Monitoramento de seca meteorológica com dados TRMM para uma região produtora de grãos do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.002.0024

Palavras-chave:

TRMM, Seca, Monitoramento Agrícola, Precipitação

Resumo

Dentre todos os desastres naturais, a seca caracteriza-se como um dos mais complexo e pouco entendido. Seus efeitos impactam várias áreas da sociedade, como agropecuária, indústria, saúde, distribuição de água e geração de energia. Os índices de seca utilizados para monitorar, identificar e quantificar a anomalia de precipitação tem como principal limitação a falta de dados representativos da área de ocorrência. As medições de variáveis hidro meteorológicas por satélites oferecem uma boa alternativa na falta de dados de superfície. O objetivo do trabalho foi avaliar se o uso do produto 3B43 V7 da missão Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM) multi-satellite Precipitation Analysis (TMPA) é eficaz na geração da precipitação mensal e de mapas de seca a partir do Índice de Precipitação Padronizado mensal na região médio norte de Mato Grosso. Os dados foram comparados a uma base dados de superfície no período de 1998 a 2017. A validação dos mapas de seca foi feita com base na seca que ocorreu durante a safra de 2015/16. Os resultados indicaram que o produto 3B43 V7superestima a precipitação, mas pode ser utilizado na ausência de dados de superfície, uma vez que o valor do coeficiente Nash-Sutcliffe (ENS) foi de 0,75 e do índice de concordância de Willmott (d) foi 0,93. O SPI estimado correspondeu ao observado, apresentando ENS e índice d iguais a 0,63 e 0,92, respectivamente. Os mapas de seca confirmaram a situação relatada nos boletins do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária que indicaram diminuição da produtividade em decorrência da falta de chuva nos períodos críticos das culturas da soja e do milho.

 

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Biografia do Autor

Marionei Fomaca de Sousa Junior, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Mestrando no programa de pós graduação em Sensoriamento Remoto do Instituto Nacional de Pesquisas Espacias (INPE) no qual faz parte do grupo de pesquisa Image Processing & Analysis for Earth Observation. Graduado em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso, campus de Sinop. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola com ênfase em Geoprocessamento, Sensoriamento Remoto, Recursos Hídricos, Agricultura de Precisão e Modelagem Hidrológica.

Eduardo Morgan Uliana, Universidade Federal de Mato Grosso

Professor Adjunto II na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus de Sinop - MT. Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos (PPGRH) da UFMT - Campus de Cuiabá. Possui graduação em Engenharia Ambiental (2010), Mestrado em Produção Vegetal (2012) e doutorado em Engenharia Agrícola (2016). Tem experiência na área de Engenharia Ambiental atuando principalmente nos seguintes temas: hidrologia, hidráulica, modelagem hidrológica, qualidade do meio físico ambiental, engenharia de água e solo e geoprocessamento. 

Mairon Anderson Cordeiro Correa de Carvalho, Universidade Federal de Mato Grosso

Policial Rodoviário Federal lotado na 1ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal de Mato Grosso em Diamantino/MT. Possui graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso (2013) , mestrado em Recursos Hídricos pela Universidade Federal de Mato Grosso (2020) e pós-graduando em Inteligência Estratégica de Estado (2020). 

Múcio André dos Santos Alves Mendes, Universidade Federal de Mato Grosso

Possui graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal de Viçosa - UFV (2010), Doutorado em Engenharia Agrícola na área de concentração de Construções Rurais e Ambiência pela UFV (2015) , Mestrado em Engenharia Agrícola em Construções Rurais e Ambiência pela UFV (2012) e é pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho pela UFV (2014). Atuou como Professor Designado na Universidade do Estado de Minas Gerais entre os anos de 2014 a 2016 lecionando disciplinas de Desenho Técnico, Saneamento Urbano, Tópicos Especiais em Engenharia Ambiental e Sistemas de tratamento de água de abastecimento. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Mato Grosso, lotado no Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Campus Sinop e atua nos cursos de Engenharia Agrícola e Ambiental, Zootecnia e Agronomia nas áreas de construções rurais e ambiência, saneamento e desenho técnico. Atualmente desenvolve projetos na área de inovações tecnológicas. 

Luana Lisboa, Universidade Federal de Viçosa

Pesquisadora em Geociências na Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM - Serviço Geológico do Brasil), na Superintendência Regional de Manaus (AM). Possui graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental (2008), Mestrado em Engenharia Agrícola (2010) e doutorado em Engenharia Agrícola (2014) pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Minas Gerais.
Tem experiência na área de engenharia agrícola, com ênfase em conservação de solo e água, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão de recursos hídricos, sistemas de informações geográficas, comportamento hidrológico, modelagem hidrológica. 

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Publicado

2021-02-17

Edição

Seção

Meteorologia, Climatologia e Mudanças Climáticas