Cadastro Ambiental Rural (CAR) e municípios costeiros maranhenses: análise dos dados autodeclarados

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2019.004.0025

Palavras-chave:

Código Florestal Brasileiro, Reentrâncias maranhenses, Maranhão, SIG

Resumo

O CAR é um instrumento de planejamento de gestão pública, criado por meio do mais recente Código Florestal Brasileiro (Lei Federal n. 12.651/2012). Trata-se de um registro eletrônico - obrigatório - das informações ambientais das propriedades/imóveis rurais de todo o território brasileiro, construindo uma base de dados a nível nacional para planejamento territorial e estratégias de controle, monitoramento e combate ao desmatamento do país. Alguns estudos preliminares vêm almejando analisar algumas destas informações prestadas na plataforma; entretanto, recorrentes em pequenas áreas e, ainda, com pouca atenção às áreas costeiras do país, que apresentam relevante impacto socioeconômico e ambiental. Diante disso, o objetivo da pesquisa foi realizar uma análise dos registros de CAR nos municípios costeiros do Estado do Maranhão (MCMa) com base em metadados independentes, fornecidos por órgãos oficiais, elencando as incongruências das informações inseridas no SiCAR e discutindo seus entraves. Para tanto, os registros dos cadastros foram armazenados e processados em um ambiente SIG (Sistema de Informações Geográficas), sendo cotejado com dados espaciais do MMA, IBGE, ANA, SEMA/MA e Embrapa. Como principais resultados: 25% das áreas dos imóveis estão sobrepostas, mais de 2 milhões de hectares (ha) passíveis de cadastramento não foram registrados; as áreas de altitude superior a 1800m e de declividade maior que 45 graus foram fidedignas à realidade; enquanto que, para áreas de manguezais e restingas, houve baixo percentual de cadastro, as duas menores que 6% do esperado; já quanto à hidrografia, foram aferidas falhas em APPs que deveriam ser contínuas, de geometria suspeita e de faixas discrepantes quando numa análise circunvizinha.

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Biografia do Autor

Victor Nathan Lima da Rocha, Universidade Federal da Paraíba

Bacharel em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Mestre em Engenharia Civil e Ambiental pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB / PPGECAM). Especialista em Geoprocessamento pelo Instituto Federal do Maranhão (IFMA). Experiência em pesquisas de análise de qualidade de águas urbanas e geoprocessamento aplicado a recursos hídricos e análise urbana, educação socioambiental no âmbito urbano e rural, e licenciamento ambiental. Foi servidor público do Estado do Maranhão (SEMA/MA), realizando análise de revisão de processos de licenciamento ambiental, assessoria técnica, equipe de análise de EIA/RIMA e elaboração de Termos de Referências (TRs). Atualmente é empregado público da Companhia Pernambucana de Saneamento (COMPESA) como Analista de Saneamento, com atividades de gestão de outorgas, licenciamento ambiental e de projetos e passivos ambientais. Comunicativo, pro-ativo e dinâmico.

André Luís Silva dos Santos, Instituto Federal do Maranhão

Graduado em Licenciatura em Construção Civil pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão (2002), Mestrado em Engenharia de Eletricidade, ênfase em Ciência da Computação, pela Universidade Federal do Maranhão (2008) e Doutorado em Ciência e Engenharia de Petroleo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2014). Professor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão. Atua como pesquisador em Geoprocessamento com ênfase em Sensoriamento Remoto, SIG, Banco de Dados Espaciais, Geodésia de Precisão e Monitoramento Costeiro e na área de Informática Aplicada com ênfase em Sistemas de Recomendação, Recuperação e Filtragem de Informação com ênfase espacial.

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Publicado

2019-09-04

Edição

Seção

Planejamento, Gestão e Políticas Públicas Ambientais