Caracterização cromatográfica do líquido pirolenhoso obtido da carbonização do caroço de pêssego

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2019.003.0018

Palavras-chave:

Biomassa, Carbonização, Resíduos agroindustriais, Cromatografia

Resumo

O caroço de pêssego é considerado um resíduo agroindustrial oriundo do processo industrial de pêssego em metades em calda. Este não possui destinação adequada, tendo sua disposição final incorreta, podendo ocasionar contaminações nos compartimentos ambientais. Desta forma, a queima desta matéria-prima como biomassa possibilita o seu reaproveitamento, além de agregar valor ao resíduo. Dentre os processos utilizados para a aplicação deste resíduo se tem o processo de carbonização, o qual permite obter coprodutos com maior valor agregado, como o líquido pirolenhoso, o qual representa uma fração de compostos orgânicos condensados da fumaça emitida na carbonização. A qualidade do líquido depende das condições do processo e da biomassa utilizada. Diante disto, o objetivo deste estudo foi caracterizar qualitativa e semi quantitativa a amostra de líquido pirolenhoso obtido da carbonização do caroço de pêssego, em escala industrial. Realizou-se a caracterização preliminar (pH; condutividade; cor; densidade e teores de alcatrão, matéria orgânica e acidez) e uma caracterização química por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-MS). O líquido apresentou resultados satisfatórios para as avaliações físico-químicas. Quanto a determinação qualitativa foi possível identificar 49 compostos. Destacando-se os fenóis, com 44.90% do número de compostos, principalmente, os metóxifenóis. Estes são compostos com significativo valor agregado e importância industrial, indicando seu uso como matéria-prima na produção de resinas poliméricas, entre outros fins.

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Biografia do Autor

Lidiane Schmalfuss Valadão, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense

Mestre em Engenharia e Ciências Ambientais, Especialista em Química Ambiental, Tecnóloga em Gestão Ambiental, Tecnóloga em Saneamento Ambiental; e Técnica em Química. Atua nas áreas de controle de qualidade; consultoria ambiental; desenvolvimento, compra e venda de produtos químicos e materiais em geral; e coleta e análise de amostras de água e efluentes industriais. Atualmente participante do Grupo de Pesquisa em Contaminantes Ambientais (GPCA), trabalha nos seguintes temas: elementos-traços, contaminantes ambientais, pirólise de biomassa para obtenção de coprodutos.

Caroline dos Santos Duarte, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense

Graduanda em Engenharia Química (bacharelado) pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense campus Pelotas (RS). Técnica em Química pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense campus Pelotas (2014).

Pedro José Sanches Filho, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-riograndense

possui graduação em Licenciatura Plena Em Química Esquema II pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (1988), graduação em Farmácia pela Universidade Católica de Pelotas (1988), mestrado em Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1997) e doutorado em Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002) e pós doutorado pela Universidade Nova de Lisboa(2007). Atualmente é professor e Pesquisador do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnolgia Sul-rio-grandense, lider do Grupo de Pesquisa em Contaminantes Ambientais. Tem experiência na área de Química Analítica, com ênfase em Análise de Traços e Química Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: nitrosaminas,análise de hidrocarbnetos em amostras ambientais, spe, cromatografia gasosa e análise absorciométrica.

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Publicado

2019-07-17

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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