Aspectos clínicos e epidemiológicos da leishmaniose visceral na região do baixo Tocantins/PA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.006.0019

Palavras-chave:

Prevalência, Calazar, Desfecho, Estudos de series temporais, Endemia

Resumo

A Leishmaniose Visceral é um agravo com grande impacto para a saúde pública, e que no Brasil foi responsável por 96% das notificações que ocorreram nas Américas em 2017, o que justifica a proposta desse trabalho. Por tanto, o estudo objetivou descrever os aspectos clínicos e epidemiológicos da Leishmaniose Visceral na região do Baixo Tocantins, área endêmica no Estado do Pará. Como técnica de abordagem, a pesquisa apresenta um estudo transversal, descritivo, retrospectivo, sobre a base de dados do SINAN, no período de 2007 a 2015, referente aos casos de Leishmaniose Visceral em pacientes maiores de 18 anos, notificados nesta região. Foram identificados 284 casos da doença em pacientes com 18 anos ou mais, de um total de 1267 casos notificados no período. Houve predomínio da doença em indivíduos do sexo masculino, entre 18 e 27 anos, pardos, com ensino fundamental incompleto. O diagnóstico demorou de 0 a 90 dias, entre os primeiros sintomas e a notificação dos órgãos responsáveis e a maioria dos pacientes teve uma evolução para cura. O espaço de tempo, entre o diagnóstico e o início do tratamento, tem implicação direta no desfecho clínico do paciente. Dessa forma, estudos como este comprovam a necessidade de treinamento constante das equipes de saúde para a melhor identificação de casos de Leishmaniose Visceral.

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Biografia do Autor

Nina Pinto Monteiro, Universidade Federal do Pará

Médica formada em 2015 pela UEPA. Residente de Clínica Médica na FSCMPA.

Rita Thaise Moraes Costa, Universidade Federal do Pará

Graduada em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará. Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade do Estado do Pará. Especialista em Microbiologia Clínica pela Universidade Federal do Pará. Especialista em Enfermagem do Trabalho pela Escola Superior da Amazônia-Esamaz.

Paula Caroline Coelho Fonseca, Universidade Federal do Pará

Médica graduada pela Universidade do Estado do Pará (2015). Oftalmologista pelo Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza pela Universidade Federal do Pará (2020). Mestrado em Saúde na Amazônia pelo Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará (2019).

Grace Kelly Cabral dos Santos, Universidade Federal do Pará

Terapeuta Ocupacional graduada pela Universidade do Estado do Pará (2013-2017); Especialização em Saúde do Idoso (2018-2020); Terapeuta Ocupacional do Hospital Ophir Loyola (2020-); Desenvolveu estágio na Gerência de Ensino e Pesquisa da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (2015-2017); Membro do Grupo de pesquisa de doenças crônicas e saúde preventiva da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV); Desenvolveu no período de 2013 a 2015 ações como pesquisadora do projeto HumanizArtes: a utilização da arte como recurso de humanização no âmbito hospitalar da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA) no período de junho de 2014 a maio de 2015; Possui interesse em desenvolver pesquisas e trabalhar com o público adulto e idoso no contexto amazônico.

Carla Daniele Nascimento Pontes, Universidade Federal do Pará

Médica com especial interesse pela pesquisa científica, empenhada na aquisição de novos conhecimentos que cooperem com o progresso científico e humano. Vejo a medicina como ferramenta de transformação e acredito que através da melhora da qualidade de vida dos pacientes alcançaremos uma sociedade melhor, capaz de extrair de si mesmo o máximo do potencial humano. Comprometo-me, portanto, em oferecer atitudes humanas condizentes com a nobreza da profissão e o melhor do conhecimento técnico aos pacientes, espelhando minhas atitudes no médico mais exemplar que existe: Jesus Cristo.

Rodrigo Bona Maneschy, Universidade Federal do Pará

Médico graduado pela Universidade do Estado do Pará (2003), com Mestrado em Cirurgia e Pesquisa Experimental pela Universidade do Estado do Pará (2017) e encontra-se em processo de Doutorado no Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará. Desenvolve atividades assistenciais nas áreas de Medicina Interna e Terapia Intensiva. É Pesquisador Colaborador do Laboratório de Cirurgia Experimental da Universidade do Estado do Pará, desenvolvendo projetos de pesquisa nas linhas de choque e isquemia-reperfusão. Atua ainda na Gestão de Serviços de Saúde, notadamente em Gestão de Processos de Acreditação e Sistemas de Qualidade em Saúde, com foco em Segurança do Paciente. Atualmente é Professor Colaborador do Curso de Medicina da Universidade do Estado do Pará (Internato em Clínica Médica) e Professor do Curso de Medicina da Faculdade Metropolitana da Amazônia (Internato em Clínica). É Preceptor Coordenador do Programa de Residência Médica em Clínica Médica da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, sendo também Preceptor da Residência Médica em Terapia Intensiva Adulto na mesma Instituição. Atua ainda como Médico Plantonista da Unidade de Terapia Intensiva Geral do Hospital Saúde da Mulher, em Belém - PA (Acreditado Pleno pela ONA e Acreditação Canadense Nível Diamante).

Clea Nazaré Carneiro Bichara, Universidade do Estado do Pará

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Pará (1985), mestrado (2001) e doutorado em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários pela Universidade Federal do Pará (2009). Residência em Clínica Médica (HSE, 1988), Especialização em Saúde Pública (UNAERP/1990), Medicina Tropical (UFPA/1987), Saúde Coletiva (UEPA/2009) e Processos Educacionais em Saúde (Hospital Sírio Libanes/2013). È professora adjunta da Universidade do Estado do Pará, na Disciplina Doenças Infecciosas e Parasitárias. Professora nível 3 do Curso de Medicina da Faculdade da Amazônia/FAMAZ. Professora permanente dos programas de pós-graduação em Doenças Tropicais/NMTUFPA, Ciências Ambientais CCNT/UEPA e Educação e Saúde na Amazônia CCBS/UEPA. Pesquisadora do Núcleo de Medicina Tropical/UFPA. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase a toxoplasmose, esquistossomose mansônica, doenças infecciosas na gravidez, educação em saúde com metodologias ativas. Membro da Academia de Medicina do Pará, do Comitê Clinico de Parasitologia da Sociedade Brasileira de Infectologia, da Rede Brasileira de Toxoplasmose, da Rede Paraense de Parasitologia, da Associação Médica Brasileira, da Sociedade Brasileira de Infectologia e Sociedade Brasileira de Médicos Escritores-PA. É Diretora de Ensino e Pesquisa da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna.

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Publicado

2020-07-06