Indicadores de sustentabilidade em agroecossistemas de urucuzeiro e sua relação com os visitantes florais
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2019.001.0004Palavras-chave:
Serviços ecossistêmicos, Grupos funcionais, Qualidade do solo, PolinizaçãoResumo
A biodiversidade através de seus atributos funcionais tem desempenhado um papel fundamental na sustentabilidade e no equilíbrio dos agroecossistemas, contribuindo para a geração de serviços ecossistêmicos. Assim, objetivou-se determinar a sustentabilidade de cultivos de urucuzeiro e sua relação com a riqueza, diversidade e abundância de visitantes florais. Os dados foram coletados em 15 (quinze) cultivos de urucuzeiro, localizados no Território Vale do Guaporé, região sudoeste do Estado de Rondônia. Para avaliar sustentabilidade do cultivo, foi empregada metodologia de avaliação agroecológica de sustentabilidade onde o indicador é composto de grupos de indicadores de qualidade do solo e de saúde dos cultivos. O estudo dos visitantes florais do urucuzeiro foi realizado por meio de observação, coleta ativa e coleta passiva e os organismos coletados após a classificação taxonômica, foram reunidos em grupos funcionais. A média obtida nos quinze agroecossistemas para a qualidade do solo foi de 9,1 e para a saúde dos cultivos foi de 7,7, os indicadores apontaram que os agroecossistemas de urucuzeiro são sustentáveis por apresentarem valores próximos ao máximo. Foram observados visitando as flores do urucuzeiro um grupo diverso de artrópodes, da classe Arachnida e da classe Insecta, sendo a ordem Hymenoptera a mais visualizada e presente nos agroecossistemas. As abelhas das famílias Andrenidae, Apidae e Halictidae, foram as mais ocorrentes nas áreas de estudo, na coleta ativa foram capturadas 39 espécies (morfotipos) de abelhas, sendo 16 espécies (morfotipos) de abelhas de maior tamanho corporal e 23 espécies (morfotipos) de menor tamanho corporal, sendo que as de pequeno porte, 18 apresentavam capacidade vibratória e 5 delas não apresentavam comportamento vibratório ao coletar o pólen. Os polinizadores efetivos e ocasionais ocorreram em todos os agroecossistemas estudados. Na coleta passiva, a ordem Hymenoptera apresentou uma riqueza de 51 morfotipos, com abundância de 737 indivíduos, distribuídos nas famílias Apidae, Halictidae, Formicidae e Vespidae. A riqueza, diversidade e abundância de artrópodes não manteve relação direta com os indicadores de sustentabilidade, na medida em que os indicadores se aproximavam ao valor máximo de sustentabilidade para os agroecossistemas, a riqueza, a diversidade e abundância não mantiveram a tendência. Indicando que outras variáveis não mensuradas devem ser analisadas em conjunto com atributos do solo e saúde dos cultivos para garantir os serviços ecossistêmicos providos por esses grupos funcionais.
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