O saneamento ambiental inadequado e sua correlação com hospitalizações

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.005.0007

Palavras-chave:

Saneamento, Saúde Ambiental, Hospitalização

Resumo

No Brasil, uma significativa parcela da população não dispõe de saneamento ambiental adequado. Tal situação resulta em danos ambientais, especialmente em contaminação dos corpos hídricos e do solo, afetando o equilíbrio ambiental e comprometendo a saúde humana. Este estudo teve como objetivo geral: analisar a correlação entre o acesso ao saneamento ambiental (abastecimento de água e esgotamento sanitário) e as hospitalizações. E como objetivos específicos: Demonstrar a evolução do acesso aos serviços de saneamento, no período de 2007 a 2014; Identificar se as soluções individuais ou coletivas de abastecimento de água e esgotamento sanitário estão sendo adequadas para prevenção de DRSAI (Doenças relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado) e suas complicações; Comparar a ocorrência das hospitalizações por DRSAI, de acordo com a etiologia. A população do estudo foi constituída pelas famílias residentes no estado da Paraíba, de acordo com o IBGE, durante os anos 2007 a 2014. A amostra foi composta por famílias cadastradas no Programa Saúde da Família, e por usuários do Sistema Único de Saúde, hospitalizados por DRSAI, de acordo com registros do SIHSUS (Sistema de Informações Hospitalares). Os referidos dados foram coletados no portal de informação DATASUS, entre Novembro de 2017 a Janeiro de 2018, onde foram exploradas informações do Sistema de Informação da Atenção Básica sobre a situação de saneamento; e também o SIHSUS. O método utilizado para a análise estatística dos dados foi a correlação de postos de Spearman, para dados não-paramétricos, com significância estatística de 95% e valor p menor que 0,05 (p<0,05). Na análise de dados, foi utilizada a estatística descritiva, com o auxílio do software estatístico R. Esta pesquisa identificou que o acesso à água por outras formas, além da rede pública e dos poços e nascentes, tem sido uma excelente estratégia para prevenir hospitalizações por parasitoses. Também ficou evidente a importância da ampliação da rede de esgotos na redução das DRSAI causadas por parasitas, bactérias e vírus. Observamos ainda que as fossas, tal qual estão sendo construídas, não tem sido uma forma segura de descartar os dejetos, pois o uso desta solução individual demonstrou correlação positiva. Este estudo contribui para compreensão da relação entre condições sanitárias e adoecimento; chamando atenção para novos nichos ecológicos eleitos pelo Aedes Aegypti e a importância de soluções individuais de acesso à água potável, bem como a urgência de devida implementação de políticas relacionadas à preservação ambiental.

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Biografia do Autor

Luzibênia Leal de Oliveira, Universidade Federal de Campina Grande

Possui graduação em ENFERMAGEM pela Universidade Estadual da Paraíba (1998), Especialização em Saúde da Família pela UEPB, Especialização em Educação Profissional na Área de Saúde : Enfermagem e Mestrado em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande (2012). Atualmente é professora da Universidade Federal de Campina Grande. Tem experiência na área de Enfermagem, atuando principalmente nas seguintes áreas: Saúde Ambiental, Saúde da Criança e do Adolescente e Saúde Coletiva.

Ângela Maria Cavalcanti Ramalho, Universidade Estadual da Paraíba

Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal da Paraíba (1984) e Mestre em Sociologia Rural pela Universidade Federal da Paraíba (1997). Doutora em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande(2011). Professora titular da Universidade Estadual da Paraíba, no Departamento de Ciências Sociais, com experiência na área de Metodologia Científica,Método e Técnica de Pesquisa e Sociologia,com ênfase em Metodologia Científica. Professora Permanente do Mestrado em Desenvolvimento Regional(UEPB). Coordenadora do Mestrado em Desenvolvimento Regional - UEPB. Professora Permanenete do Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais (UFCG).

Patricio Marques de Souza, Universidade Federal de Campina Grande

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1982), mestrado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1990) e doutorado em Clínica Veterinária pela Universidade de São Paulo (1997). Atualmente é prof. Titular da Universidade Federal de Campina Grande lotado na Unidade Acadêmica de Medicina e Diretor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal de Campina Grande. 

Ricardo Olinda, Universidade Estadual da Paraíba

Possui graduação em Estatística pela Universidade Estadual da Paraíba, mestrado em Estatística e Experimentação Agropecuária pela Universidade Federal de Lavras (2008) e doutorado em Estatística e Experimentação Agronômica pela Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (2012). Atualmente é professor adjunto do Departamento de Estatística, professor do quadro permanente do Mestrado em Saúde Pública da Universidade Estadual da Paraíba, professor do quadro permanente do Mestrado em Gestão e Tecnologia Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT, Câmpus de Rondonópolis

Fatima Daniela Lucio Jorge Rocha, Universidade Estadual da Paraíba

Formou-se em Fisioterapia pela Universidade Estadual da Paraíba no ao de 2003. Em 2004, ingressou no mestrado em Fisiologia Humana, na Universidade Federal de Pernambuco, atuado na linha de pesquisa Fisiologia Cardiovascular, sob a orientação do professor doutor PhD em Fisiologia Cardiovascular Carlos Eduardo Peres da Costa. Terminou mestrado em 2006

Evelyn Sales Victor, Universidade Federal de Campina Grande

Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG; Discente do Curso de Especialização Gestão de Redes de Atenção em Saúde pela ENSP Fiocruz; Coordenadora do Programa de Saúde da Família no município de Pocinhos- PB

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Publicado

2018-09-24

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