Estrógenos sintéticos, sua presença em ecossistemas aquáticos e efeitos na biota

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.001.0008

Palavras-chave:

Disruptor, Endócrino, Poluição, Ambiental, Hormônio

Resumo

Estrógenos sintéticos são disruptores endócrinos que podem estar presentes em corpos d’água e, consequentemente, interferir em funções hormonais, metabólicas e reprodutivas de organismos expostos. Este estudo busca analisar a literatura científica internacional sobre tais compostos através de uma revisão narrativa e sistemática. Os estrógenos investigados foram 17α-etinilestradiol (EE2), Mestranol (MeEE2), Dietilestilbestrol (DES) e Dienestrol (DNS), que estão amplamente presentes em fármacos, sendo consumidos e dispostos no ambiente. Para esta revisão, apenas artigos científicos, publicados entre 1990 e 2019 foram considerados, tendo sido coletados nas plataformas online ScienceDirect, PubMed e Scielo. Informações introdutórias sobre os compostos, como características químicas e uso em sociedade foram descritas, assim como sua ocorrência em ecossistemas aquáticos e efeitos na biota, reportados por monitoramentos ambientais e testes ecotoxicológicos, respectivamente. De acordo com o presente estudo, a China se mostrou como maior contribuinte em termos quantitativos, somando 21 artigos sobre estrógenos sintéticos. Alguns hormônios demonstraram ser mais investigados do que outros e o aumento de pesquisas a respeito destes contaminantes emergentes foi notado. Além disso, os corpos d’água brasileiros revelaram ter as maiores concentrações, o que deve encorajar uma reflexão crítica sobre sua gestão ambiental insuficiente. O estudo também destaca a importância da expansão de pesquisas científicas e sua implementação em políticas públicas realmente efetivas na conservação de ecossistemas aquáticos.

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Biografia do Autor

Débora Maria Carvalho da Silva, Universidade Federal do Ceará

Bacharel em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Estagiou no Laboratório de Avaliação de Contaminantes Orgânicos (LaCOr) da UFC, onde realizou sua monografia intitulada "Hormônios sintéticos no ambiente: uma revisão da literatura." Foi Bolsista de Extensão e voluntária no núcleo de Teatro Científico, ambas na Seara da Ciência (UFC) e voluntária na organização não-governamental (ONG) Instituto Verdeluz, lidando com unidades de conservação em Fortaleza, Ceará. Participou do Programa de Monitoria, junto à disciplina de Ecologia Aplicada às Ciências Ambientais e foi voluntária no Laboratório de Análises Químicas (LAQUIM- UFC) realizando atividades de análise de água. Áreas de interesse: Poluição de Ambientes Aquáticos, Conservação da Biodiversidade, Educação Ambiental. 

Cléber Domingos Cunha da Silva, Universidade Federal do Ceará

Escritor, Professor Adjunto, Nível C 2, da Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Graduado em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará (1989-1992), residência em Informação sobre Medicamentos na área materno-infantil pelo Instituto Mario Negri de Milão (1993-1994) e mestrado em Saúde Pública pela Universidade Federal do Ceará (1997-1999). Concluiu o Doutorado em Educação Brasileira junto a UFC em Outubro de 2010 e atua nos seguintes campos: epidemiologia e filosofia da educação, assistência farmacêutica, bioética, farmacoepidemiologia e saúde pública. Como docente é responsável pelas seguintes disciplinas: Integração à Prática Farmacêutica I, Informação sobre Medicamentos, Monografia I e Farmácia e Bioética. Dedica-se a estudar a questão da medicalização da sociedade sob a perspectiva dos seguintes filósofos: Nietzsche e Michel Foucault. Foi membro do Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos (GPUIM), Núcleo de Pesquisa e Extensão do Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Ceará, de Agosto de 1991 a Novembro de 2018. É membro do Grupo de Pesquisa Melhores Medicamentos para Crianças (MeMeCri/UFC-CNPq) e no presente momento Coordena o Centro de Estudos em Filosofia do Medicamento (CEFIMED/UFC-CNPq), dedica-se a investigação da medicamentalização da criança, especificamente no que se refere aos transtornos relacionados a aprendizagem. Desde fevereiro a julho de 2020, realizou estágio pós-doutoral junto à Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais. 

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Publicado

2020-09-15