Análise morfométrica da ictiofauna capturada na zona de arrebentação da praia de Pitangui, Extremoz/RN

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.003.0042

Palavras-chave:

Morfologia, Recursos pesqueiros, Assembleia, Manejo, Ictiofauna

Resumo

Zonas de arrebentação são importantes áreas para espécies migratórias de peixes, em seus estágios iniciais de vida, por riqueza alimentar, como área de proteção contra predadores e viveiros naturais de várias espécies, o conhecimento da assembleia ictiofaunística que ocupa esses sistemas é fundamental para a conservação ambiental. Embora estudos sobre a ictiofauna tenham sido realizados nas áreas praianas e suas proximidades no litoral potiguar ainda há a necessidade de levantamentos da ictiofauna dessas regiões, como, na Praia de Pitangui, uma vez que esses levantamentos visam enriquecer o conhecimento da sua biodiversidade, assim como permitir novos estudos que auxiliem a preservação e o manejo desses locais. Além disso, a morfometria pode consistir em uma importante ferramenta para entender a relação entre diversas outras variáveis, como a idade ou sexo dos organismos estudados. A praia de Pitangui se destaca por abrigar o cultivo da macroalga Gracilaria birdae desenvolvido de forma experimental pela Associação de Maricultura e Beneficiamento de Algas de Pitangui. Assim, este trabalho teve por objetivo fornecer informações sobre o possível impacto que o cultivo da macroalga G. birdae pode ter no ambiente marinho em estudo além de fazer uma caracterização morfométrica da ictiofauna da zona de arrebentação da Praia de Pitangui, Extremoz-RN. Para tanto, três medidas morfométricas diferentes foram tomadas: comprimento padrão (cm), comprimento total (cm) e peso (g). O Software R Core Team (2020) foi utilizado para as análises estatísticas que consistiram em Dendograma e Análise de Componentes Principais (PCA). Foram obtidas quatro espécies com predominância de juvenis, Conodon nobilis (91%), Polydactylus virginicus (78%), Larimus breciceps (80%) e Steliffer rastrifer (86%) caracterizando uma área de berçário. Esse dado ressalta a importância desse ambiente no clico de vida dessas e de outras espécies de peixes. A partir da análise de PCA observou-se que existe uma grande sobreposição entre os dados. O agrupamento por níveis tróficos apresentou quantidades iguais de onívoros e piscívoros, juntamente com a presença de outros grupos tróficos (herbívoros e planctívoros). Os resultados do presente trabalho sugerem que a zona de arrebentação da Praia de Pitangui apresenta uma variada fonte alimentar para a ictiofauna estudada, suportando diferentes níveis tróficos. Algumas das espécies aqui analisadas são economicamente importantes para a pesca artesanal ou de subsistência, se fazendo necessários mais estudos para entendimento das dinâmicas existentes na zona de arrebentação da Praia de Pitangui, assim como a criação de políticas públicas de educação ambiental que visem a conservação desse ambiente.

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Biografia do Autor

Laiz Araújo Silva do Nascimento, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2017). Tem experiência na área de Biologia Geral, com ênfase em Biologia de Organismos Aquáticos, Planctologia.

Fábio Magno da Silva Santana, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Doutor em Oceanografia, Mestre em Recursos Pesqueiros e Aquicultura. Engenheiro de Pesca e Licenciado em Ciências Agrícolas. Técnico em Saneamento Básico. É professor EBTT da UFRN/Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias/Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), atuando nas áreas de Construções Aquícolas e Tecnologia do Pescado. É Coordenador do curso Técnico em Aquicultura na EAJ, na modalidade EAD. Possui o DIPLOMA D'ÉTUDES EN LANGUE FRANÇAISE (DELF B2), concedido pelo Ministério da Educação, Ensino Superior e Pesquisa da República da França. É Blogueiro da Radio France Internationale (RFI) atravès da plataforma Mondoblog/Atelier des Médias, desde o ano de 2014. 

Luciano de Freitas Barros Neto, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Tenho interesse em processos evolutivos que geram biodiversidade, da microevolução à macroevolução. Eu me formei em Biologia em 2013 pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Obtive meu mestrado em Sistemática e Evolução em 2016, doutorado na mesma instituição concluído em 2020, sendo meu projeto principalmente focado em entender as relações filogenéticas, taxonômicas e biogeográficas de uma subfamília de peixes (Hypoptopomatinae) na região nordeste do Brasil, utilizando uma abordagem integrativa, associando dados genéticos, morfológicos e geoespaciais, bem como entender suas causas geomorfológicas e consequências evolutivas. Atualmente, atuo no Projeto de Espacialização da Pesca e Projeto de Monitoramento do Desembarque Pesqueiro da UO-RNCE da PETROBRAS. Participação como especialista, da XI Oficina de Avaliação do Estado de Conservação de Peixes Continentais -2°Ciclo ?Espécies LCs e Novas das Ecorregiões Caatinga Nordeste e Drenagens Costeiras, Parnaíba e Mata Atlântica Nordeste, organizado pelo CEPTA/ICMBio.

Dárlio Inácio Alves Teixeira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Engenheiro de Pesca pela Universidade Federal do Ceará?UFC (1989-1994), Mestre em Bioquímica pela UFC (1995-1997), desenvolveu atividades de pesquisa na University of Portsmouth?Inglaterra (1995), Pós Graduação em estudos de Macroalgas na Universidad de Magallanes?Chile (2001), Doutor em Bioquímica pela Universidade Federal do Ceará?UFC (1998-2003), realizou parte de suas atividades de Tese de Doutorado na Universidade de São Paulo?USP. Exerceu o Magistério superior na UFC (1997-1998), na Universidade de Fortaleza ? UNIFOR (2002-2007) e na Universidade Federal de Pernambuco?UFPE (2008-2009). Atualmente é Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte?UFRN, onde participou da fundação do Curso Técnico em Aquicultura na Escola Agrícola de Jundiaí EAJ-UFRN, onde leciona as disciplinas de Maricultura, Algicultura, Malacocultura e Extensão Aquícola, atua no Programa Regional de Pós Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA). Colaborador de Projetos na UFC e na UFPE. Atua em Ensino, Pesquisa e Extensão, atuou na extensão como assessor técnico do Instituto Terramar?CE (1996-2008), atualmente é sócio do Terramar, sócio e Presidente da Sociedade Brasileira de Ficologia (SBFic), é colaborador da Fundação Brasil Cidadão?CE. Coordena projetos em extensão através da PROEX-UFRN e também Projetos de Pesquisa através da PROPesq-UFRN e CNPq. Atualmente faz parte da Comissão de Extensão da PROEX/UFRN e é líder do Grupo de Pesquisa Aquicultura Sustentável Nordeste?AquiS-NE; desenvolve seus trabalhos de Ensino, Pesquisa e Extensão em Aquicultura, Maricultura, Biotecnologia de Organismos Aquáticos, com ênfase em estudos de algas (ficologia). 

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Publicado

2021-01-13

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente