Sustentabilidade do processo construtivo habitacional vernacular na aldeia Indígena Itapoã Tupinambá de Olivença/BA/Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2019.001.0006

Palavras-chave:

Arquitetura Vernacular, Sustentabilidade, Comunidades Tradicionais Brasileiras

Resumo

Este artigo apresenta os resultados da Pesquisa intitulada Arquitetura Vernacular de edificações habitacionais como expressão ambiental e cultural no Litoral Sul do Estado da Bahia, Brasil, que objetivou identificar, catalogar e analisar habitações construídas em Comunidades Tradicionais entre os municípios de Itacaré e Una. Partiu-se da hipótese de que o processo construtivo vernacular em Comunidades Tradicionais vem sendo gradativamente substituído por tecnologias construtivas e materiais convencionais, tais como: concreto, argamassa de cimento e tijolos cerâmicos. A Aldeia Indígena Itapoã Tupinambá de Olivença foi escolhida para a coleta das informações. As técnicas de Pesquisa utilizadas foram o registro em diário de campo e um roteiro de entrevista semiestruturada aplicado a um grupo focal, constituído por anciãos da Aldeia, responsável por transmitir o conhecimento acerca do processo construtivo das habitações para a Comunidade. Tanto as descrições em diário de campo quanto as respostas da entrevista foram analisadas considerando: 1 estratégias arquitetônicas bioclimáticas intuitivas utilizadas no processo construtivo das habitações, 2 extração e uso dos Recursos Naturais locais e 3 a relação meio ambiente e Comunidade. Os resultados mostraram que: a) a tipologia vernacular predominante na área de abrangência da Pesquisa e na Aldeia Indígena estudada é o Pau-a-Pique; b) o dimensionamento das habitações, o cálculo dos materiais a serem extraídos da Mata local, rituais para extração dos materiais são definidos e orientados pelo grupo de anciãos da Aldeia, c) o processo coletivo de construção das habitações fortalecem os laços sociais dentro da Comunidade e d) apesar da importância ambiental e cultural do processo vernacular de construção, há materiais convencionais sendo utilizados para substituir as tramas de madeira e argamassa de argila, água, areia e fibras que compõem as paredes das habitações, o que corrobora a hipótese da Pesquisa.

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Biografia do Autor

Silvia Kimo Costa, Universidade Federal do Sul da Bahia

Doutora em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz, UESC/ BA; Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz, UESC/ BA e graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Viçosa UFV/ MG. Foi Prefeita do Campus da Universidade Estadual de Santa Cruz (Ilhéus, BA) de 2008 a 2012 atuando na elaboração de Projetos Arquitetônicos para a referida Instituição. De 2012 a 2015 foi docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Campus Eunápolis). Atualmente é Professora Adjunto da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Campus Jorge Amado, Itabuna, BA. Contribui com o processo de projeto arquitetônico para edificações institucionais de ensino superior sob o viés da sustentabilidade; desenvolve pesquisas relacionadas ao processo construtivo de edificações vernaculares em Comunidades Tradicionais e, pesquisas relacionadas às tipologias arquitetônicas de Habitações de Interesse Social com enfoque em eficiência energética.

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Publicado

2019-06-20