Adaptação de usina para reciclagem à quente e avaliação laboratorial das misturas asfálticas produzidas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.003.0030

Palavras-chave:

Material Fresado, Reciclagem de Pavimentos, Misturas asfálticas recicladas à quente

Resumo

A utilização de misturas asfálticas recicladas demonstra-se viável técnica e ambientalmente, além de possibilitar a redução de custos. Desta forma, esta pesquisa buscou elaborar projetos contendo 10 (M10), 20 (M20) e 30% (M30) de material fresado (RAP), implementar usina volumétrica incorporando RAP a frio no misturador, avaliar laboratorialmente as misturas produzidas e verificar a viabilidade financeira. Enquadrou-se a granulometria dos projetos na Especificação de Serviço 031/2006 do DNIT, utilizando-se CAP 60/85 (modificado por polímero do tipo SBS), agregado granítico e RAP com agregado de origem basáltica com CAP, também, modificado por polímero. Verificou-se, após a usinagem, comportamento semelhante ao projetado. O ensaio de Módulo de Resiliência demonstrou um aumento de rigidez com a inserção de RAP. Através do Módulo Complexo não se pode atribuir comportamento elástico ou viscoso ao percentual de RAP inserido. No ensaio de Resistência a Tração por Compressão Diametral, notou-se um aumento de resistência nas misturas com o incremento de percentual de RAP, entretanto, para o Flow Number, avaliando-se a resistência a deformação permanente, os valores diminuíram. Nas verificações de Dano por Umidade Induzida e Desgaste Cântabro não se verificou um comportamento específico de acordo com a incorporação de fresado, mas as misturas recicladas obtiveram resultados semelhantes à convencional. Avaliou-se a M10, na Fadiga, através do ensaio de Tração-Compressão, como o melhor comportamento e, a M30, o pior. Ainda, verificou-se que o custo da M10, durante a vida de fadiga, é expressivamente menor comparando-o às outras misturas, mas, na oportunidade de uso, há de se considerar a escolha da M20, visto a viabilidade financeira e maior impacto ambiental positivo, bem como as características mecânicas semelhantes, em relação a M10. Denota-se a possibilidade de uso da reciclagem à quente.

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Biografia do Autor

Felipe Cipriani Luzzi, Universidade Federal de Santa Maria

Graduado em Engenharia Civil - UFSM (2007-2012). Possui Pós-Graduação MBA em Infraestrutura de Transportes e Rodovias - IPOG (2014-2016) e Mestrado em Engenharia Civil com ênfase em Pavimentação pela Universidade Federal de Santa Maria (2018-2019). Atualmente é Coordenador de Engenharia Obras - Qualidade nas Concessionárias CCR ViaSul/ViaCosteira - Grupo CCR S/A e realiza Doutorado no PPGEC-UFSM.

Luciano Pivoto Specht, Universidade Federal de Santa Maria

Realizou pós-doutorado na École Nationale des Travaux Publics de L'État (Université de Lyon) em 2015. Concluiu seu doutoramento no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 2004. Foi professor assistente, associado e adjunto da UNIJUI - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul em Ijuí - RS, atuando no curso de Engenharia Civil e no Mestrado em Modelagem Matemática no período de 2001 a 2011. Atualmente é professor associado da UFSM - Universidade Federal de Santa Maria, atuando no curso de Engenharia Civil noPrograma de Pós Graduação em Engenharia Civil (Mestrado e Doutorado) (como Coordenador entre 2019 e 2021), bem como professor do PPGEC da UFRGS. Bolsista em produtividade em pesquisa CNPq (Nível 2 - 2012-2019 e Nível 1D - 2019-2022); implementou e foi Tutor do grupo PET da Engenharia Civil da UNIJUI (2006-2011) e da UFSM (2012-2014). Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Pavimentação, Geotecnia e Transportes, atuando principalmente nos seguintes temas: pavimentos flexíveis, infraestrutura de transportes, materiais de pavimentação, concreto asfáltico e meio ambiente. É sócio da ABPv, ABMS e ANPET. Publicou 89 artigos em periódicos especializados e mais de 350 trabalhos em anais de eventos. Recebeu entre 2003 e 2021, 18 prêmios, dentre eles o Prêmio Jaques de Medina do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás pela sua tese de doutorado. Participou de mais de 100 eventos científicos nos últimos anos. Já orientou diversos alunos em iniciação cientifica, mestrado e doutorado; é membro do comitê cientifico da ABPv, ANPET e ABMS além de ser membro do corpo de avaliadores do INEP/MEC, consultor AdHoc do MEC, da CAPES e do CNPq e revisor de inúmeros periódicos nacionais e internacionais. É membro titular da Comissão de Asfalto do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis. 

Silvio Lisboa Schuster, Universidade Federal de Santa Maria

Doutorando do Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil da Universidade de Santa Maria. Atualmente dedica-se ao estudo de materiais asfálticos no grupo de pesquisas GEPPASV, trabalhando com a análise, compreensão e modelagem do comportamento mecânico, em domínios de viscoelasticidade linear dos revestimentos asfálticos. Tem como foco principal a caracterização da rigidez dos concretos asfálticos através do análogo mecânico 2S2P1D, e a aplicação da teoria viscoelástica do dano contínuo simplificada (S-VECD) para a caracterização do dano por fadiga em misturas asfálticas.

Fernando Dekeper Boeira, Universidade Federal de Santa Maria

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (2011). Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2014). Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2018). Tem experiência nas áreas de Construção Civil, Sustentabilidade e em Pavimentação Asfáltica, atuando principalmente nos seguintes temas: concreto asfáltico, adição de cal, fadiga e misturas asfálticas envelhecidas.

Deividi da Silva Pereira, Universidade Federal de Santa Maria

Realizou em 2015 estágio sênior nos Estados Unidos, na University of Minnesota, participando de projetos com a FHWA e MnDOT. Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Maria (1998), mestrado (2001) e doutorado (2003) em Engenharia de Transportes pela Universidade de São Paulo (EPUSP). Foi professor assistente e adjunto na Universidade Católica de Pelotas (UCPEL). Desenvolveu atividades profissionais de engenharia em empresas de consultoria e concessão rodoviária entre 2003 e 2007. Atualmente é professor associado da UFSM - Universidade Federal de Santa Maria, atuando no curso de Engenharia Civil e no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (Mestrado e Doutorado) com 6 orientações de mestrado e uma de doutorado concluídas. Na UFSM, acumula experiências na gestão universitária, tendo ocupado cargos na coordenação do curso de Engenharia Civil e na Vice-Direção do Centro de Tecnologia. Tem experiência na área de Engenharia Civil e de Transportes, com ênfase em infraestrutura viária, atuando principalmente nos seguintes temas: pavimentação asfáltica, mecânica de pavimentos, pavimento de concreto, segurança viária, materiais para pavimentação, avaliação funcional e estrutural de pavimentos e custos rodoviários. Participou da publicação como autor ou coautor de mais de 25 artigos em periódicos especializados. Recebeu entre 2002 e 2020, 27 prêmios, dentre eles o Prêmio CNT de Produção Acadêmica, conferido pela Confederação Nacional do Transporte, alusivo a sua pesquisa de mestrado. Participou ativamente de eventos científicos nacionais e internacionais, inclusive colaborando com os comitês científicos dos mesmos e é avaliador de revistas especializadas da área. Possui ampla experiência em coordenação e participação de projetos P&DI, acumulando mais de R$ 7,5mi de recursos destinados a pesquisas do Grupo de Estudos e Pesquisas em Pavimentação e Segurança Viária (GEPPASV/UFSM).

Pedro Orlando Borges de Almeida Júnior, Universidade Federal de Santa Maria

Graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil (2014). Recebeu da Sociedade de Engenharia e Arquitetura de Santa Maria a distinção "Destaque Universitário SEASM", em função da excelência de seu desempenho nas atividades curriculares, de pesquisa e de extensão, desenvolvidas durante o curso de graduação realizado no Centro de Tecnologia da UFSM. Mestre em Engenharia Civil - área de concentração: Construção Civil e Preservação Ambiental pela UFSM (2016). Atualmente é Servidor Público - Engenheiro Civil na Universidade Federal de Santa Maria. 

Thiago Vitorello, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Atualmente é BOLSISTA DE INICIAÇÃO CIENTIFICA da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Fábio Hirsch, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Concluiu seu curso de graduação em Engenharia Civil na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI) em 2007. Também conclui o curso de mestrado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Programa de Engenharia Civil do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (COPPE) no ano de 2009. Atualmente é Gerente de Engenharia e Operações na Concessionária da Rodovia Osório Porto Alegre S/A. Tem experiênica na área de Engenharia Civil, com ênfase em Geotecnia/Pavimentação, atuando principalmente nos seguintes temas: Pavimentação, Pavimentos Flexíveis, Pavimento de Concreto e Ensaios Laboratoriais além de experiência de 10 anos ligados a concessão de rodovias, passando pelos mais diversos temas de projetos, pesquisas de desenvolvimento, gestão da infraestrutura da concessão, do sistemas de transporte, gerenciamento da operação da rodovia, entre outros.

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Publicado

2021-01-13