Citogenotoxicidade de águas fluviais urbanas em Presidente Prudente (SP), Brasil, através do teste Allium cepa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.002.0026

Palavras-chave:

biomonitoramento ambiental, teste Allium cepa, citogenotoxicidade

Resumo

Vários problemas de saúde podem surgir em decorrência da interação das pessoas com o meio ambiente poluído. Muitos dos contaminantes lançados no meio podem ter propriedades tóxicas e mutagênicas. A detecção desses agentes pode ser realizada através de bioensaios com plantas superiores, como a cebola comum (Allium cepa L.), que é amplamente utilizada devido ao seu baixo custo e sua alta sensibilidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade da água do córrego do Limoeiro em Presidente Prudente (SP), Brasil, através da análise do potencial citotóxico e mutagênico, por meio do sistema teste Allium cepa em cinco pontos diferentes do córrego e em dois períodos do ano (chuvoso e seco). Através do cálculo e comparação do índice mitótico e anomalias cromossômicas com um controle negativo, observou-se que todos os pontos avaliados apresentaram algum nível de contaminação. Esses dados foram analisados em conjunto com os resultados da análises físico-químicas e biológicas, que também foram realizadas nos mesmo locais. A nascente foi o único local que não apresentou citotoxicidade ou genotoxicidade, mas alguns valores químicos foram relevantes. O Balneário da Amizade (uma área recreativa localizada dentro da área urbana) e o local de lançamento de Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Limoeiro foram os pontos que foram mais impactados pela poluição, pois apresentaram valores significativos em vários parâmetros analisados e em ambos períodos do ano. Os demais pontos de coleta de amostras apresentaram valores significativos, porém, em menor número de parâmetros ou menor frequência. Outros fatores devem ser avaliados para que tenhamos melhor compreensão dos agentes causadores dessas alterações, sendo que a obtenção de mais dados sobre as fontes poluidoras possibilitará a identificação de outros compostos que possam ter influenciado os resultados obtidos.

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Biografia do Autor

Ana Carolina Preto Malaman, Universidade do Oeste Paulista

Atualmente sou aluna bolsista de Doutorado (CNPq) da Universidade do Oeste Paulista no Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, iniciado em 2020. Possuo mestrado Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional e graduação em Ciências Biológicas - Bacharelado (2013-2016) e C.S.T. Saneamento Ambiental (2004 - 2006). Fui bolsista de iniciação científica (programa PIBIC) pelo CNPq nos anos 2014/2015 e 2015/2016. Tenho experiência na área de Biologia Geral, com ênfase em Genética, Bioinformática e Biomonitoramento Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: evolução molecular, relações filogenéticas, bioinformática, bioindicadores e bioensaios de citogenotoxicidade ambiental.

Antonio Fluminhan Junior, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Realizou pós-doutorado no Depto de Biociências no Instituto de Pesquisas Físicas e Químicas (RIKEN) - Japão (1997-1999) através do Programa 'Special Post- Doctoral Researcher', concluiu o doutorado em Agricultural Sciences pela Universidade de Tohoku - Japão, como bolsista do CNPq/MONBUSHO (1994-1997), mestrado em Agronomia - Genética e Melhoramento de Plantas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), como bolsista da FAPESP e Agroceres (1987-1992), cursou especialização em Biotecnologia no Instituto RIKEN, Japão, como bolsista da Japan International Cooperation Agency (JICA) (1989-1990), concluiu o bacharelado em Engenharia Agronômica pela ESALQ/USP, como bolsista da FAPESP (1983-1986). Atualmente exerce o papel de membro do Conselho Editorial da revista Formação - FCT-UNESP em Presidente Prudente-SP, desde 2018. Exerceu atividades administrativas, docência e pesquisador da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) (1999-2017). Tem experiência em docência no ensino superior nos níveis de graduação, pós-graduação lato-sensu e stricto-sensu. Coordenou a Assessoria para Relações Interinstitucionais (2001-2017), responsável pelo estabelecimento de acordos bilaterais com instituições nacionais e internacionais. Atuou como representante Institucional junto ao FAUBAI (2001-2017), Programa Ciência sem Fronteiras (2011-2017), Projeto Rondon (2014-2017), Programa Santander Universidades (2012-2017) e Programa MAST International (2005-2017) e foi membro dos Conselhos Consultivos para Parque Estadual e Estação Ecológica Federal (2012-2017). Coordenou os cursos de pós-graduação Lato-sensu em Análises Ambientais Laboratoriais (2013-2016) e em Biotecnologia (2014-2017). Coordenou o Lab. de Citogenômica e Bioinformática (2000-2017) e o Acervo Educacional de Ciências Naturais - AECIN (2008-2017). Desenvolveu atividades de pesquisa patrocinadas por recursos obtidos da FAPESP, RIKEN Institute, CNPq, JICA, MONBUSHO, CAPES, Conselho Britânico e empresas privadas. É líder dos grupos de pesquisa (GP-CNPq) em Citogenômica e Bioinformática e em Melhoramento Genético e Biotecnologia.

Wellynton de Lima Silva, Universidade do Oeste Paulista

Graduado em Ciências Biológicas (bacharel) pela Universidade do Oeste Paulista- UNOESTE. Formado em técnico em agropecuária (vinculado ao ensino médio, ETEC Francisco Franco, 2010/2012), cursou Agente Agropecuário ( ETEC Francisco Franco 2012/2012). Durante a graduação atuou como Jovem Aprendiz na Universidade no Laboratório de Citogenomica e Bioinformática onde pode vivências rotina de pesquisa. Ainda participou de monitorias no Acervo de Ciências naturais da Universidade.

Iago Fernandes Santos, Universidade do Oeste Paulista

Mestrando em Agronomia na área de Produção Vegetal pela Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE e Bacharel em Agronomia pela Universidade do Oeste Paulista (2019) tem conhecimento na cultura do algodão atualmente é integrante do Grupo de Estudos do Algodão (2017) acompanhou atividades de pesquisas com adubação e fisiologia do algodoeiro. Estágio curricular realizado no Laboratório de Biotecnologia do Algodão no INTA-Argentina(2019).

Paulo Antonio da Silva, Universidade do Oeste Paulista

Graduei-me em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Cursei o Mestrado e Doutorado em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais pela Universidade Federal de Uberlândia. Atualmente sou Docente Permanente da Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional na Universidade do Oeste Paulista, onde também ministro aulas de Biogeografia e Ecologia Geral, Ecologia de Populações e Comunidades, Zoologia e Biologia da Conservação e Etologia na Graduação em Ciências Biológicas. Sou membro ativo do Grupo de Pesquisa sobre Populações de Aves Frugívoras atuante no Centro-Leste de Mato Grosso do Sul, cujo foco é identificar fortes interações aves-plantas. Também sou Pesquisador Doutor junto ao Núcleo de Estudos Ambientais e Geoprocessamento (NEAGEO - UNOESTE). Tenho interesse na vida selvagem em ambiente antropogênico. Um dos meus grandes desafios é produzir dados consistentes, no sentido de conciliar o desenvolvimento humano com a conservação de animais silvestres, sobretudo na área urbana e agrícola. Trabalho no desenvolvimento da linha Reflorestamento e Arborização Funcional. Encontrar espécies vegetais chaves na manutenção de populações de animais e usá-las para a recomposição vegetal e arborização urbana é a tônica do meu trabalho. O maior desafios que eu tenho é fomentar o pensamento conservacionista e colocá-lo em prática de forma efetiva, buscando difundir os benefícios dessa boa prática Sócio-Ambiental, dentre eles o Pagamento por Serviços Ambientais. 

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Publicado

2020-02-27

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente