Mudanças climáticas e/ou mudanças socioculturais na Amazônia Legal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.001.0017

Palavras-chave:

Clima, Amazônia, Sociocultural, Seca, Enchente

Resumo

As mudanças climáticas e socioculturais vêm gerando variações climáticas em várias regiões além de influenciar na dinâmica do ciclo hídrico das bacias no bioma amazônico. Essas mudanças desencadeiam reações de ajustes nos ciclos hidrológicos, assim o estudo propõe estabelecer conexões entre o funcionamento biológico da floresta e o clima produzidos naturalmente e/ou pela ação antrópica (socioculturais), considerando como variáveis ambientais a temperatura, precipitação e emissão de CO2 e como variáveis socioculturais as queimadas e o desmatamento progressivo e por corte raso. Metodologia: O estudo considerou, apenas, o bioma amazônico brasileiro, com recorte temporal de janeiro de 2004 a janeiro de 2016. Os dados foram coletados nos bancos de dados do INPE, INMET, NOAA, IBGE, PRODES, e DETER. Resultados e discussão: Foi observada correlação entre a densidade populacional e desmatamento, justificado basicamente por uma “nova” lógica de ocupação vinculada ao grande empreendimento – frente pioneira de expansão sobre o território. O corte raso possui correlações inversas com a temperatura média máxima, e a razão de densidade populacional por área. Correlações positivas foram observadas com a precipitação total e a ocorrência das queimadas e a elevação de CO2. Obtiveram-se correlações positivas na elevação de CO2 e a razão de densidade populacional por área. As variáveis de mudanças climáticas apresentaram correlações positivas nas médias de temperatura máximas com o desmatamento progressivo e na razão de densidade populacional por área, a concentração de CO2 e principalmente com a ocorrência das queimadas. Fracas correlações e inversas com o desmatamento por corte raso e uma forte correlação inversa com a quantidade de precipitação. Considerações Finais: Deve-se atentar a retirada da cobertura vegetal no bioma Amazônia, em conjunto com as práticas de antropização socioculturais de cunho pirogênicas observadas no período de estudo. Demonstram haver correlações diretas e inversas e que estão fortemente relacionadas com o cenário econômico-social. E esses fatores reúnem o conjunto com potencial de contribuir na ampliação na ocorrência de eventos climáticos extremos como da estiagem (secas) e inundações impacta diretamente no ciclo hidrológico da Região Amazônica.

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Biografia do Autor

Diógenes Alencar Bolwerk, Universidade Federal do Tocantins

Minha trajetória acadêmica iniciou em 1999 com a Graduação em História pela Universidade Estadual do Tocantins, na Licenciatura interesso-me pela História do Pensamento Econômico, Epistemologia, Teoria da História e Didática do Ensino. Em 2004, começo a lecionar na Educação Básica em disciplinas de História e Geografia para o Ensino Fundamental II (6º ano ao 9º) e Educação de Jovens e Adultos ? EJA. Trabalho também na formação continuada e avaliação de professores para Rede Municipal de Educação de Palmas. No ano de 2006, início a experiência profissional no Ensino Superior trabalhando nos Cursos de Administração, Ciências Contábeis, Serviço Social, Letras e Pedagogia. Participo do Mestrado Interinstitucional ? Minter no Programa Interdisciplinar em Educação e Tecnologias Digitais pela Universidade Nacional de Educação a Distância de Madrid (Espanha) e a Universidade Estadual do Tocantins (Unitins). Com a finalização do Mestrado em Educação e Tecnologias Digitais inicio atividades na modalidade EaD como professor conteudista na elaboração de material didático, tutor presencial e online de ambientes virtuais de aprendizagem, também exerci atividades de gestor de ambientes virtuais de aprendizagem, coordenador de cursos e supervisor de trabalhos de conclusão de cursos. Em 2008, desenvolvendo atividades de extensão universitária em EaD, envolvendo Gestão Social, Socioambiental e Educação a Distância nas áreas de Mídias para Educação, Gestão do Conhecimento, Educação Ambiental e Tecnologias Digitais de Aprendizagem. As atividades extracurriculares foram desenvolvidas em parceria com a Universidade e uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). Em 2012, motivado a trabalhar com uma nova proposta de pesquisa socioambiental começo o Mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), atuando na área de Geografia Regional com destaque para a discussão da (Re)produção do espaço, metropolização e planejamento urbano e desenvolvimento regional, no qual concluo a pesquisa em 2014. A partir de 2017, ingresso no Programa de Doutorado em Ciências do Ambiente pela Universidade Federal do Tocantins, motivado pelo debate ambiental, bem como os aspectos geográfico-regional na discussão de Educação e Meio-ambiente, bem como na utilização de tecnologias assertivas como o Cinema Ambiental para poder fazer o debate histórico-documental sobre os problemas socioambientais brasileiros. Atualmente dentro do escopo da problemática ambiental, venho aprofundando os estudos na área ambiental como analista, assessor, gestor e técnico. 

Marina Haizenreder Ertzogue, Universidade Federal do Tocantins

Professora Titular da Universidade Federal do Tocantins. Possui graduação em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Mestrado em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professora Associada. Leciona no curso de História na Universidade Federal do Tocantins (UFT). Docente do Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente (CIAMB) Mestrado e Doutorado. UFT. Docente do curso de Pós-Graduação História das Populações Amazônicas -UFT (Mestrado profissional em História) Professora do curso de História -Graduação. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Cultural e Metodologia da Pesquisa. Atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, cultura e ambiente, memória, imagens e história das sensibilidades, imprensa literária. História Ambiental, barragens, pulações ribeirinhas . 

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Publicado

2020-09-15

Edição

Seção

Meteorologia, Climatologia e Mudanças Climáticas