Impactos socioambientais provocados por atividade mineradora no município de Juruti (PA)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.006.0024

Palavras-chave:

Amazônia, Alteração Ambiental, Meio Urbano, Mineração

Resumo

A implantação de grandes projetos na Amazônia apresenta dinâmicas marcadas por impactos. Este trabalho descreve os impactos socioambientais gerados por um grande empreendimento comandado pela empresa multinacional Aluminum Company of America - ALCOA, no município de Juruti (PA), na visão dos moradores da área urbana. Trata-se de uma pequena cidade no interior do estado do Pará, que se incorpora à economia global devido ao ciclo produtivo do alumínio, através da extração de bauxita. A metodologia aplicada consistiu na utilização de questionários, como instrumento para a coleta de dados em nove bairros, com posterior elaboração de gráficos, tabelas e cujos valores obtidos foram sumarizados pela Análise de Componentes Principais (PCA) para verificar a distinção entre dois grupos de bairros, definidos como antigos e recentes. A pesquisa apontou que, no que concerne à infraestrutura, à saúde, e ao meio ambiente, houve tanto impactos positivos, quanto negativos; já no que diz respeito ao crescimento populacional desordenado e à criminalidade, apenas negativos; enquanto que, no que se relaciona à educação, ao emprego e à economia, somente efeitos positivos. Percebe-se, portanto, que, em Juruti, houve mais impactos positivos do que negativos. O presente estudo contribui para o entendimento de que as transformações ocorridas são desdobramentos das relações existentes entre os circuitos espaciais produtivos e os locais afetados, bem como das interações sociais, econômicas e ambientais estabelecidas no município.

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Biografia do Autor

Verena Cibele Soares Moura, Universidade Federal do Oeste do Pará

Bacharela em Engenharia Sanitária e Ambiental. Tem experiência na área de informática, administração, contabilidade, meio ambiente e engenharia sanitária/ambiental. Atualmente é monitora da Universidade Federal do Oeste do Pará.

Paula Cristiane Nogueira Valente, Universidade Federal do Oeste do Pará

Bacharela em Engenharia Sanitária e Ambiental. Atualmente desenvolvendo atividades de monitoria nas disciplinas de Limnologia e Hidrologia e Gestão de Bacias Hidrográficas, no Laboratório de Biologia Ambiental da Universidade Federal do Oeste do Pará. 

Ynglea Georgina de Freitas Goch, Universidade Federal do Oeste do Pará

É graduada em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (1999), possui mestrado em Biologia Ambiental pela Universidade Federal do Pará (2002) e Doutorado em Biologia - Ecologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA (2007). Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia de Comunidades de Peixes e Ecologia de Ecossistemas Aquáticos atuando principalmente nos seguintes temas: biomonitoramento, ecotoxicologia, limnologia, ecologia de ecossistemas amazônicos e gestão de bacias hidrográficas. Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA. É membro do Comitê de Ética em Pesquisa CEP/CONEP da Universidade do Estado do Pará - UEPA, Campus XII Tapajós. É membro do Banco de Avaliadores INEP/MEC.

José Max Barbosa Oliveira Junior, Universidade Federal do Oeste do Pará

Pós-Doutorando pela Universidade do Algarve (UAlg), Portugal. Doutor em Zoologia (Conservação e Ecologia) pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) (2013-2015). Mestre em Ecologia e Conservação (Ecologia de Sistemas e Comunidades de Áreas Úmidas) pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) (2011-2013). Graduado em Ciências Biológicas (Licenciatura Plena) pela Faculdade Araguaia (FARA) (2007-2010). Professor Adjunto I da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), lotado no Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA). Membro de corpo editorial dos periódicos Enciclopédia Biosfera e Vivências. Revisor de periódicos nacionais e internacionais. Tem experiência em ecologia e conservação de ecossistemas aquáticos continentais, integridade ambiental, ecologia geral, avaliação de impactos ambientais (ênfase em insetos aquáticos). Áreas de interesse: ecologia, conservação ambiental, agricultura, pecuária, desmatamento, avaliação de impacto ambiental, insetos aquáticos, bioindicadores, ecossistemas aquáticos continentais, padrões de distribuição.

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Publicado

2018-07-03

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