Transformações químicas e enzimáticas da progesterona em processos de simulação de tratamento de água em escala laboratorial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.002.0023

Palavras-chave:

Compostos desreguladores endócrinos, Hormônios, Subprodutos

Resumo

A remoção de compostos disruptores endócrinos (CDEs) presentes em águas e efluentes tem sido proposta tanto por métodos de tratamento físico, químico e biológico, quanto pelo uso de enzimas produzidas por seres vivos. Embora alguns métodos se mostrem eficientes, sabe-se que a transformação de esteroides pode gerar subprodutos com capacidade disruptiva similar ou aumentada em relação aos compostos originais. Deste modo, objetivou-se avaliar a remoção da molécula progesterona em meios oxidantes e enzimáticos e, verificar formação de subprodutos. As amostras foram avaliadas sob diferentes condições quando submetidas aos meios oxidantes (pH, tempo, temperatura, salinidade) e meio enzimático (pH, tempo, concentração enzimática). A partir das análises constatou-se que as amostras submetidas aos meios oxidantes apresentaram menor remoção média (18,7 %) que as amostradas submetidas a enzima lacase (36,7 %). Dentre as amostras submetidas aos meios oxidantes, constatou-se a influência positiva do peróxido de hidrogênio na remoção média da progesterona (20,8 %). Enquanto que para as amostras submetidas ao meio enzimático o favorecimento da remoção da progesterona (43,9 %) ocorreu em solução tampão pH 5 e no maior período de incubação (300 min). A geração de subprodutos de degradação foi observada nas amostras submetidas aos meios oxidantes (12 subprodutos) e, nas amostras submetidas ao meio enzimático (um subproduto). Assim, conclui-se que meios enzimáticos são mais efetivos que meios oxidantes na remoção da progesterona e, que a geração de subprodutos a partir da progesterona ocorre ao longo da exposição a ambos os meios.

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Biografia do Autor

Thiago Caique Alves, Universidade de Blumenau

Tem como formação Bacharel em Química pela Fundação Universidade Regional de Blumenau, Mestre em Engenharia Ambiental e doutor em Engenharia Ambiental pela mesma instituição na modalidade sanduíche, realizando parte da pesquisa no Instituto Catalão de Pesquisa em Água (ICRA), este, vinculado a Universidade de Girona, Espanha. Tem experiencia com análises Físico-Químicas Clássicas (Titulometrias, Gravimetria), Absorção Atômica, Cromatografia Gasosa, Cromatografia Líquida de Alta Eficiência, Cromatografia Iônica e Espectrofotometria de Infra-vermelho assim como espectrometria de massas e diversas técnicas de preparo e abertura de amostra. Atua na área de monitoramento ambiental, na mobilidade de disruptores endócrinos no solo, assim como atenuação e tratamento de micropoluentes orgânicos em águas residuárias e potável. Recentemente tem atuado em estudos de adsorção de micropoluentes orgânicos em adsorventes comercias e biosorvente s modificados quimicamente. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Síntese Orgânica , Química analítica, Química Ambiental, Qualidade de Agua e tratamento de efluentes assim como na em docência em nível superior, técnico e em pós-graduaçao. Aonde exerceu papel de coordenação de curso técnico tendo experiência em gestão de profissionais. 

Karina Reinicke Dalke, Fundação Universidade Regional de Blumenau

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Regional de Blumenau (2010) e com mestrado realizado no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental pela mesma instituição. Possui pós-graduação Especialização em Educação Ambiental pelo SENAC (2012) e MBA em Perícia, Auditoria e Gestão Ambiental pelo IPOG (2015). Atuou como Analista Ambiental em industria cimenteira, sendo responsável pelo gestão do plano de controle ambiental e seus programas. Possui experiência em gestão ambiental, licenciamento ambiental, controle de poluição ambiental, recuperação de áreas degradadas e educação ambiental.

Adilson Pinheiro, Fundação Universidade Regional de Blumenau

Engenheiro Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (1985), mestre em recursos hídricos e saneamento pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1990) e doutor em Física e Química Ambiental pelo Institut National Polytechnique de Toulouse (1995). Pós-doutorado no Institut de Mécaniques de Fluides de Toulouse (1996) e Cemagref (2006). Professor do Departamento de Engenharia Civil da Fundação Universidade Regional de Blumenau, das disciplinas de Saneamento e Sistema de Drenagem Urbana do curso de graduação em engenharia civil e, Princípios de Engenharia Ambiental, Modelagem de sistemas ambientais e Gestão de Recursos Hídricos do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. Atuação nas áreas de hidrologia, recursos hídricos e saneamento ambiental, com destaque para o estudo do transporte de poluentes em bacias hidrográficas, modelização hidrológica e tratamento de resíduos agroindustriais.

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Publicado

2020-02-27

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente