Crescimento e acúmulo de solutos orgânicos em mudas de espécies arbóreas da Caatinga em resposta ao déficit hídrico e potássio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.002.0007

Palavras-chave:

Ajustamento Osmótico, Estresse Hídrico, Nutrição Mineral

Resumo

O estresse hídrico influencia negativamente uma variedade de processos fisiológicos essenciais para o crescimento das plantas e a produção de biomassa, e o potássio contribui para a absorção de água e, assim, mantém o turgor celular, sendo crucial para entender as respostas das mudas ao estresse hídrico. Nesse contexto, esta pesquisa teve como objetivo verificar os efeitos da deficiência de água e potássio no crescimento e acúmulo de solutos orgânicos em Myracrocruon urundeuva, Libidibia ferrea e Mimosa tenuiflora. Os tratamentos foram distribuídos em esquema fatorial 3 x 3, com três níveis de água (100% cp - controle, 50% cp - déficit hídrico moderado e 25% cp - déficit hídrico severo) e três doses de potássio (0, 97,5 e 195 mg dm-3 K). As plantas foram semeadas em sacos plásticos pretos, contendo 5 kg de solo. Foram avaliadas a altura da planta, o diâmetro do caule e as concentrações foliares de açúcares solúveis totais, aminoácidos livres totais e proteínas. O déficit hídrico causou uma redução no crescimento das plantas de M. urundeuva e M. tenuiflora, independentemente da adição de potássio. As plantas de M. urundeuva e M. tenuiflora não exigiam potássio, enquanto a fertilização com 97,5 mg dm-3 K favoreceu as plantas de L. ferrea, principalmente quando mantidas em déficit hídrico moderado. O déficit moderado de água promoveu o acúmulo de aminoácidos livres totais e proteínas solúveis em M. urundeuva, enquanto que em L. ferrea houve acúmulo de aminoácidos livres totais sob déficit hídrico grave. O aumento do potássio promoveu redução nas concentrações de açúcares solúveis totais e proteínas solúveis.

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Biografia do Autor

Ediglécia Pereira de Almeida, Universidade Federal de Campina Grande

Graduada em Engenheira Florestal pela Universidade Federal de Campina Grande (2018), Mestre em Ciências Florestais pela Universidade Federal de Campina Grande (2020). Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Ecologia Reprodutiva (Dispersão de sementes; regeneração natural) e Ecologia Vegetal (relação ambiente espécie; ecofisiologia vegetal) atuando principalmente nos seguintes temas: Banco de sementes induzido, germinação e superação de dormência em sementes florestais e desenvolvimento de plantas sob estresse abióticos.

Antonio Lucineudo de Oliveira Freire, Universidade Federal de Campina Grande

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba (1988), mestrado em Agronomia (Fisiologia Vegetal) pela Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL), atual Universidade Federal de Lavras (1990), doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000) e pós-doutorado no Laboratório de Fisiologia Vegetal da Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, Portugal. Atualmente é professor Titular da Universidade Federal de Campina Grande. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Fisiologia Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas:germinação de sementes e crescimento de plantas sob condições de estresse hídrico e salino, além do efeito do sombreamento no crescimento de mudas de espécies arbóreas da Caatinga. 

Ivonete Alves Bakke, Universidade Federal de Campina Grande

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal da Paraíba (1993), mestrado em Zootecnia area de concentracao Forragicultura pela Universidade Federal da Paraíba (2001) e doutorado em Agronomia, area de concentracao Ecologia Vegetal e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Paraíba (2005). Atualmente é professora associada da Universidade Federal de Campina Grande, no Centro de Saude e Tecnologia Rural. Tem experiência na área de Forragicultura, Ecologia e Meio Ambiente, atuando principalmente nos seguintes temas: meio ambiente, caatinga, desenvolvimento sustentavel, sistemas agroflorestais 

Cheila Deisy Ferreira, Universidade Federal de Campina Grande

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Campina Grande (2011), mestrado em Ciências Florestais com área de concentração em Ecologia, Manejo e Utilização dos Recursos Florestais pela Universidade Federal de Campina Grande (2013) e doutorado em Ciências Florestais com área de concentração em Manejo Florestal pela Universidade de Brasília (2019). Atualmente, faz parte do quadro efetivo de funcionários da Universidade Federal de Campina Grande como Professora Adjunta da Carreira de Magistério Superior, lotada na Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal no Centro de Saúde e Tecnologia Rural - Patos, PB. Possui experiência em regeneração natural por meio do banco de sementes do solo, aporte de serapilheira, diversidade genética de populações naturais e fisiologia e germinação de sementes florestais. Contudo, nos dias atuais suas pesquisas estão voltadas, principalmente, na identificação in situ de espécies arbustivas e arbóreas da Caatinga através de características dendrológicas.

George Martins de França, Universidade Federal de Campina Grande

Técnico em Desenho da Construção Civil, pela Escola Estadual de Educação Profissional Leopoldina Gonçalves Quezado, Aurora Ceará em 2017, com experiência em AutoCAD/Sketchup. Graduando em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG/CSTR/UAEF). Atuou como monitor da disciplina intitulada Fundamentos para Cálculo Diferencial e Integral no semestre 2018.2 e Fundamentos para Cálculo Diferencial e Integral/ Cálculo Diferencial e Integral, no semestre 2019.1. Desenvolveu atividade de iniciação científica como bolsista PIBIC/UFCG no projeto intitulado ''Uso da adubação potássica visando mitigar os efeitos do déficit hídrico em mudas de pereiro", durante o período 2019/2020. Atualmente desenvolve projeto de iniciação científica como bolsista CNPq, intitulado por "Efeitos da salinidade nas relações hídricas, trocas gasosas e no crescimento de plantas de jurema-preta".

Antonio Wesly Batista, Universidade Federal de Campina Grande

Atualmente faz graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Participou do inventario florestal do plano de manejo florestal sustentável pela APNE- Associação Plantas do Nordeste. Foi monitor bolsista da disciplina intitulada de Morfologia e Anatomia Vegetal, no semestre 2019.1. Atua como bolsista do CNPq na modalidade Iniciação Cientifica, com o projeto ''Fenologia de Cnidoscolus quercifolius Pohl inermes e com espinhos em área em processo de recuperação no município de Patos-PB'' iniciado em 2019.

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Publicado

2021-02-16