Biocombustíveis no Brasil: mudanças institucionais, competitividade e governança federal

Autores

  • Luciano Cunha de Sousa Universidade de Brasília
  • Eliezé Bulhões de Carvalho Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.6008/ESS2179-6858.2013.001.0006

Palavras-chave:

Mudança Institucional, Governança, Biocombustíveis

Resumo

Este trabalho busca avaliar o setor de biocombustíveis no Brasil sob o ponto de vista das mudanças institucionais ocorridas, seus impactos no modelo de governança e na competitividade sistêmica. Partindo do processo histórico do setor de etanol, foram utilizados os conceitos de competitividade sistêmica, de mudança institucional, equilíbrio pontuado, advocacy coalition framework (ACF) e de governança em rede para a análise do atual arranjo institucional dentro da Administração Pública Federal. A partir de entrevistas com membros do Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool e da Comissão Executiva Interministerial do Biodiesel, que compõem o sistema de governança federal, pode-se observar que, mesmo sendo um importante componente da matriz energética, o setor de biocombustíveis ainda não possui uma estratégia definida de forma ampla, apresentando uma ausência de articulação e fragilidade nos mecanismos de governança no âmbito federal. No setor de etanol principalmente, é constatado que o Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool apresenta dificuldade em estabelecer a estratégia de forma clara e principalmente de comunica-la aos demais integrantes da Administração Pública Federal. As demais bioenergias como o biogás ou a biomassa não são tratadas no âmbito destes órgãos de governança de forma sistêmica e tem ações isoladas sendo executadas de forma desarticulada pelos órgãos da Administração Pública Federal.

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Biografia do Autor

Luciano Cunha de Sousa, Universidade de Brasília

Possui graduação em Engenharia Elétrica Ênfase em Eletrônica pela Universidade Federal de Uberlândia, mestrado em Economia e especialização em Engenharia Elétrica Mecatrônica pela Universidade de Brasília. Atuou como professor em diversos cursos, colégios e faculdades de Brasília. Trabalhou como engenheiro na Tele Centro Oeste Celular. Foi Gerente Regional do Centro de Gerência de Rede da GVT Brasília e Gerente de Receita Privada na Vivo Centro Oeste e Norte. Integra a carreira de estado de Analista de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Brasil. No MDIC atuou como Coordenador de Informática e, atualmente, é responsável pelo tema energias renováveis na Secretaria de Desenvolvimento da Produção.

Eliezé Bulhões de Carvalho, Universidade de Brasília

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade de Brasília (2000), graduação em Administracao de Empresas pela Faculdade de Administracao de Brasilia (2008) e mestrado em Transportes pela Universidade de Brasília (2003). Atualmente é Doutorando em Transportes (UnB), professor horista do Instituto Compacto de Ensino Superior e Pesquisa e Analista de Infraestrutura de Transportes - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Tem experiência na área de Engenharia de Transportes, com ênfase em Planejamento de Transportes, Planejamento de obras de transportes, atuando principalmente nos seguintes temas: Infraestrutura de Transportes, Administração, acessibilidade, serviço publico e inclusão social.

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Publicado

2013-08-14

Edição

Seção

Planejamento, Gestão e Políticas Públicas Ambientais