Licenciamento ambiental em áreas cársticas no Brasil: uma análise sob a ótica dos Stakeholders

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.006.0030

Palavras-chave:

Gestão Ambiental, Empreendimentos, Impacto, Carste

Resumo

A avaliação de impactos ambientais, em virtude da instalação de obras ou empreendimentos efetivamente poluidores ou causadores de impactos ambientais negativos, é condição essencial para o licenciamento ambiental no Brasil. É considerada um valioso instrumento para gestão ambientalmente adequada do uso dos recursos naturais. Este instrumento se torna ainda mais relevante quando se trata do uso de ambientes extremamente frágeis e suscetíveis a impactos advindos de ações antrópicas. Neste sentido, destacam-se as áreas cársticas, consideradas parte do patrimônio espeleológico brasileiro, com uma gama de instrumentos que almejam sua proteção. O ambiente cárstico é um sistema ambiental bastante complexo com presença de diversos elementos da sociobiodiversidade, marcado paisagisticamente pela presença de cavernas e com importantes redes de drenagem subterrânea. Toda essa riqueza ambiental tornou obrigatória a realização de estudos e o licenciamento ambiental, diante da construção de empreendimentos em sua área de influência. Portanto, o objetivo desta pesquisa é analisar o entendimento, possíveis entraves e dificuldades no processo de licenciamento ambiental em áreas cársticas, considerando os instrumentos deste processo, bem como a atuação dos agentes de interesses sobre uso de recursos naturais, denominados na pesquisa de Stakeholders, que compõem os órgãos ambientais do licenciamento no Brasil. Partindo do recorte metodológico dos principais instrumentos do licenciamento ambiental, correlacionando com a visão dos Stakeholders sobre estes instrumentos e suas formas de aplicabilidade, os resultados apontam para a direção de que os Stakeholders conhecem os instrumentos do licenciamento ambiental no Brasil e não apontam grandes entraves mas reconhecem a necessidade de uma atuação mais sistêmica, conforme preconizam os próprios instrumentos normativos.

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Biografia do Autor

Elistênia da Fonsêca Bezerra Teles, Instituto Federal do Maranhão

É Doutora em Ciências do Ambiente pela Universidade Federal do Tocantins (CIAMB/UFT). Mestra em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade da Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas (PPG/CASA-UFAM). Graduada em Gestão Ambiental. Possui ainda graduação em Letras pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte com habilitação em Língua Inglesa e suas respectivas literaturas (2003). É professora do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal do Maranhão/Campus Buriticupu - Área Meio Ambiente. Atua como pesquisadora nas áreas de interdisciplinaridade e ensino, educação ambiental, política e gestão ambiental e avaliação de impactos ambientais.

Fernando de Morais, Universidade Federal do Tocantins

Possui graduação em Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Estadual do Tocantins(2000), mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais pela Universidade Federal de Ouro Preto(2003), doutorado em Evolução Crustal e Recursos Naturais pela Universidade Federal de Ouro Preto(2007) e pós-doutorado pela Universidad de Zaragoza(2015). Atualmente é Professor Associado I da Universidade Federal do Tocantins, Membro de corpo editorial da Interface (Porto Nacional), Revisor de periódico da Interface (Porto Nacional), Revisor de periódico da Espeleo-Tema (São Paulo), Revisor de periódico do Caderno de Geografia (PUCMG. Impresso), da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Revisor de projeto de fomento do Fundação de Apoio e Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do MS, Revisor de periódico da Revista Brasileira de Geomorfologia e Revisor de periódico da Revista Brasileira de Geografia Física. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geografia Física. Atuando principalmente nos seguintes temas:eletrorresistividade, bacia hidrográfica, infiltração, condutividade hidráulica. 

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Publicado

2018-07-03