Proposta de classificação de barragens quanto ao dano potencial associado para o estado de Roraima

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.003.0054

Palavras-chave:

Barragem, Dano Potencial Associado, Classificação

Resumo

Tendo em vista que a análise do potencial de perdas de vidas humanas, bem como impactos ambientais e socioeconômicos que ocorrem na área de inundação, em caso de possíveis rupturas de barragens, contribuem para elaboração do Plano de Segurança de Barragens – PSB e que tais análises fazem parte dos objetivos e instrumentos da Política Nacional de Segurança de Barragens – PNSB, analisa-se os critérios aplicados à classificação de barragens quanto ao Dano Potencial Associado – DPA que reflitam melhor a realidade dos barramentos estudados, a fim de propor um modelo de classificação para o estado de Roraima, baseado no estudo de caso de sete barragens situadas na bacia do Rio Cauamé. Para tanto, é necessário analisar a classificação apresentada pelas Resoluções Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH n. 143/2012 e Agência Nacional de Águas – ANA n. 132/2016 quando aplicadas aos barramentos do estado de Roraima, analisar de maneira comparativa a classificação das barragens quanto ao DPA utilizando o método simplificado de geração de mancha de inundação e a classificação feita pela Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Femarh, órgão fiscalizador estadual, com critérios próprios e apresentar proposta de classificação de barragens quanto ao DPA utilizando metodologias complementares, associada à Instrução Normativa – IN Femarh n. 3/2017 e à Resolução ANA n. 132/2016. Realiza-se, então, pesquisa do tipo bibliográfica e documental acerca de qual metodologia deve ser utilizada para delimitação da área afetada, bem como quais critérios e pontuações melhor se adequam à realidade dos barramentos estudados, de modo a embasar a proposta apresentada a partir de uma abordagem qualitativa de dados. Diante disso, verifica-se que os critérios estabelecidos nas Resoluções CNRH n. 143/2012 e ANA n. 132/2016 penalizaram em excesso as barragens, sem distribuição quantitativa adequada à realidade das barragens do estado quanto ao impacto socioeconômico. Ademais, quanto aos critérios presentes na IN Femarh n. 3/2017, observa-se que houve divergências relevantes na classificação obtida, já que a Femarh não possui critérios bem definidos para delimitação da área afetada o que pode ter a subestimada, resultando em uma classificação incompatível com a realidade. Assim, verifica-se que a proposta apresentada pondera os critérios já estabelecidos a nível nacional e internacional, alterando faixas de classificações e inserindo critérios quantitativos, de modo a reduzir a discricionariedade por parte do órgão fiscalizador, o que permite a constatação de que o modelo de classificação proposto reflete as boas práticas utilizadas, sendo adequado ao estado de Roraima.

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Biografia do Autor

Andressa dos Santos Pereira, Universidade Federal de Roraima

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Roraima (2010-2014), pós graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho (2018-2020) e Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (2018-2020). Foi bolsista do Programa de Educação Tutorial - PET, desenvolvendo pesquisas nas áreas de construção civil e hidráulica aplicada. Atuou como Coordenadora de Auditoria Interna na Controladoria Geral do Município de Boa Vista - Roraima (2014-2016). Atualmente trabalha no Instituto Federal de Roraima como Engenheira Civil.

Silvestre Lopes da Nóbrega, Universidade Federal de Roraima

Doutorado em Biodiversidade e Biotecnologia - REDE BIONORTE, possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba (1998) e mestrado em Engenharia Civil - Recursos Hídricos pela Universidade Federal de Campina Grande (2000). Professor da Universidade Federal de Roraima. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em modelagem e gestão de Recursos Hídricos.

Maola Monique Faria, Universidade Federal de Roraima

Bacharel e Licenciada em Geografia (2009), Doutora em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade Federal de Viçosa (2015), pós-doutora pelo Programa Pró-Amazônia: Biodiversidade e Sustentabilidade CAPES/UFRR. Desde 2016 atua como pesquisadora colaboradora do Laboratório de Geotecnologias Aplicadas ao Meio Ambiente (LABGEORR) da Universidade Federal de Roraima. Sócia-proprietária da Lavrado Soluções Ambientais, empresa de consultoria ambiental com sede em Boa Vista-RR. Possui experiência em Geoprocessamento, Sensoriamento Remoto, Classificação de imagens para mapeamento do uso e cobertura da terra, Mapeamento de Solos e Geomorfologia, Educação Ambiental, manejo e conservação do solo e água.

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Publicado

2021-01-13

Edição

Seção

Planejamento, Gestão e Políticas Públicas Ambientais