Ferramenta de programação neurolinguística para intermediação de conflitos ambientais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.004.0026

Palavras-chave:

Ferramenta de comunicação, Negociação ambiental, PNL

Resumo

Em uma era onde o desenvolvimento de um país muitas vezes está atrelado a implantação de grandes indústrias e empreendimentos, os impactos ambientais, positivos e negativos, aparecem e vem acompanhados de notórios conflitos. Devido a sua complexidade e importância, os estudos sobre esses conflitos ambientais tornaram-se relevantes e necessários nas últimas décadas. Muitas vezes os conflitos podem ser amenizados por processos de comunicação eficientes. A programação neuroliguistica (PNL) trás ferramentas que podem gerar transformações nestes relacionamentos. O objetivo deste projeto foi desenvolver uma ferramenta para a resolução de conflitos ambientais e melhoria da comunicação, utilizando a PNL. A metodologia consistiu-se em 4 fases: criação da ferramenta a partir dos conceitos de PNL, estruturação da mesma em formato de cartilha, aplicação do material desenvolvido em 3 simulações para validação da ferramenta e avaliação a melhoria dos relacionamentos. Ao total, foram aplicados 83 questionários, respondidos por 3 grupos, participantes da dinâmica de negociação, avaliadores externos a dinâmica e especialistas na área de PNL e gestão de conflitos ambientais. Após as análises pode-se afirmar que a ferramenta proporcionou a melhoria na resolução de conflitos ambientais e na comunicação entre os diversos atores. É importante levar em consideração que a ferramenta foi aplicada em simulações de conflito, apresentando uma primeira perspectiva dos potenciais da ferramenta e não uma avaliação na sua totalidade. Os 59 participantes da dinâmica avaliaram a média do nível de contribuição da ferramenta, para melhoria dos relacionamentos, em 4,24, sendo a nota máxima 5, com desvio padrão de 0,75. Os 2 avaliadores especialistas atestaram uma melhoria de todos os critérios avaliados entre as duas rodadas de negociação, com e sem a ferramenta desenvolvida. Já os 18 avaliadores externos a dinâmica, eliminaram possíveis indícios de tendenciosidade e corroboraram com os resultados dos demais avaliadores, atestando o auxilio da ferramenta para a resolução de conflitos ambientais. De acordo com este último grupo, as melhorias foram mais sentidas nos critérios agradabilidade da discussão, nível de agressividade e segurança do argumentador. Verificou-se que dentro dos conflitos ambientais, apesar da sua dinamicidade, alguns processos de comunicação são comuns a todas as negociações e se bem trabalhados podem auxiliar na melhoria dos relacionamentos e resolução dos conflitos. Apesar da complexidade e individualidade de cada conflito, uma ferramenta que possibilita a melhoria das discussões sobre estes temas é um passo inicial para auxiliar e abrir portas frente a esses desafios.

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Biografia do Autor

Najla Cristina Cardoso El Ghoz, Universidade Federal do Paraná

Atualmente presta serviços como terceirizada no ramo da engenharia florestal e trabalha na empresa eXpertar na área de Treinamentos em PNL (Programação Neurolinguística). Em 2017 retomou seus estudos no programa de mestrado em meio ambiente industrial e urbano (PPGMAUI - UFPR) e defendeu em outubro de 2019, sua dissertação intitulada: O uso da neurolinguística como ferramenta para melhoria da comunicação e resolução de conflitos ambientais. Trabalhou durante 3 anos na multinacional finlandesa Poyry, atuando como analista no ramo de consultoria, desenvolvendo projetos na área de negócios florestais. Desenvolveu trabalhos com ênfase em avaliação econômica de terra e florestas, inventário florestal e mapeamento temático. Formada em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), durante a graduação Najla atuou no projeto de extensão universitária Floresta-Escola com ênfase em Educação Ambiental, colaborou com o programa PET-Floresta desenvolvendo atividades de ensino, pesquisa e extensão por 3 anos, participou da empresa Júnior Coplaf como Diretora de Desenvolvimento na gestão 2013/2014 e desenvolveu pesquisa refrente ao uso, conservação e manejo de solos florestais na Embrapa Florestas.

Paulo de Tarso de Lara Pires, Universidade Federal do Paraná

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), graduação em Direito - Faculdade de Direito Curitiba, mestrado em Economia e Política Florestal e doutorado em Ciências Florestais pela UFPR. É professor adjunto do Departamento de Economia Rural da Universidade Federal do Paraná, membro da Pós Graduação em Engenharia Florestal e membro do Programa de Mestrado Profissional em Meio Ambiente Urbano e Industrial (UFPR e Universidade de Stutgart). Coordenou a Cooperação Brasil - Alemanha para proteção da Floresta Atlântica no Estado do Paraná (Pró - Atlântica). É coordenador do Núcleo de Mediação e Resolução de Conflitos Ambientais da UFPR, Líder do Grupo de Pesquisa em Direito Florestal do CNPq, Coordenador Geral no Brasil da Rede Latino Americana de Direito Florestal Ambiental e membro da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil- PR. Tem experiência na área de Ciências Agrárias,Engenharia Florestal, Economia e Desenvolvimento e Direito Ambiental, com ênfase em Legislação Agrária, Florestal e Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: legislação florestal e agrária, atividade florestal, economia e meio ambiente, floresta, pagamento por serviços ambientais e direito ambiental. Concluiu em 2012 Pós Doutorado em Direito Ambiental e Desastres Naturais na Universidade de Berkeley na Califórnia-USA.Realizou Programa de Cátedra em Ciências Agrárias na University of Lincoln no Nebraska -USA, promovido pelo Programa Fulbright. É atualmente chefe do Departamento de Economia Rural e Extensão da UFPR

Marielle Feilstrecker, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui mestrado em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina (2006), especialização em Qualidade e Produtividade (1998) e graduação em Engenharia de Alimentos pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1995), Atuou por 11 anos como professora, na Faculdade de Tecnologia Senai CIC, nos cursos de Pós-graduação lato sensu de Gestão e Tecnologia Ambiental na Indústria, Pós-Graduação em Gestão da Manutenção Industrial, Mestrado Profissional Meio Ambiente Urbano e Industrial e no Tecnólogo em Fabricação Mecânica e Automação Industrial. atuou como coordenadora da Pós-graduação de Gestão e Tecnologia Ambiental na Indústria (especialização) por 5 anos, Foi coordenadora institucional do Ciências sem Fronteira por 8 anos e também coordenei o Curso do Mestrado Profissional Meio Ambiente Urbano e Industrial pelo SENAI, que é uma parceria com a Universidade Federal do Paraná e Univrsität Stuttgart, por 11 anos. Com experiência na área de gestão da qualidade e ambiental em industrias, na área de Microbiologia Ambiental, com ênfase em desinfecção de resíduos de serviços de saúde e biossegurança, atuando também em Educação Ambiental, Desenvolvimento Sustentável, Sustentabilidade, Prevenção da Poluição, Técnicas de Minimização de resíduos e Gestão de resíduos

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Publicado

2020-04-27

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente