIO. Tem experiência na área de fisiologia, com ênfase em neurofisiologia e neuropsicofarmacologia, atuando principalmente nos seguintes temas: neurodegeneração experimental, produtos naturais, dopamina e óxido nítrico.

Kátia Peres Gramacho, Universidade Tiradentes

Possui Bacharelado em Ciências Biológicas pela UFBA (1990), Mestrado em Ciências (área de concentração entomologia) pela FFCLRP-USP (1995) e Doutorado Sanduíche em Ciências (1999) pela FFCLRP-USP e Universität Hohenheim-Stuttgart (Alemanha). Realizou o Pós-Doutorado (2000) - University of Minnesota (USA) na área de neurofiosiologia do comportamento de abelhas. Foi professora da Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC/SSA atuando em vários cursos da área de saúde, como professor nas áreas de genética, biologia geral e biologia celular e molecular. Foi coordenadora adjunta do curso de Ciências Biologicas da FTC , atuou como membro de colegiado dos cursos de Ciências Biológicas e Biomedicina, como gerente do Núcleo de Inovação Tecnológica - NIT. Coordenou os cursos de Ciências Biológicas da UNIT (Licenciatura e Bacharelado) e atualmente é pesquisadora do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP, professora titular e colaboradora do programa de Pós Gradução em Saúde e Ambiente da Universidade Tiradentes (Aracaju-SE). Tem experiência na área apicultura, melhoramento genético com abelhas, patologia apícola, genética do comportamento de abelhas, biologia, manejo e desenvolvimento sustentado. É revisora de várias revistas científicas. Membro da Comissão Técnica Científica da Confederação Brasileira de Apicultura. Possui uma participação significativa em eventos científicos nacionais e internacionais com apresentação de trabalhos como comunicação oral, conferencias, simpósios e outros. Possui projetos de pesquisa aprovados, orientações de iniciação científica e co-orientando alunos de mestrado e doutorado. Realiza atividades de extensão, pesquisa e ensino.

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Publicado

2014-01-31