Diagnóstico da qualidade ambiental de trechos do rio Pacuí, município de Coração de Jesus, norte de Minas Gerais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.002.0018

Palavras-chave:

Qualidade da água, Índices biológicos, Protocolo de Avaliação Rápida, Bioindicadores, Macroinvertebrados bentônicos

Resumo

A água possui grande importância para todas as formas de vida existentes no planeta, por estar presente em diversos processos físicos, químicos e biológicos. Entretanto, a sociedade humana tem explorado este recurso natural de forma não sustentável, ocasionando graves problemas relacionados à baixa qualidade da água e, consequentemente, sua escassez. Diante disso, este estudo propôs realizar o diagnóstico da qualidade ambiental de um trecho do Rio Pacuí, município de Coração de Jesus, mesorregião Norte do Estado de Minas Gerais. Utilizando o índice de qualidade de água BMWP, juntamente ao Protocolo de Avaliação Rápida de Rios (PAR). A amostragem dos macroinvertebrados para aplicação do índice BMWP foram obtidas realizando arrastos de 1 m utilizando rede em ‘D’, em áreas de correnteza e áreas de remanso, em um transecto de 50 m, em 5 pontos ao longo do rio. Em cada ponto foram avaliados os 22 parâmetros estabelecidos no PAR para avaliação do ambiente e ainda foram aferidas as características físicas como largura, vazão e profundidade do rio em cada ponto. Foram identificados 1031 invertebrados, de 11 ordens e 34 famílias. A maioria dos organismos encontrados são insetos imaturos, tendo destaque para as ordens Trichoptera, Ephemeroptera e Odonata, que são organismos sensíveis a alterações do ambiente e Diptera que foi a ordem mais representativa em abundância. As características do rio influenciaram a abundância de macroinvertebrados, diminuindo com o aumento da vazão e aumentando com o aumento da profundidade e largura do rio. Os resultados para os índices biológicos aplicados foram correspondentes. O índice BMWP classificou a água dos pontos C, E e D como ‘excelente’, e a água dos pontos A e B como ‘boa’. O PAR classificou o trecho do rio nos pontos C, E e D como ‘ambiente natural’, e os pontos A e B como ‘ambiente alterado’. Estes resultados demonstram que os macroinvertebrados bentônicos são influenciados pelas características do rio, contudo, a qualidade do habitat do entorno é o principal fator que afeta a qualidade da água na bacia do rio Pacuí. O diagnóstico da qualidade ambiental do rio Pacuí, utilizando como ferramentas índices biológicos, permite concluir que a água do trecho analisado varia entre boa e excelente, apresentando melhor qualidade nos pontos à montante da estrada principal que corta o rio na região.

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Biografia do Autor

Anielle Cristina Fonseca Pereira, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestre em Ciências Biológicas com ênfase em Ecologia pela Universidade Estadual de Montes Claros (2013). Especialista em Recursos Hídricos e Ambientais pela Universidade Federal de Minas Gerias (2016-2017), Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Montes Claros (2009). Experiência: Ecologia de interações biológicas; Ecologia comportamental; Controle Biológico de insetos; Pesquisas em Educação; Controle de Qualidade Microbiológico - Vallee S/A; Administração escolar.

Carlos Augusto Pereira da Silva, Instituto Federal do Norte de Minas Gerais

Engenheiro Ambiental pela Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas Santo Agostinho de Montes Claros. Possui experiência em consultoria e assessoria, elaboração de projetos e estudos ambientais, principalmente àqueles relacionados ao licenciamento ambiental de empreendimentos agrossilvipastoris. Atualmente é professor efetivo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais - Campus Araçuaí, da área de Engenharia Ambiental, atuando nas seguintes áreas: Avaliação e Gerenciamento de Impactos Ambientais, Gestão Ambiental, Noções de Tratamento de Resíduos e Resíduos Sólidos.

Flávio Pimenta de Figueiredo, Universidade Federal de Minas Gerais

Possui graduação em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Lavras (1991), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Lavras (1998) e doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2002). Atualmente é professor efetivo adjunto IV da Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Ciências Agrárias. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Irrigação e Drenagem, fontes alternativas de energia e Gestão de Recursos Hídricos e Ambientais, atuando principalmente nos seguintes temas: Avaliação e Implementação do Manejo de Irrigação em propriedades rurais, Perícias Técnicas Ambientais, Laudos Técnicos Ambientais, Agrometeorologia e Climatologia, Gestão de Recursos Hídricos e Ambientais, Meio Ambiente, alternativas de utilização de fontes de energia para uso na agricultura. Coordenador de Projetos Hidroagrícolas em Bacias Hidrográficas do norte de MG.Representante titular em 3 Comitês de Bacias Hidrográficas e membro do CERH (Conselho Estadual de Recursos Hídricos) bem como das câmaras técnicas.

Pedro Henrique Figueiredo da Silveira, Universidade Federal de Minas Gerais

Profissional da área do Meio Ambiente possui graduação em Biologia (2005). Especialista em Recursos Hídricos e Ambientais (2008), em Direito Ambiental (2012) e em Auditoria e Perícia Ambiental (2012). Mestre em Agroecologia (2011). Iniciou suas atividades profissionais em 2006 como elaborador e coordenador do Centro Educação e Tecnologia Ambiental Marista (CETAM), foi nomeado conselheiro Estadual do Meio Ambiente/Norte (COPAM) e integrante do Núcleo Interinstitucional de Estudos e Ações Ambientais do Norte de Minas (NIEA), quando passou a trabalhar como Analista Ambiental e de Projetos do Programa de Gestão Ambiental Municipal Norte Mineiro (PGA-NM) e como Perito Ambiental na Coordenadoria Regional das Promotorias do Rio São Francisco, Sub-bacia do Rio Verde Grande e Bacia do Rio Pardo (PJSF). Atualmente é aluno especial do doutorado em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre (ICB/UFMG).Tem experiência em Consultoria, Licenciamento e Gestão Ambiental Municipal. Atua na área da Zoologia e Qualidade das Águas, com ênfase em taxonomia de Macroinvertebrados, principalmente nos temas: Biomonitoramento, Comunidade Aquática e Bioindicadores.

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Publicado

2020-02-27