Aves do eixo rodoviário do plano piloto de Brasília

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.002.0031

Palavras-chave:

Cidades, Ruas, Arborização urbana, Generalistas, Aves urbanas

Resumo

A urbanização transforma os ecossistemas nativos e afeta negativamente a flora e a fauna. Apesar dos problemas, as aves podem fazer das cidades um refúgio e desempenhar funções ambientais. Espera-se que a arborização viária tenha relações positivas coma riqueza, diversidade e abundância de espécies de aves em áreas urbanas.  Nesse cenário, Brasília é uma cidade parque, onde longos corredores verdes formados por estradas e ruas estão inseridos desde a sua concepção. Um exemplo é o Eixo Rodoviário do Plano Piloto de Brasília (Eixão), via de 14km que conecta as porções norte e sul da cidade, fundamental para a mobilidade urbana compondo um grande corredor verde.  Este trabalho tem como objetivo identificar e descrever a comunidade de aves presente no Eixão. As aves foram amostradas em 32 pontos fixos ao longo da durante um ano.  Resultados mostraram que 86 espécies de aves pertencentes a 36 famílias habitam a área pesquisada. Houve um predomínio em abundância das espécies Furnarius rufus, Columba livea, Brotogeris chiriri, Pitangus sulphuratus. Essas espécies de aves têm alta tolerância a modificações de habitat e podem fornecer importantes funções ecológicas nas cidades.  A maioria das espécies que frequentam o Eixão são consideradas generalistas e oportunistas, originárias de áreas nativas campestres; elas são capazes de explorar a arborização urbana da cidade para obtenção de recursos. Este trabalho mostra que uma rua muito movimentada é capaz de reter uma parcela importante da diversidade de aves.

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Biografia do Autor

Mayara Machado Guimarães, Universidade de Brasília

Possui graduação em Ciência Biológicas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás. Mestranda em Ciências Ambientais na Universidade de Brasília - Projeto em andamento: A INFLUÊNCIA DA ARBORIZAÇÃO URBANA E DO RUÍDO SOBRE A AVIFAUNA DO PLANO PILOTO DE BRASÍLIA

João Carlos de Castro Pena, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

É Bacharel em Ciências Biológicas com ênfase em Zoologia dos Vertebrados pela Universidade Federal de Minas Gerais (2009), Mestre em Ecologia e Biomonitoramento pela Universidade Federal da Bahia (2013) e Doutor em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre pela Universidade Federal de Minas Gerais (2017), com período sanduíche na Universiy of Salford-Manchester (UK). Atualmente é bolsista de pós-doutorado no Laboratório de Ecologia Espacial e Conservação (Unesp Rio Claro, São Paulo, Brasil), com projeto envolvendo a avaliação dos efeitos da urbanização sobre associações presa-predador. Possui experiência em ornitologia, modelagem de distribuição potencial de espécies, softwares de sistema de informações geográficas, ecologia de paisagens e ecologia urbana.

Rodrigo Studart Corrêa, Universidade de Brasília

Graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade de Brasília (1990) e em Engenharia Ambiental pelo Instituto de Engenheiros da Austrália (2000). Especialista em Degradação de Solos e Desertificação pela Universidade de Dresden (Alemanha, 1991), M.Sc. em Ecologia pela Universidade de Brasília (1995), Ph.D. em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade de Melbourne (2002) e Pós-Doutor em Ciência do Solo pela Universidade Federal do Paraná (2016). Possui experiência em Ecologia Aplicada, atuando na recuperação de áreas degradadas e no uso de resíduos para a revegetação de substratos minerados.

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Publicado

2020-02-27

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente