Efeito da inoculação de biorremdiador no procedimento de compostagem de lodo de esgoto

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.005.0011

Palavras-chave:

biorremediador, compostagem, inoculante, lodo de esgoto

Resumo

O Brasil infelizmente ainda enfrenta problemas gravíssimos na atualidade relacionados ao gerenciamento de resíduos sólidos em vários setores. Entre os mais diversos resíduos produzidos diariamente, o lodo de esgoto sanitário, merece destaque especial devido à sua disposição final problemática e frequentemente negligenciada. A grande preocupação resultante do mau gerenciamento deste tipo de resíduo, está no fato de ser altamente contaminante, por apresentar elevada quantidade de microrganismos patogênicos e metais tóxicos, prejudiciais à saúde humana e do meio ambiente. No entanto, como alternativa, comumente entre os tratamentos e disposições finais, o que mais se evidencia é a redução de volume e umidade para disposição em aterro sanitário. Entretanto, cabe ressaltar, que atualmente, não há como negar algumas prerrogativas que vão de encontro a este tipo de possibilidade. Além da escassez de áreas aptas à construção e aterros sanitários, devemos considerar as imposições da Lei Nº 12.305/10, regulamentada pelo decreto Nº 7.404/10, de 23 de dezembro de 2010, que após sua promulgação, proibiu a disposição final de resíduos sólidos em aterros sanitários. Desse modo, a bioxidação de lodos de esgoto sanitário por meio do processo de compostagem, torna-se uma técnica vantajosa, uma vez que proporciona a melhoria das qualidades físicas, químicas e biológicas do resíduo, além de representar uma alternativa promissora em relação aos fertilizantes químicos. Neste sentido, este estudo apresenta resultados do processo de compostagem de lodo de esgoto sanitário por meio da inoculação de biorremediador (acelerador de compostagem). O objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência do biorremediador no processo de compostagem quando comparado ao processo sem inoculação. Para isso, durante o processo de compostagem, foram realizadas analises de temperatura, umidade, pH, condutividade elétrica e teores de sólidos (totais, fixos e voláteis). Ante o exposto, os resultados das análises de temperatura, umidade, pH, condutividade elétrica e sólidos, efetuadas durante o processo de compostagem, não demostraram melhoras significativas que justifiquem o uso do biorremediador quando confrontado aos resultados obtidos no processo sem inoculação. Assim, diante as condições em que o estudo foi desenvolvido, considerando o tipo de lodo e material estruturante utilizados, a inoculação do biorremediador não proporcionou melhoras significativas no sistema de compostagem a ponto de justificar seu uso, uma vez que os microrganismos nativos presentes no sistema são suficientes para o processo de degradação da matéria orgânica.

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Publicado

2018-09-24